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Aos 14 anos, o jovem Vuitton, aventureiro, resolve viajar a pé para Paris (em torno de 400 km!) com o objetivo de aprender a trabalhar com madeira. O jovem, algum tempo depois, foi contratado como aprendiz de um fabricante de baús de viagem. Os baús eram a principal forma de armazenamento da bagagem durante as viagens, as quais eram realizadas por meio de carruagens.

Como as viagens eram longas e perigosas, as bagagens precisavam ser resistentes, daí os baús eram a forma mais indicada. Com a evolução dos transportes, as carruagens foram gradualmente substituídas por viagens de navios e trens a vapor.
Ao transportar mais pessoas era necessária uma melhor arrumação nos porões dos navios e o empilhamento nos trens.

Devido a grande quantidade de baús tornava-se também muito difícil sua identificação. Com isto Vuitton criou o conceito de mala, feita de material mais leve, maleável e personalizável.

Feito isto, logo se tornou um sucesso entre a aristocracia francesa passando a ser objeto de desejo.
Até mesmo Eugenia, esposa de Napoleão se tornou sua cliente.

Com muito trabalho, criou algo diferente, que não fosse apenas útil, mas prático e de boa aparência. Começou então a extraordinária saga de Louis Vuitton no ramo de designer.

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Fat Finger / Flash Crash

A bolsa de valores exerce certo deslumbramento sobre os investidores, fazendo-os sonhar com uma tacada de mestre que os fará ricos. No entanto, a história real possui mais derrotas que vitórias. Há um ditado que diz: “A bolsa sobe de escada e desce de elevador” De fato os movimentos de alta são mais lentos que as quedas.
Temos no mercado a figura de dois animais para representar o mercado de alta (bull) e o mercado de baixa (bear). O touro chifra debaixo para cima enquanto a patada do urso é de cima para baixo.

Nesta eterna batalha entre bulls e bears o investidor deve se camuflar de ambos dependendo do momento. Há no mercado diversas histórias interessantes de sucessos e quebras que merecem ser contadas para servir de inspiração e cautela para os novos investidores.

Para ser bem sucedido o investidor deve ser capaz de tomar suas próprias decisões, filtrando as informações obtidas pela mídia, analistas e principalmente por agências de rating. Por vezes os analistas não agem conforme suas próprias recomendações. Para isto temos outro ditado de mercado: “Put your Money where your mouth is”. (Coloque seu dinheiro onde você indica)

Entre grandes momentos do mercado podemos citar:
1- Quebra da Enron de 2001
2- Quebra do banco Barings de 1995
3- Quebra do Long Term Capital Management de 1998
4- Crise Sub Prime de 2008
5- Fat Finger de 2010

O Fat Finger, também conhecido por Flash Crash, ocorreu em 6 de Maio de 2010, por um erro de um operador de Wall Street

(provavelmente do Citigroup) que, acidentalmente, vendeu bilhões de dólares em futuros¹ do índice S&P 500, enquanto sua intenção era fazer uma venda de milhões de dólares, gerando grande queda no valor do ativo.

Isto, por sua vez, propagou uma venda generalizada de todas as demais ações da bolsa, inclusive Procter&Gamble, uma das ações com maior peso no índice. Com a queda generalizada, os stop loss² dos investidores foram ativados, levando a quedas ainda mais íngremes. As ações da consultoria Accenture, por exemplo, chegaram a poucos centavos vindo de uma cotação anterior de U$ 100,00.

Em certo momento o índice Dow Jones Industrial chegou a cair mil pontos, tornando-se a maior queda diária da história. O tamanho da queda entre a máxima do dia e sua mínima foi de, aproximadamente, 9,3% em questão de minutos. A P&G chegou a cair 14%. Apesar de todo caos instaurado o índice se recuperou ao longo do dia com os investidores recobrando a racionalidade, fechando com queda de 3,2%.

Devido a constatação do erro, tomou-se a decisão de cancelar todas as ordens executadas com variação maior do que 10%.

Vídeo mostrando o pânico em Wall Street: https://www.youtube.com/watch?v=LtLnWmaF99E

Jornalistas relatando o pânico instalado: https://www.youtube.com/watch?v=86g4_w4j3jU

Ações da Accenture a centavos: https://blogs.wsj.com/…/accenture-for-a-penny-marketbeats-i…/

¹ Futuro – Opção que permite a compra ou venda de determinado índice ou ativo numa data futura pré estabelecida.

² Stop Loss – Quando investidores programam uma ordem de venda automática no momento que determinado preço é atingido.

Normalmente, estas ordens são colocadas pelo preço “em aberto” que significa que será executada a qualquer preço.