Novamente aconteceu, mais uma pirâmide na praça! Porém, dessa vez temos uma personalidade famosa envolvida: Ronaldinho Gaúcho, o bruxo. Já escrevemos sobre pirâmides anteriormente.

A “roupagem” das pirâmides mudam, porém normalmente possuem algumas semelhanças:

  • Ganhos muito acima do mercado
  • Bônus por indicação
  • Prêmio de fidelidade (evitar resgates)

A nova chama-se Ronaldinho 18 K e novamente utilizava as cripto moedas como chamariz, porém, também incluindo venda de produtos como relógios. Acredito que o fato de ter um produto envolvido gere alguma confiança adicional aos já iludidos investidores de cripto moeda.

Agora analisemos friamente: Donald Trump não compreende e não gosta das cripto moedas, outros renomados economistas também já confessaram não entender perfeitamente o funcionamento destas. Por não deixar rastro, não necessitar de lastro e ser transferível para qualquer lugar do mundo sem nenhuma tributação é largamente utilizada para fins ilícitos como tráfico de drogas e terrorismo.

Sem querer fazer pré julgamento, mas qual a chance de um jogador de futebol entender o funcionamento de algo tão complexo como as moedas virtuais. Não sei se Ronaldinho foi apenas mais uma vítima ou cúmplice.

Se fosse fazer uma aposta, apostaria em vítima, pois também não possuiria capacidade de entender onde estaria se metendo.

Novamente o Chaves estava certo:

Qual será a próxima?

É até certo ponto comum que o setor público enfrente dificuldades financeiras. Por definição contábil, funcionários públicos são considerados como despesa. Uma vez que a Receita do Estado vem dos impostos, não há “custos” desta receita, ela simplesmente aparece.

Funcionários públicos, ao menos no Brasil, normalmente possuem salários maiores que a média de mercado em suas atividades. Por esta razão o “Sonho” do brasileiro é alcançar seu tão sonhado cargo público.

Diferente do que se espera este sonha não é para contribuir para a boa administração do Estado e sim para receber bem e trabalhar proporcionalmente menos que no setor privado. Além disto, demitir ou dispensar um funcionário público é uma tarefa hercúlea, onde por muitas vezes o funcionário é “encostado” (ficando em casa e recebendo normalmente).

Na notícia, podemos observar o apertar de um dos botões do pânico: BLOQUEAR RECURSOS.

Os funcionários simplesmente não receberam a segunda parcela do décimo terceiro, num claro descumprimento da legislação trabalhista. Em qualquer caso de atraso no setor privado, o funcionário simplesmente abandona o emprego e busca outro, indo brigar por suas indenizações posteriormente. Porém, isto não se aplica ao setor privado uma vez que o “boi ainda quer ficar na sombra”.

Se uma empresa privada percebe que não tem capacidade de honrar seus compromissos ela demite funcionários e reduz capacidade produtiva. Porém, o estado simplesmente não tem este direito, o funcionários público concursado precisa ser pago até sua aposentadoria.

Recentemente a liga da justiça lutou arduamente para aprovar a reforma da previdência. Muitos ficaram insatisfeitos, afinal ninguém gosta de reduzir benesse. Porém, isto se fez necessário justamente para não chegarmos na mesma situação que o governo do Rio chegou.

Imaginemos agora uma situação, onde milhões de aposentados acordam e vão receber suas aposentadorias. Olham então atônitos suas contas vazias sem a menor ideia do que aconteceu. Iniciaria-se então uma onda de revoltas populares com muito choro e gritaria que por sua vez gera grande comoção social. Apesar de toda o caos, não trata-se de uma questão humanitária mas sim de matemática básica onde não pode-se pagar mais do que se tem.