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Em um evento, o conhecido economista Ricardo Amorim previu que no caso de eleição de Fernando Haddad, dólar poderia ir até R$ 5,00.

Conforme expusemos no texto “What comes next” onde tratamos sobre o novo governo argentino, no 6 motivos por que o socialismo não funciona e no que trata sobre A nova liga da justiça percebemos que politica e economia andam lado a lado.

A economia é uma profecia auto realizável:

Se as pessoas sentem-se seguras e confiantes, elas investem, aumentam capacidade produtiva e contratam empregados, no oposto quando estão receosas demitem, fecham empresas e tentar consumir o mínimo possível.

É no mínimo insano e irracional comparar o dólar atual como sendo um evento causado por um mau governo. O mundo hoje possui tensões geopolíticas entre Irã e EUA e Arábia e Russia, além de uma doença que se espalha em velocidade exponencial.

O primeiro afetou os preços do dólar e o segundo o preço do petróleo. Ambos os ativos tem o poder de afetar todos os demais preços da economia.

Se não bastasse os eventos supracitados ainda temos em andamento uma pandemia viral em proporções que não se via desde a devastação causada pela peste negra do século XIV. A consequências para os homens enquanto organismos vivos não são tão severas quanto as causadas pela peste, mas dado a globalização as consequências econômicas podem ser até piores.

Quase todos os setores irão sofrer com o pânico generalizado. Nossa legislação trabalhista agrava ainda mais a crise uma vez que o empresário se vê em um dilema: demitir todos os funcionários e encerrar as atividades aceitando uma enorme perda, porém, sem sangramentos mensais posteriores ou seguir sangrando mensalmente (salários, aluguel etc), com receita zero ou próximo de zero sem ter certeza de quando a situação será normalizada.

Nosso heroico governo tentou oferecer um pacote de estímulos, porém, sabemos que é uma medida paliativa que a depender dos movimentos de manada podem ou não ter algum efeito.

Apesar dos tempos tenebrosos que se aproximam vemos alguns tolos felizes que poderão ficar em casa sem trabalhar e recebendo. Assim como crianças de 6 anos não conseguem entender que talvez não tenham para onde voltar.

Hoje dia 04 de outubro de 2019 acordamos com a seguinte notícia:

Caixa pede que Justiça decrete falência da Odebrecht

Aconteceu… Conforme esperado, envolvida em um enorme escândalo de corrupção e com dívidas bilionárias, a Caixa Econômica Federal puxou a tomada da já debilitada Odebrecht.

A Odebrech chegou a ter 170 mil empregados e possuía uma meta ousada chamada de visão 2020, cujo intuito era possuir 200 bilhões em receita até 2020.

Aqui façamos um parênteses técnico, de que adianta 200 bilhões na primeira linha do DRE se a última é negativa. De forma análoga, é melhor alguém que receba 5 mil reais por mês e tenha despesas de 3 mil do que alguém que ganhe 20 e gaste 21 para viver.

Aqui citamos o Livro do professor Jim Collins – Como as gigantes caem (disponível em nossa biblioteca virtual).

Nele o professor citava 5 etapas até a falência ou insignificância de uma empresa.

1 – Excesso de confiança – a Odebrecht era extremamente confiante em seu nome executivos e sempre confiavam que seu forte nome iria resolver os problemas.

2 – Negação de risco e perigos –  Com dívidas bilionárias e a lava jato iniciada mantinha a postura de que nada tinha a ver com o assunto e nada iria acontecer.

3 -Busca incessante por mais – Entrou em diversos negócios que não tinha expertise nem nunca tinha tido experiências. Exemplo: área ambiental ou até mesmo submarino nuclear

4 – Luta desesperada pela salvação – Com alguns de seus executivos preso, inclusive o neto do fundador e afundada em dívidas entrou em recuperação com tarefa hercúlea de sobreviver.

5 – Insignificância ou falência – a insignificância era quase certa dado o porte que já teve e o porte que teria caso saísse da mesma. Infelizmente agora caminhamos para a falência e liquidação.