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Para o brasileiro médio é normal acreditar na segurança e rendimento da poupança como sendo uma coisa boa. Porém, olhando da forma correto não é bem assim. Vamos rebater ponto a ponto:

1 – Rentabilidade

A poupança hoje rende de acordo com a taxa SELIC;

  • Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,5% ao mês + TR
  • Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 70% da Selic + TR

Antes de opinar precisamos explicar o que é a TR (Taxa Referencial):

No início dos anos 90, a Taxa Referencial foi criada pelo Plano Collor II (que depois viraria o Plano Real) para combater a inflação no país. Ela deveria ajudar a controlar os juros, servindo como referência para que as taxas de juros do mês seguinte não refletissem a taxa do mês anterior.

Com a inflação sob controle a TR hoje é zero ou próximo a zero, não fazendo muita diferença no cálculo do rendimento da poupança.

Portanto em ambos os cenários de SELIC a poupança perderá para a renda fixa tradicional (inclusive o tesouro direto).

2 – Segurança

Todos os investimentos de renda fixa hoje contam com FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Uma entidade privada que garante a estabilidade do sistema em caso de falência de instituição financeira. Portanto isto deixa a Poupança no mesmo nível de segurança que outras aplicações mais rentáveis. Basta que o indivíduo não tenha mais de R$ 250.000 aplicado em cada instituição financeira.

3 – Prazo

Diferente das aplicações tradicionais da renda fixa, a poupança só rende uma vez por mês. Ou seja, se a aplicação foi feita dia 20 do mês, ele só terá acréscimo no dia 20 do mês seguinte. Com resgate antes disso, o retorno será zero.

As demais aplicações possuem rendimento diário.

Com a facilidade de acesso atual a investimentos melhores não há motivo para continuar “perdendo” dinheiro na poupança, a não ser que você seja um filantropo e queira contribuir para que as pessoas adquiriam suas casas utilizando o SFH.