Você já ouviu falar sobre o efeito manada, e o quanto ele foi importante para a sobrevivência do ser humano ao longo desses milhares de anos?

Vou lhe explicar do que se trata o efeito, mas primeiro deixa eu contar porque escolhi esse tema para escrever hoje.

É ano novo, e todos estão empolgados com novos projetos e mudanças de hábitos, isso é tão verdade que me deparei com vários textos sobre o assunto nos últimos dias.

Da mesma forma, ouvi relatos da loucura que estavam os supermercados em função das festas de final de ano, e esbarrei em um trânsito caótico no feriadão.

Acontece que nessas situações, e em diversas outras que envolvem uma grande quantidade de pessoas, me vejo em um conflito interno. Ao mesmo tempo que não quero seguir o fluxo, quero fazer parte do grande grupo. Você passa por essa incógnita também?

Mas antes de mais nada, vamos ao conceito.

O que é o efeito manada?

Quando os indivíduos de um grupo agem de forma semelhante e em conjunto, sem que haja um planejamento antecipado, é o que chamamos de efeito manada.

Exemplos corriqueiros se encaixam nesse conceito, como formação de opiniões, mercado de ações, jogos de futebol, encontros religiosos, tumultos e manifestações.

O comportamento “Maria vai com as outras” ocorre, pois temos medo de não sermos aceitos no grupo, e não queremos correr o risco de ficar de fora do bando.

A evolução do ser humano dependeu grande parte desse efeito. As fofocas surgiram em uma época em que os homos sapiens formavam grupos cada vez mais fortes, segregados pela arte de falar da vida alheia. E ai de quem não entrasse na conversa, podia ser excluído do grupo.

Alguma semelhança com o mundo contemporâneo? 🙂

Seguir a manada: bom ou ruim?

Vamos lá, não existe certo ou errado, bom ou ruim. O que posso dizer é que tudo depende do ângulo que analisamos o tema.

Se considerarmos que seguir a manada significa não contestar o que nos é posto, deixar que pensem por nós, e fazer tudo o que nos dizem, por mais que tais ações vão contra nossos valores, afirmo que é muito, mas muito ruim!

É como a maioria das nossas mães falam:

Você não é todo mundo! Se eles se jogarem no poço, você se joga também?

Se jogar no poço seria bem perigoso, nesse caso eu seria a diferentona hehe.

A verdade é que seria muito difícil sobreviver sem nos relacionarmos e sem fazer parte de um grupo. Mas considero que escolher a dedo o bando no qual queremos participar, é essencial para uma vida sadia e sustentável por longos anos.

>> Artigo relacionado: O que aprendi com relações longas e nem sempre saudáveis <<

Se você já assistiu o filme A Era do Gelo deve lembrar da cena em que o Manny caminha contra a manada. Ele não fez isso simplesmente por fazer, e sim porque sua espécie se adapta muito bem ao frio, ao contrário dos outros mamíferos.

Você pode assistir o trecho que estou falando aqui embaixo:

Caso o mamute optasse por seguir o fluxo correria o risco de morrer, então o que ele fez? Seguiu seu instinto, ignorando a manada.

Acontece que caminhar contra pode não ser tarefa fácil, e é bem possível que essa seja a justificativa para a maioria das pessoas se manterem no fluxo, sem contestar.

Ônus e bônus de ser o diferentão

Sabe os planos para o novo ano? Por que não fazê-los em uma data aleatória, e por que nos empolgamos para mudar apenas quando o calendário é renovado?

E o consumo exacerbado nas festas de final de ano? É realmente necessário? Precisamos encher nossas casas de coisas que nem sequer usamos?

Ah, não vou deixar de comer carne para não virar a chata do rolé! Carregar meu kit sustentável nas festas, será?!

Esses são alguns exemplos das indagações que correm ou já correram na mente de candidatos a diferentões, e inclusive na minha cabeça.

Agora, uma confissão: remar contra a maré às vezes (se não muitas vezes) cansa! E chego a conclusão que esse cansaço advém do medo de desagradar os demais membros do grupo (olha o efeito manada).

Escrevendo esse texto, chego em duas alternativas para a incógnita, que serve não só para você leitor, mas para mim também: 1) Muda de grupo, ou 2) Liga o botão do Foda-se.

Se preferir seguir a manada, tá valendo também. Eu mesma segui o fluxo durante anos, mas posso afirmar que não valeu o preço: trabalhar com o que eu não curtia, do trabalho para casa, da casa para o trabalho, seguindo padrões que nem eram os meus, e aceitando ideias sem contestação, isso me cansava muito mais.

Mas quem sou eu para julgar, não é mesmo? Cada macaco no seu galho, e enquanto não descobrir o seu, siga pulando entre um e outro, afinal:

Nossas opiniões se tornam fixas no momento em que paramos de pensar. (Ernest Renan 1823-1892)

Publicado originalmente em anibiamachado.com.

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E então? Prefere seguir a manada ou ser o diferentão? Deixa um comentário aqui, será um prazer ouvi-lo 😉

Sou Aníbia Machado, produtora de conteúdos descomplicados, entusiasta em história e viagens culturais e cantora por hobby. 

Meu objetivo é aliar meu trabalho de produtora de conteúdo com viagens pelo mundo, mas acima de tudo, quero fazer as pessoas entenderem e respeitarem as diferenças culturais no mundo. 

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O que é o efeito tesoura?

O conceito, desenvolvido pelo francês Fleuriet na década de 70, baseia-se no fato de uma empresa precisar de capital de giro cada vez maior e dispor de um saldo em tesouraria cada vez menor, negativo. O nome efeito tesoura vem da forma como as linhas do gráfico dessa relação ficam dispostas: como uma tesoura aberta.

Capital de Giro por sua vez consiste na necessidade de investimento necessário para que a empresa consiga subsistir e ao final gerar seus lucros.

Qual a causa do efeito tesoura?

Pode-se ter como fator responsável o crescimento no volume operacional do negócio. Observa-se que as empresas que apresentam esta discrepância financeira têm como principais consequências o endividamento, o crescimento nas vendas e prejuízos recorrentes.

A forma como os recursos serão utilizados deve ser levada em conta para se evitar o efeito tesoura. Para o uso de empréstimos, prazo e taxas devem estar em conformidade ao seu ciclo de vendas. Se a opção for por investimento em imobilizado, é importante que as taxas sejam baixas e os prazos longos. Estas medidas são importantes para manter o saldo da tesouraria positivo, caso contrário, o efeito tesoura será inevitável.

A melhor forma de uma empresa obter recursos próprios para financiar seu capital de giro é a partir do lucro líquido. Dessa forma, os recursos próprios serão reutilizados para investimento no negócio. Caso a empresa esteja tendo prejuízos em períodos sucessivos, as suas reservas diminuirão e o saldo em tesouraria ficará cada vez mais negativo.

Minha empresa está vendendo mais: isso quer dizer boa saúde financeira?

Se o aumento das vendas significar que a empresa está contraindo empréstimos para pagar as dívidas já existentes, a saúde financeira estará prejudicada e pode levar uma empresa à falência.O ideal é reinvestir seu lucro no próprio negócio, para assim, aumentar as vendas.

Um ponto importante na gestão do capital de giro é o impacto que ele terá no fluxo de caixa da empresa. A quantidade de capital de giro para o funcionamento do negócio tem estreito relacionamento com o fluxo de caixa da empresa. Portanto, se o fluxo for longo, a necessidade de capital de giro aumenta e vice-versa.

O que o efeito tesoura pode nos dizer?

Através do modelo de Fleuriet, pode ser avaliada, ao longo do tempo, a posição de liquidez da empresa, assim identificando sua saúde operacional e financeira. Dependendo do resultado conseguimos avaliar se se a empresa está ou não passando por problemas de liquidez. O primeiro passo para uma análise financeira é verificar as margens da empresa. Isso é fundamental, já que caso o valor de venda seja abaixo do seu custo, a empresa está condenada. É preciso entender a diferença de lucro e faturamento também.

Como se livrar do efeito tesoura?

As ferramentas para análise auxiliam as empresas que vislumbram um crescimento continuo, com menos riscos. Além de transparecer a real situação da empresa, os dados que podem ser coletados ajudam nas tomadas de decisões.

Para uma análise preliminar, transformam-se os valores das demonstrações financeiras em números relativos ou percentuais. O objetivo é melhorar a compreensão e visibilidade, identificando vantagens e desvantagens. Daí, compara-se os valores obtidos em um período estipulado com aqueles levantados em períodos anteriores.

Análise utilizando indicadores

Os dados das demonstrações financeiras são de grande importância para medir a eficiência operacional de uma empresa. A análise dos indicadores (ou índices) financeiros e econômicos auxilia a execução financeira, orçamentária, e patrimonial. Além disso, fornecem resultados seguros para análise.

A melhor forma de evitar o efeito tesoura é aumentar vendas, sem diminuir o saldo ou a margem líquida. Equilíbrio nas finanças garante a saúde do seu negócio.

Sua salvação em um clique!

Por vezes somos ludibriados por expressivos ganhos percentuais de nossas aplicações, porém, temos que utilizar outro raciocínio para verificar a real rentabilidade obtida.

O que você acharia de uma taxa de juros de 22%? Ótima não? O dobro do que conseguimos quando compramos títulos públicos no site do Tesouro Direto. Esta é exatamente a taxa de juros da Venezuela! Porém sua inflação em 2016 é de 720%, com previsão de 2200% para 2017. Isto faz com que não apenas sua rentabilidade seja insignificante, como se o poder de compra de seu montante principal fosse completamente dizimado.

Hoje em dia, na Venezuela, produtos simples tais como um par de tênis ou uma calça jeans, custam, respectivamente, U$ 1.200 e U$ 793 dólares. Outros produtos básicos, como alguns alimentos ou medicamentos, simplesmente deixaram de existir no país. Portanto, devemos entender a diferença entre um juro/rendimento real e um nominal.

O juro nominal diz respeito à taxa global oferecida. Desta taxa nominal ainda precisaríamos descontar o valor da inflação para saber qual foi o aumento do seu poder de compra (rendimento real).

Utilizaremos um título pré fixado (título no qual se acorda uma taxa fixa no momento da aquisição, independente da variação da Selic) com vencimento em 2019 para exemplo. Hoje, sua taxa negociada, ou seja, o rendimento a ser auferido é de 11,42% ao ano. Se o Banco Central Brasileiro conseguir de fato controlar a inflação no período de 2016 a 2019 teremos uma inflação de 4,5% ao ano. Desta forma seria correto dizer que a rentabilidade real do investidor seria de 6,92% de juros reais (11,42% menos 4,5% da inflação).

Percebam que a poupança hoje rende cerca de 6,5% nominais, portanto um rendimento real de aproximadamente 2%. Não há mais nenhuma razão, seja por rentabilidade ou risco, de aplicar em poupança. Além disto, cabe ressaltar o fato de que o rendimento da poupança apenas é aplicado na data de aniversário, ou seja, exatos 30 dias após o início da aplicação, portanto, um resgate do montante antes desta data irá apresentar rentabilidade zero.

Links Utéis:

https://hcinvestimentos.com/2011/03/28/risco-pais/

https://economia.uol.com.br/…/leite-em-po-na-venezuela-custa…

https://economia.uol.com.br/…/ensaio-dolar-inflacao-venezuel…

https://brasil.elpais.com/…/…/economia/1460485173_766551.html