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Dos mesmos criadores de: Quem veio primeiro o OVO ou a Galinha?

Apesar desta primeira pergunta não ter uma resposta correta (nem errada), a pergunta de nosso título tem sim resposta matemática.

Para uma melhor visualização, vamos tentar analisar um exemplo genérico:

O que seria melhor:

1 – R$ 1.000 com juro de 2% ao período no prazo de 24 meses

ou

2 – R$ 1.000 com juro de 1% com período de 12 meses

Vamos analisar agora em etapas: Parcela mensal, Juro Total Pago.

Com esta simples tabela é possível concluir que a melhor opção é: DEPENDE!

A melhor opção contabilmente falando é o empréstimo com juro menor, porém, a melhor opção para fluxo de caixa é a com maior prazo.

Porém melhor que analisar contabilidade ou fluxo de caixa é analisar: o que te traz mais tranquilidade?

A metáfora do cobertor curto normalmente é aplicada quando temos uma situação onde não é possível atender os dois lados satisfatória mente. Ou seja, ou cobrimos a cabeça ou os pés.

Na economia isto não é diferente, cada atitude com determinado objetivo pode acabar abrindo um buraco em outra vertente. Vamos citar alguns exemplos:

1 – Corte da Taxa Selic

Ontem o COPOM reduziu nossa taxa básica de juros para 3% ao ano (menor patamar da história) com comentários sobre novos cortes na próxima reunião.

Pontos positivos: fomenta a atividade econômica real com geração de empregos

Pontos negativos: Estrangeiros deixam o país insatisfeitos com o retorno de seus investimentos, dólar sobe podendo gerar pressão inflacionária

2 – Impressão de dinheiro – Já abordamos este tópico nos textos “Foge Bino” e “A praga e a besta

Pontos positivos: Aumenta a base monetária forçando a circulação de dinheiro na economia.

Pontos negativos: Se não tiver destino assertivo pode gerar grande inflação sem nenhuma contrapartida de crescimento econômico.

3 – Flexibilização Trabalhista – Tema abordado no texto “CLT Bom ou ruim”

Pontos positivos: Melhora a competitividade dos produtos brasileiros no exterior o que permitiria maiores exportações, superavit e crescimento econômico

Pontos negativos: A baixa capacidade cognitiva de boa parte da população os faria vulneráveis a uma situação de quase escravidão.

3 – Reforma Tributária – No Brasil as empresas gastam mais de 2 mil horas por ano apenas para apurar quais e em qual percentual os impostos devem ser pagos.

Pontos positivos: Aumento da competitividade, segurança e estabilidade ao sistema

Pontos negativos: Não há

4 – Mudança para regime Parlamentarista –

Pontos positivos – No parlamentarismo não há a figura de um presidente mas sim um primeiro ministro que tem o dever de ser a voz do senado. Assim conseguiríamos um alinhamento de interesses, uma vez que Rodrigo Maia seria o responsável pelas atitudes nefastas que causa. Hoje, tudo de ruim que acontece no congresso é responsabilidade do presidente Bolsonado.

Como dizia o ditado: “Em caso de más notícias, mate o mensageiro!”

Pontos negativos – Desconhecidos

 

 

Nosso tema de hoje passa pela notícia que nosso lanterna verde super ministro Paulo Guedes está cogitando imprimir dinheiro.

Quem nos acompanha sabe que criticamos tal ideia quando veio do ex presidente Lula.

Porém, tratando-se de alguém tão instruído como Paulo Guedes, este merece pelo menos o benefício da dúvida.

Nossa primeira pergunta é:

P1 – Um governo pode quebrar?

R1 – Sim e não, o governo, exceto pela união européia, sempre detém o poder de criar dinheiro simplesmente imprimindo-o.

P2 – Qual o custo disso?

R2 – Próximo a zero, o custo é papel, tinta e eletricidade.

Quando governos não querem inadimplir claramente suas dívidas, como já vimos no episódio do Curralito Argentino , basta usar a impressora para fingir ter honrado seus pagamentos.

A equação é

M X V = Valor agregado de bens e serviços

M – Quantidade de moeda

V – Velocidade da moeda, o que representa quantas vezes a mesma circulou na economia.

Dobrando-se a base monetária e mantendo o fluxo supracitado, teríamos geração de valor total de R$ 200 ao invés de 100.

Porém, supor que a simples impressão de dinheiro afetará hábitos de consumo das pessoas é extremamente leviano.

Primeiro por que há dois tipos de consumo, o postergado e o perdido.

O postergado trata de um indivíduo que ia comprar um carro e decidiu compra-lo após dois meses

O perdido era o sujeito que ia sair para jantar hoje, porém, não irá jantar duas vezes no mês que vem.

Já há noticias informando que o dinheiro impresso será utilizado para realização de obras de infraestruturas, isto seria ótimo do ponto de vista de geração de empregos e melhoria de nossa infraestrutura. Porém, como garantir que a atividade continuará após o termino das obras (o que geraria desemprego massivo ao mesmo tempo). Será que incorreremos no mesmo erro do Japão da década de 90, onde após o estouro de sua bolha escolheu pagar metade da população para abrir um buraco e metade para fecha-lo. Uma vez concluída as duas atividades, nada sobrou senão, uma enorme dívida (hoje acima de 200% do PIB).

Repetimos o que falamos no Titanic Econômico, apenas os EUA podem imprimir dinheiro com danos reduzidos.

Será que compensa o risco de incorrer na armadilha da liquidez?

Imprimir dinheiro em via de regra gera inflação, ou seja, caso o uso do mesmo não sendo bem sucedido teremos o cenário da nefasta estagflação (PIB negativo com inflação). Para este cenário não há sequer estratégia mapeada nos manuais de economia. Portanto,

Cuidado Bino é uma cilada!

 

 

Para estrear o novo blog nada melhor do que começar pelo início. Seguem pequenas e valiosas dicas Financeiras

Abaixo seguem pequenos cuidados e dicas que devemos ter para preservar e multiplicar capital proporcionando uma vida e aposentadoria mais tranquilas.

1- Deve-se ter uma reserva de emergência suficiente para cobrir de 3 a 6 meses das despesas mensais em aplicação segura, com liquidez imediata. Em tempos de crise e instabilidade, isto pode garantir sua sobrevivência.

2- Separe uma parte de sua renda para investimentos. Retire este valor como se fosse uma despesa, assim você não terá desculpas para não poupar mensalmente.

3- Após alguns anos economizando, seu montante será suficiente para lhe gerar renda adicional, garantindo uma aposentadoria mais confortável.

4- Não há mais motivos para aplicar em poupança. O rendimento auferido perde para a inflação; além da rentabilidade ocorrer apenas uma vez no mês (data de aniversário). Outros produtos possuem rendimento diário.

5- Hoje é possível aplicar quantias tão pequenas quanto R$ 30,00 no Tesouro Direto. Não há motivo para não começar a investir.

6- Para quantias maiores e podendo abrir mão da liquidez, as instituições financeiras oferecem taxas inclusive superiores a Taxa Selic.

7- Boa parte dos instrumentos financeiros privados possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Esta é uma instituição privada que garantirá até R$ 250 mil reais por CPF, em caso de quebra do banco emissor do título.

8- Apesar de mais seguro que outras formas de investimento, a renda fixa não é fixa e pode gerar grandes ganhos ou perdas, para compradores de títulos que não o levem até seu vencimento.

9- Não faça dividas. Enquanto a maioria dos países do mundo possui taxa de juros zero ou até negativa, o Brasil possui taxa básica de 14,25% a.a. (Taxa Selic).

10- Caso esteja endividado, tente trocar sua dívida cara por uma mais barata e mais aderente ao seu fluxo de caixa mensal. As taxas também podem variar de acordo com o banco escolhido.

Hoje temos as seguintes taxas de juros médias para os diversos tipos de endividamento:

Cartão de Crédito – 400% a.a.;

Cheque Especial – 280% a.a.;

Crédito Pessoal – 120% a.a.;

Crédito Consignado (desconto em folha) – 28% a.a.

Renegocie, os bancos têm interesse em receber. A negociação normalmente é facilitada quando o crédito passa a integrar a Conta de Provisão para Devedores Duvidosos do banco. Isto quer dizer que o mesmo já considera esta dívida uma perda em suas finanças, qualquer recuperação de valor contará como resultado. Nunca efetue o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito. Por vezes somos tentados pelo baixo valor das parcelas e esquecemos dos altos juros cobrados.