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Nossa nova analogia nos remete ao filme “Comer, rezar e amar” de 2010, estrelado por Julia Roberts.

No cenário atual enxergamos um país com cenário caótico e um governo com escolhas impossíveis de serem feitas.

O Lockdown de 2020 destruiu o país de uma forma sem precedentes. Governos do mundo todo atuaram despejando dinheiro sem ônus nos mercados. Em alguns casos como os EUA sem limite de vergonha.

Entretanto, o EUA é o único pais do mundo que possui a máquina impressora de dólares (moeda base). Por aqui, simplesmente estouramos o orçamento público e aumentamos nosso déficit fiscal para 703 bilhões enquanto nosso endividamento ultrapassou 90% do PIB anual.,

Caso se uma família possua dívida que consome 90% de sua renda, eles não podem mais comer, morar ou viver.

Porém, com a pandemia ainda não controlada, o governo precisa decidir se oferece mais ajuda gratuita aos cidadãos, mesmo que isto possa comprometer sua sobrevivência de longo prazo. É obvio que a saída mais fácil e popular é criar um novo auxílio emergencial,. Esta seria uma decisão certa no governo PT, com seu entendimento de uma criança de 6 anos. Mas a nova liga da justiça não aceita comprometer a sustentabilidade de longo prazo, em troca de pequenos prazeres de curto prazo.

Apesar de estar em um dilema de impossível solução, nosso ministro Paulo Guedes lançou uma genial cartada. Utilizar parte das reservas cambias para combater os estragos econômicos da pandemia. Mas afinal o que são as reservas e qual sua função?!

As reservas são uma certa quantidade de dinheiro em moeda forte, possuída pelo país. Sua função é garantir que o país não sofra ataques especulativos como ocorreram nos episódios Gerorge Soros x Inglaterra ou  no ataque especulativo de setembro de 2015.

Nossas reservas hoje giram em torno de USD 350 bilhões, ou seja, BRL 1,9 trilhões. Não acreditamos que a utilização de 50 a 70 bilhões de dólares para amortização de dívida ou até para bancar os auxílios emergenciais, afetariam a credibilidade em nossa moeda. Muito pelo contrário, um país com maior responsabilidade fiscal sempre atrai mais capital estrangeiro para investimentos.

Inclusive consideramos um momento oportuno para desfazer posição em dólar, dada a impressão maciça do mesmo.

A esquerda atua de forma tão nefasta, que o PT em seu site oficial, coloca a manchete sobre utilização das reservas como uma afronta ao legado deixado por Lula e Dilma. Não se conformam que a esquerda nunca mais voltará ao poder!

 

 

Há certas ocasiões que entram na história por sua audácia e efeitos devastadores. Como exemplo podemos citar o caso clássico de George Soros que venceu o governo da Inglaterra em 1992. Todos os países estão sujeitos a ataques deste tipo, basta que a situação se mostre favorável para tal.

O Brasil enfrentava sua pior crise da história, então fundos de hedge globais decidiram agir. No dia 25/09/15 os mercados acordaram sob ataque.

Os grandes fundos globais efetuaram pesadas vendas de iShares MSCI Brazil Capped, um fundo do tipo ETF(Exchance Traded Funds) que acompanha as ações brasileiras. O fundo possui cerca de 84 milhões de ações emitidas, e 59 milhões, ou 70%, estão short (jargão de mercado para vendas a descoberto).

Para lucrar com esta operação os fundos iniciaram então um ataque nas posições locais (Brasil).

O dólar disparou 2,28% no dia. Tal subida ocorreu mesmo com intervenções do Banco Central fechando a 4,14, tendo atingido um pico de 4,24 durante a parte da manhã.

Com as ações o caso não foi diferente com queda de cerca de 2% tendo alcançado quedas superiores também no período da manhã.

Na renda fixa abriu-se uma janela espetacular, onde os títulos pré fixados alcançaram a taxa de 19%, retornando ao longo do dia para 16%. Ou seja, seria possível auferir grandes retornos fazendo “day trade” da renda fixa.

Por sorte, o país possuía cerca de R$ 370 bilhões em reservas e pôde intervir diretamente no mercado por meio de 2 leilões de swap cambial contribuindo para amenizar o movimento.