O caos na prefeitura do Rio

É até certo ponto comum que o setor público enfrente dificuldades financeiras. Por definição contábil, funcionários públicos são considerados como despesa. Uma vez que a Receita do Estado vem dos impostos, não há “custos” desta receita, ela simplesmente aparece.

Funcionários públicos, ao menos no Brasil, normalmente possuem salários maiores que a média de mercado em suas atividades. Por esta razão o “Sonho” do brasileiro é alcançar seu tão sonhado cargo público.

Diferente do que se espera este sonha não é para contribuir para a boa administração do Estado e sim para receber bem e trabalhar proporcionalmente menos que no setor privado. Além disto, demitir ou dispensar um funcionário público é uma tarefa hercúlea, onde por muitas vezes o funcionário é “encostado” (ficando em casa e recebendo normalmente).

Na notícia, podemos observar o apertar de um dos botões do pânico: BLOQUEAR RECURSOS.

Os funcionários simplesmente não receberam a segunda parcela do décimo terceiro, num claro descumprimento da legislação trabalhista. Em qualquer caso de atraso no setor privado, o funcionário simplesmente abandona o emprego e busca outro, indo brigar por suas indenizações posteriormente. Porém, isto não se aplica ao setor privado uma vez que o “boi ainda quer ficar na sombra”.

Se uma empresa privada percebe que não tem capacidade de honrar seus compromissos ela demite funcionários e reduz capacidade produtiva. Porém, o estado simplesmente não tem este direito, o funcionários público concursado precisa ser pago até sua aposentadoria.

Recentemente a liga da justiça lutou arduamente para aprovar a reforma da previdência. Muitos ficaram insatisfeitos, afinal ninguém gosta de reduzir benesse. Porém, isto se fez necessário justamente para não chegarmos na mesma situação que o governo do Rio chegou.

Imaginemos agora uma situação, onde milhões de aposentados acordam e vão receber suas aposentadorias. Olham então atônitos suas contas vazias sem a menor ideia do que aconteceu. Iniciaria-se então uma onda de revoltas populares com muito choro e gritaria que por sua vez gera grande comoção social. Apesar de toda o caos, não trata-se de uma questão humanitária mas sim de matemática básica onde não pode-se pagar mais do que se tem.