No livro Os Magnatas, escrito por Charles R. Morris, há um relato de como 4 homens com sua audácia e inteligência levaram os Estados Unidos a supremacia que vemos hoje.

São eles: John Rockfeller  (Petróleo), John Pierpoint Morgan (banqueiro), Andrew Carnegie (Transporte), Jay Gould (financista)

Jay Gould (1836- 1892), foi um banqueiro empresário e corretor estadunidense.

Gould foi educado em escolas locais em Roxbury. Iniciou seu trabalho na área administrativa, atuando no estado de Nova Iorque. Posteriormente, trabalhou em um curtume, e por volta de 1859 começou a especular sobre pequenas ferrovias pelo país. Seu envolvimento com a indústria ferroviária continuou durante a Guerra Civil dos Estados Unidos. A partir da década de 1860, Gould passou a assumir a direção de diversas companhias, como a Rensselaer and Saratoga Railway e a Erie Railroad.

Filho de um agricultor pobre, Gould ficou conhecido como Mefistófeles de Wall Street. Era um personagem tacituno e desprovido de charme, mas tinha um gênio inigualável para as finanças. Ajudou a expandir e estuturar o negócio ferroviário nos Estados Unidos, assumindo o controle acionário e a direção executiva de dezenas de linhas. Protagonizou os maiores escândalos da Bolsa de Valores de Nova York.

Em uma de suas especulações Jay percebeu que havia mais contratos futuros de ouro do que seu estoque mundial, incluindo talheres, jóias ou peças decorativas. Decidiu então agir entrando vendido com ajuda de outros especuladores. Sendo assim os preços começaram a ser forçados para baixo, o que faria com que os contratos de derivativos, passassem a apresentar prejuízos. Quando os detentores desde contrato ficaram sem margem para mantê-los tiveram de recompra-los com grande prejuízo para sair da operação o que forçou os preços para cima, momento este em que Jay vendeu suas posições. Este episodio ficou conhecido como Gould Corner.

Especulação espetacular como esta só foi vista no episódio de George Soros contra o governo da Inglaterra

Conforme abordamos no texto “A força mais poderosa que existe”, não queremos ficar reféns da índole dos indivíduos com os quais lidamos. Porém, com o alinhamento perfeito de interesses segundo a teoria dos jogos, conseguimos desenvolver um jogo no qual o individuo possúi 90% de chance de obter lucro e 10% de empatar. Portanto trata-se de um jogo sem risco para os jogadores, o que o mercado financeiro chama de win-win (ganha ganha).

Em nossos serviços de Home Equity e Venture Capital, por vezes nos deparamos com situações onde a garantia oferecida para a operação é substancialmente maior do que a necessidade de capital. Por vezes 10 vezes maior, muito superior aos 50/60% normalmente solicitados pelas instituições financeiras com as quais trabalhamos. Ou seja bancos buscam 100 reais em garantia para emprestar 50/60 reais, porém as vezes não aceitam 100 para emprestar 10. Por que isso acontece?

Porque bancos gostam de emprestar para quem não precisa de dinheiro!

Possuir garantias apenas garante que o valor total emprestado não será perdido, porém, sua executabilidade por vezes é custosa e demorada. Em cenários anteriores a pandemia, algumas instituições com maior tolerância ao risco aceitavam emprestar entre 20 e 30% do valor da garantia sem realizar nenhuma análise do tomador do crédito. Ou seja, em caso de inadimplência, a garantia independente de quanto custasse ser retomada seria suficiente para garantir a lucratividade da operação. Porém, graças ao corona vírus isto cessou.

Desenvolveremos abaixo uma teses onde “INVESTIDORES” ao invés de aplicarem dinheiro nas operações, aportam apenas sua capacidade de crédito. Como informado a teoria básica de Finanças: “O capital de terceiros é mais barato que o capital próprio”.

Sendo assim, os investidores emprestarão sua capacidade de pagamento para empresas que possuem excelentes garantias, porém, não conseguem tomar o crédito sozinha.
Mas qual o risco para o investidor desta operação?
Nenhum! Como falamos há apenas 10% de chance de empatar.
A explicação técnica desta informação passa pelo termo jurídico em latim Propter Rem (própria do bem). Nele uma vez executada a garantia seja ela imóvel, veículo ou qualquer outro tipo de bem e direito, a operação e suas obrigações serão extintas, este então sendo o pior cenário para o investidor.
E quanto posso ganhar com isso?

Cada operação deve ser conversada caso a caso, porém, iremos sempre aconselhar que o investidor receba uma fração do crédito liberado a vista e talvez uma remuneração mensal adicional. Nada mal, para quem não teve que investir 1 real sequer.

 

Tal matéria é regida pelo:
DECRETO-LEI Nº 911, DE 1º DE OUTUBRO DE 1969, onde ressaltamos:

“Art. 66. A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.

§ 4º No caso de inadimplemento da obrigação garantida, o proprietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros e aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e das despesas decorrentes da cobrança, entregando ao devedor o saldo porventura apurado, se houver.

§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pagar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente * obrigado a pagar o saldo devedor apurado.

  • Neste caso pessoalmente diz respeito ao novo proprietário do bem.

Porém, como nos produtos de home equity, os bens dados em garantia são alienados no máximo a 60% de seu valor de mercado, sua execução em leilão ou venda direta muito provavelmente será suficiente para a quitação do débito.

Hoje iremos narrar parábola bem conhecida, temos a história de um pescador e de um empresário, que narro a seguir:
Um homem de negócios estava passando suas férias em uma pequena vila de pescadores. Depois de receber um telefonema que o deixou estressado, ele saiu do hotel e foi para a praia esfriar a cabeça. Foi aí que observou um pescador voltando do mar, em um pequeno barco, com uma boa quantidade de peixes frescos.
O homem de negócios aproximou-se do barco e ficou fascinado com a beleza dos peixes. Ele parabenizou o pescador e perguntou quanto tempo levou para que o pescador trouxesse aqueles peixes.
“Só um tempinho”, respondeu o pescador.
“Porque você não ficou mais tempo e pegou mais peixes?” perguntou o homem de negócios.
“Eu peguei peixe suficiente para mim, minha família e até mesmo para dar um pouco para os meus amigos”, disse ele.
“Mas o que você faz com o resto de seu tempo?” Indagou o negociante.
O pescador sorriu e respondeu com um tom calmo e relaxado: “Eu brinco com meus filhos, tiro uma soneca e à noitinha eu dou uma caminhada na praia com minha esposa e toco violão com meus amigos. Eu tenho uma vida muito boa!”
O homem de negócios decidiu que era melhor aconselhar o pescador: “Olha, eu vou lhe ensinar um pouco sobre negócios. O que você deve fazer é passar mais tempo pescando e vender o peixe que você não consumir. Com o dinheiro extra que você vai ganhar você pode comprar um barco maior e empregar algumas pessoas para lhe ajudar. Logo você terá dinheiro suficiente para comprar vários barcos e eventualmente abrir uma empresa.” Ele continuou. “Olha, uma vez que sua empresa tenha crescido, você começa a exportar seu peixe. Aí você começa a vender direto ao consumidor, sem intermediário, controlando o produto, o processamento e a distribuição. Aí você se muda para uma cidade grande e emprega os melhores gerentes do mundo para lhe ajudar a expandir o seu negócio.”
O pescador questionou: “Mas senhor, quanto tempo vai levar isso tudo?”
Ao que o homem de negócios respondeu: “Quinze a vinte anos, no máximo.”
“E depois, o que faço, senhor?” perguntou o pescador.
O homem de negócios sorriu e respondeu: “Aí é que vem a grande recompensa! Na hora certa você vende as ações de sua empresa ao público e torna-se muito, muito rico, com milhões de dólares em seu nome.”
O pescador ainda não tinha entendido bem o propósito de tudo aquilo: “Milhões de dólares? E o que eu faria com todo esse dinheiro?”
E o negociante respondeu: “Você se muda para uma pequena vila de pescadores no litoral, dorme até mais tarde, brinca com seus filhos, ou melhor, com seus netos. Tira uma soneca e à noitinha vai dar uma caminhada na praia com sua esposa e tocar violão com seus amigos.”
“Mas já não é isso que eu faço hoje, Senhor?” Respondeu o pescador.

Eu sei que você pensou no amor, sim esta é a força mais poderosa do mundo, porém, quando trata-se de negócios e finanças a força mais poderosa é o alinhamento de interesses.

Pessoalmente, não acredito em índole mas sim em conflito ou alinhamento de interesse. Somos grande fã da teoria dos jogos justamente por causa disto.

Vamos agora pensar em alguns exemplos reais:

1 – Traficar drogas na Thailandia

A pena para este caso é a morte. Por que ainda há pessoas que insistem em tentar entrar com drogas neste pais? Simplesmente por que o prêmio para o sucesso é suficientemente alto para valer a pena correr o risco.

2 – Vida de traficante

Pessoas sem instrução e horizonte na vida se deparam com a escolha: viver 5 anos como rei ou 50 como mendigo e optam pelo seu maior benefício a curto prazo.

3 – Dumping Cola Cola contra Dolly

Com uma crescente participação de mercado a modesta Guaraná Dolly começou a incomodar a gigante Coca Cola que por sua vez não exitou em usar sua força pressionando fornecedores de insumo a suspender negociações com a rival e a despencar seu preço de forma que sua oferta fosse irresistível

4 – Votação de aumento de salário

No governo brasileiro podemos observar que os decisores dos aumentam são os próprios beneficiados. Ora ninguém em sã consiencia irá votar para algo que lhe prejudique. Portanto, o correto era este poder não estar nas mãos deste

5 – Corrupção classe política

Abraham Lincoln, costumava dizer: “De ao homem poder e saberá quem ele é”. A partir do momento que damos a um prefeito ou governador o poder de fazer negócios com o poder público, a tentação de tirar proveito disto torna-se irresistível demais o que culmina no noticiário que vemos quase toda seman

6 – Taxação de grandes fortunas

Mais um texto que já abordamos no texto Nhonho quer taxar grandes fortunas. Reiteramos nosso asco sobre posturas deste tipo, pois, apesar de uma bandeira de justiça social ela na verdade causa fuga de capital com piora ainda maior econômica para a população.

7 – Queda da Taxa SELIC

Na última reunião o COPOM reduziu a taxa de juros para 2,25%. Porém, como este ajuste nunca ele é repassado pelos bancou, pouco influencia no dia a dia das pessoas. Influencia apenas na rentabilidade da renda fixa que leva aos investidores abandonarem o mercado financeiro em busca de oportunidades na economia real, o que de fato leva a criação de empregos e melhoria sócio econômica.