Ensaio sobre a Cegueira (Corona) Vírus
Nossa analogia de hoje trata do filme de José Saramago. A história trata de uma doença que deixava as pessoas cegas de um dia pro outro. Os primeiros infectados foram direcionados para uma casa, onde ficavam confinados e onde eram-lhe fornecidos produtos e serviços básicos para a manutenção da vida.
Com o passar dos dias, a infecção se tornou generalizada (inclusive para pessoas de fora da casa da primeira quarentena.
Portanto, os produtos que antes eram entregues pararam de chegar. Os internos tiveram que se organizar e racionar os itens para que sua sobrevivência fosse prolongada.
No grupo de infectados havia um homem que era cego de nascença. Este logo se aliou a um que possuía um revolver, instaurando uma espécie de ditadura do grupo.
Nossa analogia passa pelo homem cego de nascença. O fato dele ser muito mais adaptado que os demais (cegos recentes), ele podia manipula-los e aguentar situações mais severas que os demais. Isto o fez meio que um super homem dos cegos.
A Venezuela é o homem cego do filme. Os venezuelanos já vivem em caos social e desabastecimento há vários anos e portanto, a pandemia tratá pouca diferença para seu estilo de vida. Talvez sejam a nação que saia mais fortalecida nesta crise, não por mérito própria, mas por já serem acostumados ao caos apocalíptico.
Se não fosse o bastante, os hospitais Venezuelanos sequer tem água para tratar seus doentes. Já havíamos citado esta possibilidade no post “O diabo Venezuelano não bebe água“.
Não é possível prever o que acontecerá com o mundo, mas não podemos negar que os venezuelanos são o povo mais adaptado ao cenário atual.