Um Bitcoin é uma unidade de conta registrada em forma digital. Nesse sentido, dizer “um Bitcoin” não é diferente de dizer “um dólar”, “um euro”, “um centímetro” ou “um quilo”. É uma maneira de contar as coisas.

Um Bitcoin também pode ser uma reserva de valor. Se eu sou o proprietário de 100 Bitcoins registrados em um livro razão digital (o termo “proprietário” pode ser problemático, já que minha identidade no livro razão é criptografada e a chave da criptografia privada só é conhecida por mim; meus direitos de posse nesta área são incertos e ainda estão evoluindo), e se meus Bitcoins podem ser vendidos por US$ 4.000 cada em um mercado líquido em uma Bolsa confiável (outro aspecto problemático discutido a seguir), então eu teoricamente tenho armazenados US$ 400.000 de valor em um suporte seguro, conveniente e anônimo.

Um Bitcoin também pode ser um meio de troca. Alguns negociantes aceitam Bitcoins em pagamentos por bens e serviços de modo geral. Bitcoins podem ser transferidos em unidades fracionadas, no caso de transações menores. Por exemplo, se 1 Bitcoin = US$ 4.000, então 0,001 Bitcoin = US$ 4,00, o que é mais ou menos equivalente a um café do Starbucks.

Se o Bitcoin é uma unidade de conta, uma reserva de valor e um meio de troca, então ele passa no teste tradicional de três partes de definição de dinheiro.

Bitcoin é, portanto, uma forma de dinheiro, assim como dólar, euro, iene e libra. Pode ou não ser uma forma de dinheiro da qual você gosta, mas é dinheiro.

É importante se lembrar disso porque o Bitcoin não é investimento. O investimento é o resultado de usar dinheiro e convertê-lo em algo que oferece riscos e recompensas, como ações, títulos ou imóveis. O investidor, então, lucra ou perde com seu investimento, o que toma a forma de juros, dividendos ou aluguéis. É possível sofrer uma perda total se o investimento não der certo.

Com dinheiro, não há yield e não há investimento, apenas uma taxa cruzada. Quando compradores de Bitcoin dizem que ele “subiu” de US$ 1.000 para US$ 4.000, não é um retorno sobre um investimento, é apenas uma mudança na taxa cruzada. Seria igualmente correto dizer que o Bitcoin não se alterou e que o dólar “caiu” de 0,001 Bitcoins para 0,00025 Bitcoins; uma desvalorização de 75% do dólar quando medido em Bitcoins.

Quando você entende essa análise da taxa cruzada, percebe que o suposto “preço” do Bitcoin é apenas uma preferência de liquidez de algumas pessoas por uma forma de dinheiro em detrimento de outra. Essa preferência não está relacionada aos fundamentos, como estaria na análise de ações ou títulos a partir do management, perspectivas de crescimento e crédito. A base dessa preferência é a confiança.

O problema com a confiança na base da determinação do valor subjetivo do dinheiro é que ela é efêmera. Muda de um dia para o outro por causa de comportamento de massa, que é fácil de teorizar, mas impossível de prever na prática. Bitcoin é dinheiro, mas dinheiro é um jogo de confiança. Lembre-se disso.

Por Jim Rickards

Há muito interesse em Bitcoins no momento. É impossível abrir um site, ouvir um podcast ou assistir a um vídeo de finanças sem ficar sabendo sobre a ascensão meteórica do preço do Bitcoin. Talvez você conheça um “milionário de Bitcoin” que tenha comprado 500 Bitcoins há alguns anos por US$ 50.000 e que agora possua uma fortuna de mais de US$ 2.000.000. É verdade, essas pessoas existem. É claro, o Bitcoin é apenas uma das muitas criptomoedas. Há centenas delas com nomes como Ethereum, Dash, Dogecoin, Blackcoin, CryptoCarbon e Syscoin. Para facilitar, nesta edição, vou me referir a todas as criptomoedas como “Bitcoin”, mas o leitor deve entender que a análise também pode ser aplicada às outras criptos. Como vocês sabem, estou sempre em programas financeiros na TV e concedo muitas entrevistas online. Não gosto muito de falar sobre Bitcoin; é um dos temas de que menos gosto na verdade. Mas simplesmente não consigo evitá-lo!

Mais cedo ou mais tarde, em quase todas as entrevistas, o âncora diz: “Jim, preciso perguntar, o que você acha do Bitcoin?” 1 de setembro, 2017 34 2 Minha opinião é muito clara. Eu não tenho Bitcoins e não os recomendo para os investidores. Esses motivos têm a ver com dinâmicas de bolhas, potencial de fraude, robustez do ciclo econômico e interferência governamental, temas que explicarei em detalhes. Dito isto, gostaria de deixar claro que não sou um tecnófobo e muito menos um “ “antiBitcoin”. Entendo Bitcoins muito bem em nível técnico. Eu li os documentos técnicos de 2009 sobre eles e muitas atualizações desde então. Até cheguei a trabalhar com uma equipe de especialistas e comandantes militares no Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (USSCOM, na sigla original), com sede na base da força aérea MacDill, em Tampa, Flórida, para encontrar maneiras de intervir no uso que o Estado Islâmico fazia de criptomoedas para financiar suas atividades terroristas e seu califado. Quando se trata de Bitcoins, eu adoto uma abordagem laissez-faire. Se você quiser Bitcoins em seu portfólio como parte de um conjunto diversificado de ativos, a escolha é sua. Minha única advertência é caveat emptor (expressão latina que significa, literalmente, “cuidado, comprador”). Então, minha dica de logo de cara é: entenda como a criptomoeda funciona e quais são seus riscos. Nesta edição especial do Strategic Intelligence, falaremos sobre o bom, o mau e o feio do mundo dos Bitcoins e incluiremos links úteis para que você possa pesquisar mais por conta própria. Também analisaremos o futuro do Bitcoin e da plataforma de tecnologia blockchain, na qual o Bitcoin é fundamentado. Esse futuro talvez não seja o nirvana anarco-libertário que os inventores da criptomoeda Bitcoin imaginam.

Tudo indica que governos, órgãos reguladores, autoridades fiscais e a elite global estão se preparando para acabar com as criptomoedas. O futuro do Bitcoin pode ser uma distopia na qual o Big Brother controla o blockchain e decide quando e como você pode comprar ou vender qualquer coisa. Também falaremos sobre isso. Vamos começar nosso tour d’horizon no mundo das criptomoedas.

O dinheiro é o meio usado na troca de bens e serviços. Em tempos passados ter dinheiro era um sinal de trabalho acumulado. Com o avanço do capitalismo o trabalho não mais precisaria ser a principal forma de receber dinheiro.

No início, as trocas eram feitas por escambo. Ou seja, uma determinada quantidade de uma mercadoria era trocada por outra. Não havia muita noção de valor, o que dificultava o comércio uma vez que ficava mais difícil para as partes envolvidas entrarem em um acordo.

Para funcionar corretamente o dinheiro deve ser escasso. Um produto que foi muito utilizado foi o sal. Ele era de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes. Da utilização do sal vem a palavra salário.

Quando o homem descobriu o metal, passou a utilizá-lo para fabricar utensílios e armas anteriormente feitos de pedra ou madeira.

Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal foi eleito como principal padrão de valor.

Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas. Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado. Essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos. A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.

No direito temos a expressão “pecúnia non olet” (o dinheiro não tem cheiro). A origem da expressão está na criação de um tributo, pelo Imperador Vespasiano, para a utilização de banheiros públicos.

Quando Tito reclamou com seu pai da natureza imoral da taxa e que ela faria com que a cidade ficasse fedendo, Vespasiano pegou uma moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro).
Hoje nossa economia caminha para a substituição do dinheiro físico pelo digital. O efeito disto ainda é desconhecido.

Abordaremos agora a mais importante informação que podemos obter de uma empresa. Como falamos anteriormente, o caixa é o oxigênio necessário a vida das companhias.
Seguimos então para a demonstração de um DFC resumido:

(= ) Fluxo de Caixa Operacional (A)
(+) Ingressos Operacionais
(-) Saques Operacionais
(= ) Fluxo de Caixa de Investimentos (B)
(-) Aquisição de Imobilizado
(+) Venda de Imobilizado
(= ) Geração Operacional de Caixa
(= ) Fluxo de Caixa Financeiro (C)
(+) Liberações de Financiamentos
(-) Amortização de Financiamentos e Pagamento de Juros
(= ) Fluxo de Caixa Livre para o Acionista
(+) Aportes
(-) Dividendos

Pensemos no fluxo de caixa como um filtro, que possui diversas etapas até chegar ao seu destino. A agua é derramada (Ingressos Operacionais) e a partir daí partes começam a ser retiradas até que no final sobre apenas uma fração. Feito isto, os acionistas decidirão o que farão com o dinheiro extra, se reinvestido para o crescimento da própria empresa ou se distribuídos aos acionistas.
Balanço Patrimonial

Ao passo que DRE e DFC demonstram as movimentações de uma empresa, o balanço apresenta-se como uma fotografia do momento exato da empresa.

1- Ativo (Total de bens e direitos da companhia)
1.1- Disponibilidades (Caixa Líquido e Aplicações Financeiras com Liquidez)
1.2- Contas a Receber de Clientes (Vendas a Prazo)
1.3- Estoque (produtos produzidos, porém ainda não vendidos. Contabilizados a valor de custo)
1.4- Dividendos e JCP a receber (Direitos já conhecidos porém ainda não pagos)
1.5- Despesas Antecipadas (Pagamento adiantado de serviços, por exemplo seguros)
1.6- Impostos a recuperar
1.7- Ativo Permanente (Inclui participações societárias, maquinas, edificações etc)
2- Passivo (Total de obrigações da companhia)
2.1- Fornecedores (Contas em aberto com fornecedores)
2.2- Empréstimos
2.3- Dividendos a JCP a pagar
2.4- Salários e Encargos Sociais a pagar
2.5- Provisão para Contingências
3- Patrimônio Líquido
3.1- Capital Social (Valor aportado pelos acionistas na empresa)
3.2- Reserva de Lucros (Local para o qual os Lucros acumulados são colocados até terem sua devida destinação)
Aprendido nossas lições contábeis poderemos passar para análise de ações e escolher a que está em melhor condição financeira.

A crise de 2008 apresenta-se como a segunda maior crise da história do capitalismo, ficando atrás apenas da grande depressão de 1929.

Após os atentados de 11 de setembro de 2001 foram tomadas uma série de medidas para impulsionar a economia americana buscando afastar a aversão ao risco causado pelo ataque terrorista. Com isto, observamos grande valorização de ativos, em especial no mercado imobiliário.
Com os preços dos imóveis disparando e a alta liquidez internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar mais dinheiro para pessoas com histórico de crédito ruim para que comprassem casas as quais não conseguiriam pagar.

Antes, tais empréstimos passavam por criteriosa análise de crédito.
Além do maior risco das hipotecas sub prime, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato e prestações iniciais só com o pagamento dos juros. Isto ampliou ainda mais a quantidade de pessoas que puderam adquirir tais empréstimos.
Empréstimos com devedores de pior histórico de crédito embutem juros mais altos. Estes foram atrativos para investidores e gestores de fundos em busca de melhores retornos.

As aquisições de dívida por parte destes investidores permitiram que um novo montante de dinheiro fosse novamente emprestado, antes mesmo de o primeiro empréstimo ser quitado.
Também interessado em lucrar, um segundo gestor poderia comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos. Portanto, quando o tomador do empréstimo inicial não consegue pagar suas dívidas ele dá inicio a um ciclo de calotes. Com o maior medo por parte dos investidores de negociar tais títulos, gerou-se uma crise de liquidez e consequente retração na oferta de crédito da economia.

Em 2007 inicia-se então a crise sub prime, com os preços dos imóveis caindo e o FED iniciando o ciclo de quedas de juros que vinham subindo desde 2004.
Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.
Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada desde 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas – a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como “Fannie Mae”, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de “Freddie Mac” – que estavam quebradas.

Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.
A American International Group (AIG), maior seguradora americana, também sofreu o golpe com suas ações caindo 60% já na abertura do mercado.

Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, atrasadas como sempre, a Moody’s e a Standard & Poor’s rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.

Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.
Outras empresas também foram vítimas da crise Sub Prime. A General Motors (GM), gigante do setor automobilístico, pediu sua concordata em 2009 e foi resgatada pelo governo americano com um aporte de cerca de U$ 30 bilhões em troca de 60% de participação.

Para o Citigroup o pacote de ajuda foi de U$ 326 bilhões, dos quais U$ 20 bilhões alocados imediatamente.
Segundo os detalhes divulgados, o Tesouro Americano e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) disponibilizaram US$ 306 bilhões em garantias sobre os ativos “tóxicos” da entidade.

Os U$ 20 bilhões foram utilizados para a aquisição de ações preferenciais do grupo e warrants (direitos sobre ações) onde lhe é dada a opção de comprar novas ações no valor de U$ 2,7 bilhões.
Portanto, mais uma vez podemos perceber o quão frágil e imprevisível é o sistema financeiro e presenciar da forma mais visceral alguns instintos humanos, tais como o medo e a ganancia.

Conforme falamos antes: A contabilidade é linguagem do dinheiro. Qualquer um que deseje uma vida melhor precisa ao menos balbuciar algumas expressões contábeis. Assim como quem viaja para o exterior, precisa ao menos saber como pedir comida, perguntar preços e cumprimentar as pessoas.

Há 3 análises básicas da contabilidade: DRE, DFC e Balanço Patrimonial.

O DRE (Demonstrativo Resultado de Exercício) é um resumo das operações financeiras da empresa em um determinado período de tempo para deixar claro se a empresa teve lucro ou prejuízo. Por exemplo quando um varejista faz uma venda a prazo, este resultado aparecerá na DRE mas não no fluxo de caixa.
Abaixo expomos um exemplo de DRE resumida:

(+) Receita Bruta (Total de vendas em determinado período)
(-) Impostos sobre Receita (Pis / Cofins / ISS / ICMS)
(=) Receita Líquida (Receita menos impostos)
(-) CMV / CSP (Custo da Mercadoria Vendida / Custo do Serviço Prestado)
(=) Lucro Bruto
(-) SG&A (Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
(=) EBITDA (Lucro Antes de Juros Impostos Depreciação e Amortização)
(-) Depreciação e Amortização
(=) EBIT (Lucro antes de impostos e juros)
(+/-) Resultado Financeiro
(-) Imposto de Renda e CSLL
(=) Lucro Líquido

Vale ressaltar que alguns itens como a Depreciação e Amortização não representam uma saída efetiva de caixa mas uma readequação do valor dos ativos das empresas ao longo de sua vida útil. A Receita Federal arbitra a expectativa dos diversos itens.
Por exemplo: edificações são totalmente depreciadas em 25 anos, fornos industriais por sua vez tem depreciação em 10 anos.
Percebam que uma grande indústria detentora de grande quantidade de máquinas pode vir a apresentar um Lucro Líquido negativo sem estar de fato em situação financeira ruim.

Uma empresa nunca quebra por falta de lucro e sim por falta de caixa.

Nosso próximo tema vai além das finanças pessoais e avanço para um território macroeconômico global.

James Rickards é um advogado de formação e um dos melhores estudiosos das políticas macroeconômicas existentes.
Rickards foi membro da CIA e do LTCM (Long Term Capital Management) e autor de best sellers como Currency Wars.
Mesmo com bons instrumentos de análise, precisamos de outras ferramentas para conseguir o resultado correto em ocasiões especiais. A utilização da Trindade Impossível torna-se importante para esta análise. Ela é capaz de desvendar muitos mistérios sobre o futuro das taxas cambiais, das taxas de juros e dos fluxos globais de capital. A Trindade Impossível não é usada em todas as épocas e lugares, mas é a ferramenta perfeita para entender casos especiais na guerra cambial atual.

O que seria a Trindade Impossivel?

A Trindade Impossível é uma regra simples com implicações importantíssimas. Ela foi descoberta pelo vencedor do Nobel, Robert Mundell, no início da década de 1960.

A regra é que um país não pode ter uma política monetária independente, conta de capital aberta e uma taxa de câmbio fixa ao mesmo tempo. É isso. Você pode ter qualquer combinação de duas dessas três condições mas nunca as três ao mesmo tempo.
Há países como a China e a Suíça que possuíam taxa de cambio fixa ou que pudessem oscilar apenas na banda permitida pelo governo. Quando a situação se torna insustentável o governo tem de abrir mão do controle do cambio provocando fortes oscilações conforme ocorreu nos paises supracitados.

A conta de capital aberta diz respeito a facilidade que os investidores e indivíduos conseguem mover seu capital para dentro ou fora do pais.

Política monetária, assunto explanado no texto “Instrumentos de política monetária” publicada em 20/11 sob o título de “Ferramentas Macroeconômicas” trata sobre o tipo de ações adotadas pelo governo: Expansionistas ou Restritivas. Isto significa que um país não poderia adotar medidas contrárias as praticadas pelos demais países do mundo.

George Soros (Budapeste, 12 de agosto de 1930) é um empresário e homem de negócios húngaro-americano e judeu. Ficou famoso pelas suas atividades como especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, bem como pela sua atividade filantrópica, que apoiou entre outros, a Universidade Central Europeia

Em 2012 a Revista Forbes classificou Soros como a 22° pessoa mais rica do mundo, com 20 bilhões de dólares
Em 1992, Soros novamente ousou em apostar contra o mercado. O governo inglês havia prometido manter a libra esterlina em patamares supervalorizado diante de altas taxas de desemprego e programas de unificação da moeda europeia. Soros então julgou que a moeda estava vulnerável e que o governo não conseguiria manter sua promessa.
O governo inglês foi teimoso em sustentar os patamares da libra , apesar da grande pressão para aumento da taxa de juros.
Contra a promessa do governo, Soros investiu U$ 10 bilhões, obtidos com empréstimos de curto prazo. Este trade rendeu ao mesmo U$ 1,1 bilhão em lucro.

Há 22 anos, George Soros, entrou então para história como o grande especulador, “O Homem que Quebrou o Banco de Inglaterra”. O banco da Inglaterra teve uma perda de três milhões de libras, no que ficou conhecida como “Quarta-Feira Negra” pela sua aposta contra a libra. Mais de três mil milhões de libras foi quanto o Banco de Inglaterra perdeu no dia que viria a ser conhecido como a ‘Quarta-feira Negra’.

Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês.

Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.
Tal obra representa uma filosofia de guerra para gerir conflitos e vencer batalhas. É aceita como obra-prima em estratégia e frequentemente citada e referida por teóricos e generais, desde que foi publicada, traduzida e distribuída por todo o mundo.
Assim como na guerra, podemos aplicar alguns de seus conhecimentos em nossas vidas e finanças pessoais.

Abaixo algumas frases de Sun Tzu:

“A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço.”
No mercado financeiro não é diferente, a dor do aprendizado e o aprendizado obtido com os erros passados são fundamentais para um futuro de sucesso.

“Concentre-se no pontos FORTES, reconheça as FRAQUEZAS, agarre as OPORTUNIDADES e proteja-se contra as AMEAÇAS.”
Não adianta tentar fazer algo que não se entende, isto só levará a perdas e sofrimento. Pare e aprenda antes de tentar.
“O verdadeiro objetivo da guerra é a paz.”
Para todos os seres humanos, o dinheiro não deve ser o principal objetivo de sua vida. Ele deve ser perseguido para garantir uma vida feliz e confortável a si mesmo e aos que você ama.

Sun Tzu também nos ensina por meio do exemplo:​

O harém do caos​​

Certa vez Sun Tzu foi convocado por um sultão a organizar seu harém. Este era composto de 300 mulheres que conversavam, gritavam e andavam o dia todo pra lá e pra cá.
Antes de começar Sun Tzu fez três pedidos ao sultão:
1- Preciso ter total e inequívoca autoridade
2- Uma vez me concedida tal autoridade, o senhor não poderá mais retirá-la
3- Quero que estes dois guardas façam tudo que eu mandar.

O sultão então concordou com seus termos.
Em seguida Sun Tzu o pediu para escolher suas duas preferidas e dividiu o harém em duas metades. Para as preferidas ele ensinou três posições: Sentido, Descansar e Cobrir. Feito isto pediu para a primeira ensinar ao seu grupo de mulheres.
As mulheres não levaram muito a sério as solicitações da preferida e não cumpriram corretamente as posições. Sun Tzu então ordenou: guarda, corte-lhe a cabeça. O sultão levantou rapidamente para tentar impedir o assassinato da mulher que mais gostava, mas foi repreendido por Sun Tzu: Minha autoridade, lembra?
Cumprida sua ordem, Sun Tzu ensinou novamente as três posições para a segunda preferida. Ela por sua vez se empenhou em sua função de transmitir as posições para suas companheiras que, provavelmente, pelo medo as seguiram com perfeição.
Sun Tzu então se dirigiu ao sultão e disse: Alteza seu harém está organizado.

Com esta história podemos perceber o quanto a disciplina é importante para obtenção dos objetivos e que por vezes sacrifícios tem de ser feitos para atingir a vitória.

Conquista da Cidade Murada

Em outra história um general com exército extremamente forte queria atacar e conquistar uma cidade que possuía muralhas aparentemente intransponíveis.

Apesar da dificuldade, era visível que o exército invasor seria bem sucedido, nem que vencessem por cortar os suprimentos da cidade.
Ao cercá-los, o general do exército ordenou que um mensageiro fosse até a cidade e solicitasse comida e vinho. O líder da cidade murada, entretanto urinou em um pote e o enviou de volta.

O general então se enfureceu e ordenou um ataque imediado. Tal ataque foi desordenado e acabou culminando em uma enorme derrota.
Com isto podemos aprender que não devemos agir por impulso e tentar controlar nossas emoções. Agir desta forma pode levar a desastres financeiros irreparáveis.

Peter Lynch, hoje aposentado, foi gestor do Fidelity Magellan Fund, o maior fundo de ações do mundo. Lynch é um dos mais importantes investidores buy and hold dos Estados Unidos, e sua técnica além de ser simples, é muito eficaz!
Lynch criou um conhecido mantra para investimento em ações: “Invista em o que você conhece”. Este princípio é importante para investidores em ações que não tem tempo, ou não desejam, fazer estudos complexos sobre o mercado de ações. Uma vez que as pessoas geralmente conhecem bem determinadas empresas, ou produtos, ou mercados, Lynch desenvolve o conceito de que investir nessas empresas é o mais adequado.
Nos anos 80, o jovem Peter Lynch começou a ficar famoso, poucos anos depois de assumir a gestão da carteira do Fundo Fidelity Magellan, em maio de 1977. Desde o início de sua gestão, o fundo passou a dar retorno anual, acima do mercado, de 13,4%.
Depois que a performance de Lynch com investimentos atraiu a atenção do público, ele escreveu diversos livros falando sobre sua filosofia de investimentos. Todas são ótimas leituras para investidores que querem ganhar mais conhecimento sobre investimentos.
Os principais princípios de Lynch são:
1. Invista sempre em negócios que você consegue entender;
2. Faça sempre sua lição de casa a respeito dos seus investimentos;
3. Invista sempre no longo prazo.
Peter Lynch teve uma carreira mais breve que o normal, pois segundo relatos abandonou o trabalho quando chegou na festa de 7 anos de sua filha e a mesma não o reconheceu.