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Madoff nasceu em 1938 no seio de uma família judaica e é casado com Ruth Madoff.

Foi membro ativo da National Association of Securities Dealers (NASD), organização autorregulada na indústria de ativos financeiros norte-americanos. A sua empresa esteve entre as cinco que impulsionaram o desenvolvimento do NASDAQ, e o próprio Bernard trabalhou como coordenador-chefe do mercado de valores.

Seu grupo de investimentos incluía duas áreas separadas: Bernard Madoff Investment Securities LLC, com as funções de corretor de bolsa (broker) e formador de mercado em ações norte-americanas (market maker), onde trabalhava a maioria do pessoal, e a área de Investment Advisory, foco de toda a fraude.

Nesta última Bernard Madoff realizava os investimentos para hedge funds como o Fairfield Sentry, Kingate ou Optimal (grupo banco Santander).

Ser aceito por Madoff em seu fundo era considerado uma honra, tanto que alguns investidores se matricularam no clube que ele frequentava apenas para tentar se aproximar do mesmo.
Apesar do êxito histórico dos resultados dos fundos geridos pela sua empresa, desde 1992 a gestão recebeu algumas críticas isoladas. Veio-se a descobrir posteriormente como os auditores da Madoff trabalhavam num pequeno escritório sem praticamente terem pessoal.

Madoff, com fama de filantropo, não só enganou entidades bancárias e grupos de investimento, como também são vítimas da sua fraude fundações e organizações caritativas.

A Securities Investor Protection Corporation (SIPC) está em processo de liquidação da brokerage da empresa de Madoff, com Irving Picard a atuar como trustee (figura comum nos países da common law).

A SIPC assegura até 500 000 dólares para dinheiro em falta em contas de brokerage individuais, mas não protege contra maus investimentos. Algo como o Fundo Garantidor de Crédito brasileiro.

Stephen Harbeck, presidente da SIPC afirmou que os registos financeiros do departamento de gestão de investimentos demorarão seis meses a analisar. “Há alguns ativos, mas não tenho ideia de qual a relação com os pedidos sobre eles. Os registos são altamente suspeitos neste caso.

Um de seus investidores evitou a derrocada do fundo de Madoff. Quando entrevistado sobre como percebeu a fraude afirmou: “O fundo era muito estável e sempre entregava o mesmo resultado. Isso não poderia ser possível no mercado em que atuava.”
Segundo o Wall Street Journal as potenciais perdas totalizam 65 bilhões de dólares, o que faz de Madoff o autor da maior fraude financeira de todos os tempos.

Numerosas entidades estrangeiras foram afetadas. Supõe-se que haja só de fundos portugueses cerca de 76 milhões de euros aplicados no esquema fraudulento de Madoff.

Em 29 de junho de 2009, Madoff foi condenado a 150 anos de prisão por um tribunal de New York.

Em 11 de dezembro de 2010 seu filho Mark Madoff suicidou.