Opções são derivativos relacionados com determinado ativo objeto. Elas são o direito de comprar / vender determinado ativo, a determinado preço em data futura.
As opções são compostas por algumas letras gregas:
Delta: mede a sensibilidade do preço da opção (prêmio) em relação ao preço do ativo-objeto. Seu valor em módulo varia de 0 a 1 (0-100%) e, por definição, valores positivos representam exposição “comprada” ou “long”, ou seja, o aumento do preço do ativo-objeto resultará em um aumento do preço da opção – e vice-versa. Analogamente, valores de Delta negativos representam exposição “vendida” ou “short”, ou seja, o aumento do preço do ativo-objeto resultará em uma redução do preço da opção – e vice-versa.
Gama: mede a sensibilidade do Delta em relação ao preço do ativo-objeto. Seu valor em módulo varia de 0 a 1 (0-100%), podendo apresentar valores positivos, que sinalizam um aumento do Delta conforme o preço do ativo-objeto aumenta – e vice-versa -, ou negativos, que sinalizam uma diminuição do Delta conforme o preço do ativo-objeto aumenta – e vice-versa.
Vega: mede a sensibilidade do preço da opção em relação à sua volatilidade implícita. Seu valor varia de 0 a 1 (0-100%), sendo sempre maior que zero, uma vez que o aumento da volatilidade sempre implicará aumento do preço da opção.
Theta : mede a sensibilidade do preço da opção em relação ao tempo até a sua expiração. Seu valor varia de 0 a 1 (0-100%), sendo sempre maior que zero, uma vez que a redução do tempo até o vencimento sempre implicará redução do preço da opção.
Baseado nestas variáveis podemos concluir que quanto mais volátil o ativo objeto for e quando maior for o prazo de vencimento da opção maior será seu preço.
Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos chama os derivativos de “verdadeiras armas de destruição em massa. ”. De fato, sua alta volatilidade já devastou diversos patrimônios ao longo do tempo. Entretanto possuímos estratégias para reduzir tais riscos e ainda assim conseguir excelentes retornos. Antes de prosseguirmos recomendo a releitura da post O Canto da Sereia publicado em 28 de Novembro.
Opções podem ser Calls (Direito de compra) ou Puts (Direito de venda). Além disto são classificadas como Americanas (Exercida a qualquer momento) ou Europeias (Exercida apenas no vencimento).
Dependendo do seu strike, podemos classificar aos opções em:
In the Money – opções que possui strike (preço de exercício) abaixo do preço atual do ativo objeto
At the Money – opções que possuem strike de mesmo ou muito próximo preço do ativo objeto
Out of the Money – Opções com strike acima do preço do ativo objeto
Nas opções In the Money temos valor intrínseco e extrínseco. Valor intrínseco diz respeito ao valor de fato da opção no momento, independente de volatilidade. Por exemplo, imaginemos uma opção de Petrobrás cujo strike é R$ 12. Imaginemos que hoje a ação está R$ 14. Esta opção possuirá então valor intrínseco de R$ 2. Seu preço final dependerá ainda da volatilidade da ação. O preço adicional é chamado de valor extrínseco.
Para reduzir risco existem algumas operações que “travam” as possíveis perdas e também os ganhos, que mesmo travados podem ser vultuosos.
No mercado de opções o nome do ativo é composto pelas iniciais de seu ativo objeto seguido de uma letra de A a L, cada uma representando um mês do ano seguido por um número que normalmente, mas não obrigatoriamente representam seu strike.
Para os exemplos abaixo usaremos valores reais de cotação de PETR4 em 13/12/16:
Ativo objeto PETR4 – R$15,45
PETRL39
Preço em 13/12/16 – R$ 1,57
Strike – R$ 14
Valor intrínseco: R$ 1,45
Valor extrínseco: 0,12
PETRL19
Preço em 13/12/16 – R$ 0,18
Strike – R$ 16
Valor intrínseco: R$ 0,00
Valor extrínseco: R$ 0,18
Iniciaremos com uma operação mais simples chamada Lançamento Coberto, nela o investidor adquire o ativo objeto, no caso PETR4 e escolhe um strike para realizar a venda de Calls. Se ele efetuar a venda de PETR39, embolsará imediatamente R$ 1,57 por opção vendida. No momento do exercício, mantendo-se o preço atual, ele terá um prejuízo de 1,45 por ação de Petr4 comprado por R$ 15,45 e exercido (vendido) por R$ 14,00.
Trava de Alta – Nesta estratégia espera-se que o preço do ativo objeto suba. Assim o investidor. Neste caso o investidor compra e vende em 2 strikes diferentes. Compra o strike mais baixo (maior preço) e vende o strike de cima (menor preço). Assim o intestidor tem um desembolso inicial e receberá o lucro no exercício. Usando as opções do exemplo anterior teríamos:
Compra 1,57 / Venda 0,18 – Desembolso inicial R$ 1,39
Com PETR4 a 18 reais por exemplo, no exercício, a opção com strike R$ valeria R$ 4,00 (18-14). Enquanto a opção com strike R$ 16 valeria R$ 2,00. O investidor então embolsa R$ 4 e paga R$ 2, realizando um lucro de R$ 2. Como havia investido anteriormente R$ 1,39, seu lucro global é 0,61. Os retornos normalmente são maiores, porém utilizamos opções que estão a apenas 6 dias do vencimento, possuindo desta forma theta quase inexistente.
Na trava de baixa o raciocínio seria o contrário. Vende-se o menor strike e compra-se o maior. Usando as mesmas opções, o investidor receberia R$1,57 e pagaria 0,18.
Com Petrobras cotada em 14 reais, ambos os strikes valeriam R$ 0,00 no exercício, porém o investidor ficaria com os R$ 1,39 conseguidos na montagem da operação.
Borboleta
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Vender opções de compra com menor preço de exercício, menor que o preço atual de mercado (In-The- Money ou “no dinheiro”)
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Vender opções de compra, em igual número, com um preço de exercício superior ao de mercado (Out-The- Money ou “fora do dinheiro”)
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Comprar o dobro de opções (a soma das duas de compra lançadas nas etapas anteriores) com o preço mais próximo do de mercado (at-the- money)
PS: As opções envolvidas nessa operação devem ter o mesmo prazo de vencimento.
Com isto a rentabilidades seria como no gráfico abaixo: