Nestes próximos posts iremos recomendar a alocação de recursos em produtos de determinados bancos e sugerir evitar outros apesar se seu maior retorno potencial.

Bons negócios!

Paraná Banco

O Paraná Banco segue sendo um dos bancos mais conservadores que analiso. Sua Basiléia é de 21,5%, mesmo após uma distribuição grande de dividendos (R$ 215,9 milhões).

O banco vem, aos poucos, reduzindo sua parcela em crédito empresarial para focar no mercado de consignados, onde temos menor risco. Nesse sentido, reduziram em 63,5% o tamanho da carteira empresarial e só aumentaram em 9% a de consignado. O efeito global foi uma queda, no ano, de 5% na carteira.

A alta Basiléia garante que, mesmo que eles tivessem algum grande problema, que não têm, ainda teriam muito espaço para queimar capital.

Tivemos um aumento do PDD e uma leve piora na qualidade da carteira, mas mesmo assim, o ROE do último trimestre ficou em 15,4%, acima dos 12,8% do mesmo período do ano passado. Assim que eles aumentarem a carteira de crédito (consumindo capital e reduzindo a Basiléia) a sua rentabilidade poderá subir novamente. Isso deixa clara a postura mais que conservadora da instituição, em meio à crise.

Posto isso, temos pleno conforto em investir nesse banco, que além de tudo me paga boas taxas nos CDBs.

Banco BMG

O Banco BMG possuía uma joint venture importante com o Banco Itaú que lhe permitia explorar bem o setor de crédito consignado. Mas em 2016 ele vendeu esse business completamente para o Itaú. O rating é Baa3, pela Moody’s.

O banco já vinha com dificuldade de rentabilizar seu balanço, por causa de sua baixa Basileia, o custo de funding é muito alto. Isso espreme as margens, e qualquer espirro na inadimplência já leva o banco para o prejuízo.

No resultado fechado de 2016, conseguiram um lucro líquido de R$ 193 milhões, equivalente a um ROE de 6,8% (mesmo ROE do ano passado). Apesar de parecer ok olhando por cima, o resultado na verdade foi muito fraco.

Um montante de R$ 959 milhões, vindos (1) da extinção de um empréstimo do FGC – R$ 360 milhões e (2) de um acordo de exclusividade com o Grupo Generali – R$ 164 milhões e (3) da venda da Joint Venture para o Itaú – R$ 431 milhões, entraram no jogo como “resultados não operacionais”, evitando assim que o lucro fosse bem negativo.

Foi um caso bem parecido com o do Banco Original. Além disso tudo, sua carteira D-H foi de 6,4% para 10%, o que é um crescimento bem preocupante. No semestre passado eles seguiram uma estratégia de aumentar a carteira de crédito para conseguir maior retorno em escala, em um business com margens comprimidas.

E com isso, a 13 Basiléia foi para o chão, caindo de 17,5% para 14,4%, ajudada inclusive por novos aportes de capital dos acionistas. Este semestre eles recuaram, possivelmente com a venda da participação pro Itaú, e o ano ficou com uma redução de 3% na carteira.

Com isso tudo a Basiléia subiu para 20%, e o Banco fez uma redução de capital de R$ 400 milhões.

O que ainda preocupa são as notícias vinculadas pela imprensa, classificando o BMG como suposto banco ligado ao Mensalão, e o Banco Schahin (comprado recentemente pelo BMG) como suposto banco ligado ao Petrolão.

1Resumindo, nem pagando boas taxas investiria nesse banco.

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