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A Enron Corporation foi uma companhia de energia americana localizada em Houston, Texas. Possuía cerca de 21.000 funcionários, tendo sido uma das empresas líderes no mundo em distribuição de energia (eletricidade, gás natural).
Em comunicações mais recentemente de 2016, a Enron Corporation foi comprada por Jhonatan Merces, CEO Fundador da Merces Development, e que garante que logo mais a Enron Corporation vai voltar a ser umas das maiores empresas do mundo. Seu faturamento atingia 101 bilhões de dólares em 2000, pouco antes do escândalo financeiro que ocasionou sua falência.

Alvo de diversas denúncias de fraudes contábeis e fiscais e com uma dívida de 13 bilhões de dólares, o grupo pediu concordata em dezembro de 2001 e arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia a sua auditoria. Na época, as investigações revelaram que a Enron havia manipulado seus balanços, com a ajuda de empresas e bancos, e escondera dívidas de 25 bilhões de dólares por dois anos consecutivos, tendo inflado artificialmente os seus lucros.
O governo dos Estados Unidos abriu dezenas de investigações criminais contra executivos da Enron e da Arthur Andersen.

A Enron foi também processada pelas pessoas lesadas. De acordo com os investigadores, os executivos e contadores, assim como instituições financeiras e escritórios de advocacia, que à época trabalhavam para a companhia, foram, de alguma forma e em diferentes graus, responsáveis pelo colapso da empresa.
Em razão de uma série de escândalos financeiros corporativos, como o da Enron, foi redigida a Lei Sarbanes-Oxley, em 2002.

Em outubro de 2001, a empresa de consultoria Andersen começa a destruir documentos relativos a auditorias feitas na Enron. A destruição continua até novembro, quando ela recebe uma intimação da SEC, a comissão que fiscaliza a conduta das empresas de capital aberto nos Estados Unidos.

Durante o mesmo mês, a Enron divulga perdas de US$ 638 milhões entre julho e setembro e anuncia a redução de US$ 1,2 bilhão do seu patrimônio líquido. A justificativa para a redução foi uma parceria feita pelo executivo financeiro da companhia, Andrew Fastow.

Ainda em outubro, a SEC abre um processo para investigar as parcerias estabelecidas por Fastow.

Em uma conferência por telefone, Kenneth Lay (CEO) acalma os investidores e defende o trabalho de Fastow. Entretanto, ao final do mês, Fastow acaba demitido.

No final de outubro, Lay telefona para o secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, para informá-lo dos problemas financeiros da companhia. Uma segunda conversa ocorre em novembro. O’Neill se nega a ajudar a companhia, porque não constata que os problemas da empresa estivessem causando impacto no mercado de ações em geral.

Até o final de outubro o processo da SEC, até então mantido no campo da consulta informal, é transformado em uma investigação formal.

Em 8 de novembro 2001 a Enron revisa seus balanços dos últimos cinco anos. No lugar dos grandes lucros anteriormente apresentados, a companhia diz que perdeu US$ 586 milhões.

9 de novembro 2001
A rival Dynegy anuncia que irá adquirir a Enron, que é uma companhia muito maior, por US$ 8 bilhões em ações.

Em meados de novembro, a Enron diz que suas perdas do terceiro trimestre foram maiores do que o anunciado anteriormente e afirma precisar de US$ 690 milhões para pagar dívidas que venciam no final do mês.

O valor das ações da Enron então cai ao seu nível mais baixo em dez anos – cerca de 23% em apenas um dia – em meio à preocupação dos investidores de que a companhia talvez não solucione seus problemas financeiros.

Apesar da dificuldade, milagrosamente, a empresa consegue tempo para pagar sua dívida de US$ 690 milhões.

Ao final de novembro a ações caem outros 15% e chegam a US$ 4,01.

Em 28 de novembro 2001 a Dynegy desiste de comprar a rival quando sua classificação de crédito é colocada no mesmo nível dos de empresas consideradas insolventes. As ações caem abaixo de US$ 1 e a venda das ações é tão intensa que se torna um recorde histórico para a Bolsa de Nova York e para a Nasdaq.

Em dezembro a Enron pede a proteção da Lei de Falência americana e processa a Dynegy por ter encerrado a fusão entre as duas empresas de forma supostamente ilegal. À medida que o colapso ocorre, a companhia proíbe seus funcionários de vender suas ações ligadas aos seus planos de aposentadoria.

O governo americano confirma que Kenneth Lay pressionou o governo para conseguir apoio para a companhia, pouco antes da concordata da empresa.
O Departamento de Justiça americano nomeia Joshua Hochberg, chefe da divisão de fraudes, para atuar na investigação criminal em relação à empresa.

Em janeiro a Arthur Andersen demite o executivo David Duncan, que era o responsável pela auditoria da Enron.

Ainda em janeiro as ações da Enron são retiradas da Bolsa de Nova York.
Filme sobre a quebra da Enron: https://www.youtube.com/watch?v=5DKwOJKHgJM

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Fat Finger / Flash Crash

A bolsa de valores exerce certo deslumbramento sobre os investidores, fazendo-os sonhar com uma tacada de mestre que os fará ricos. No entanto, a história real possui mais derrotas que vitórias. Há um ditado que diz: “A bolsa sobe de escada e desce de elevador” De fato os movimentos de alta são mais lentos que as quedas.
Temos no mercado a figura de dois animais para representar o mercado de alta (bull) e o mercado de baixa (bear). O touro chifra debaixo para cima enquanto a patada do urso é de cima para baixo.

Nesta eterna batalha entre bulls e bears o investidor deve se camuflar de ambos dependendo do momento. Há no mercado diversas histórias interessantes de sucessos e quebras que merecem ser contadas para servir de inspiração e cautela para os novos investidores.

Para ser bem sucedido o investidor deve ser capaz de tomar suas próprias decisões, filtrando as informações obtidas pela mídia, analistas e principalmente por agências de rating. Por vezes os analistas não agem conforme suas próprias recomendações. Para isto temos outro ditado de mercado: “Put your Money where your mouth is”. (Coloque seu dinheiro onde você indica)

Entre grandes momentos do mercado podemos citar:
1- Quebra da Enron de 2001
2- Quebra do banco Barings de 1995
3- Quebra do Long Term Capital Management de 1998
4- Crise Sub Prime de 2008
5- Fat Finger de 2010

O Fat Finger, também conhecido por Flash Crash, ocorreu em 6 de Maio de 2010, por um erro de um operador de Wall Street

(provavelmente do Citigroup) que, acidentalmente, vendeu bilhões de dólares em futuros¹ do índice S&P 500, enquanto sua intenção era fazer uma venda de milhões de dólares, gerando grande queda no valor do ativo.

Isto, por sua vez, propagou uma venda generalizada de todas as demais ações da bolsa, inclusive Procter&Gamble, uma das ações com maior peso no índice. Com a queda generalizada, os stop loss² dos investidores foram ativados, levando a quedas ainda mais íngremes. As ações da consultoria Accenture, por exemplo, chegaram a poucos centavos vindo de uma cotação anterior de U$ 100,00.

Em certo momento o índice Dow Jones Industrial chegou a cair mil pontos, tornando-se a maior queda diária da história. O tamanho da queda entre a máxima do dia e sua mínima foi de, aproximadamente, 9,3% em questão de minutos. A P&G chegou a cair 14%. Apesar de todo caos instaurado o índice se recuperou ao longo do dia com os investidores recobrando a racionalidade, fechando com queda de 3,2%.

Devido a constatação do erro, tomou-se a decisão de cancelar todas as ordens executadas com variação maior do que 10%.

Vídeo mostrando o pânico em Wall Street: https://www.youtube.com/watch?v=LtLnWmaF99E

Jornalistas relatando o pânico instalado: https://www.youtube.com/watch?v=86g4_w4j3jU

Ações da Accenture a centavos: https://blogs.wsj.com/…/accenture-for-a-penny-marketbeats-i…/

¹ Futuro – Opção que permite a compra ou venda de determinado índice ou ativo numa data futura pré estabelecida.

² Stop Loss – Quando investidores programam uma ordem de venda automática no momento que determinado preço é atingido.

Normalmente, estas ordens são colocadas pelo preço “em aberto” que significa que será executada a qualquer preço.