Abordaremos agora a mais importante informação que podemos obter de uma empresa. Como falamos anteriormente, o caixa é o oxigênio necessário a vida das companhias.
Seguimos então para a demonstração de um DFC resumido:

(= ) Fluxo de Caixa Operacional (A)
(+) Ingressos Operacionais
(-) Saques Operacionais
(= ) Fluxo de Caixa de Investimentos (B)
(-) Aquisição de Imobilizado
(+) Venda de Imobilizado
(= ) Geração Operacional de Caixa
(= ) Fluxo de Caixa Financeiro (C)
(+) Liberações de Financiamentos
(-) Amortização de Financiamentos e Pagamento de Juros
(= ) Fluxo de Caixa Livre para o Acionista
(+) Aportes
(-) Dividendos

Pensemos no fluxo de caixa como um filtro, que possui diversas etapas até chegar ao seu destino. A agua é derramada (Ingressos Operacionais) e a partir daí partes começam a ser retiradas até que no final sobre apenas uma fração. Feito isto, os acionistas decidirão o que farão com o dinheiro extra, se reinvestido para o crescimento da própria empresa ou se distribuídos aos acionistas.
Balanço Patrimonial

Ao passo que DRE e DFC demonstram as movimentações de uma empresa, o balanço apresenta-se como uma fotografia do momento exato da empresa.

1- Ativo (Total de bens e direitos da companhia)
1.1- Disponibilidades (Caixa Líquido e Aplicações Financeiras com Liquidez)
1.2- Contas a Receber de Clientes (Vendas a Prazo)
1.3- Estoque (produtos produzidos, porém ainda não vendidos. Contabilizados a valor de custo)
1.4- Dividendos e JCP a receber (Direitos já conhecidos porém ainda não pagos)
1.5- Despesas Antecipadas (Pagamento adiantado de serviços, por exemplo seguros)
1.6- Impostos a recuperar
1.7- Ativo Permanente (Inclui participações societárias, maquinas, edificações etc)
2- Passivo (Total de obrigações da companhia)
2.1- Fornecedores (Contas em aberto com fornecedores)
2.2- Empréstimos
2.3- Dividendos a JCP a pagar
2.4- Salários e Encargos Sociais a pagar
2.5- Provisão para Contingências
3- Patrimônio Líquido
3.1- Capital Social (Valor aportado pelos acionistas na empresa)
3.2- Reserva de Lucros (Local para o qual os Lucros acumulados são colocados até terem sua devida destinação)
Aprendido nossas lições contábeis poderemos passar para análise de ações e escolher a que está em melhor condição financeira.

A crise de 2008 apresenta-se como a segunda maior crise da história do capitalismo, ficando atrás apenas da grande depressão de 1929.

Após os atentados de 11 de setembro de 2001 foram tomadas uma série de medidas para impulsionar a economia americana buscando afastar a aversão ao risco causado pelo ataque terrorista. Com isto, observamos grande valorização de ativos, em especial no mercado imobiliário.
Com os preços dos imóveis disparando e a alta liquidez internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar mais dinheiro para pessoas com histórico de crédito ruim para que comprassem casas as quais não conseguiriam pagar.

Antes, tais empréstimos passavam por criteriosa análise de crédito.
Além do maior risco das hipotecas sub prime, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato e prestações iniciais só com o pagamento dos juros. Isto ampliou ainda mais a quantidade de pessoas que puderam adquirir tais empréstimos.
Empréstimos com devedores de pior histórico de crédito embutem juros mais altos. Estes foram atrativos para investidores e gestores de fundos em busca de melhores retornos.

As aquisições de dívida por parte destes investidores permitiram que um novo montante de dinheiro fosse novamente emprestado, antes mesmo de o primeiro empréstimo ser quitado.
Também interessado em lucrar, um segundo gestor poderia comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos. Portanto, quando o tomador do empréstimo inicial não consegue pagar suas dívidas ele dá inicio a um ciclo de calotes. Com o maior medo por parte dos investidores de negociar tais títulos, gerou-se uma crise de liquidez e consequente retração na oferta de crédito da economia.

Em 2007 inicia-se então a crise sub prime, com os preços dos imóveis caindo e o FED iniciando o ciclo de quedas de juros que vinham subindo desde 2004.
Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.
Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada desde 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas – a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como “Fannie Mae”, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de “Freddie Mac” – que estavam quebradas.

Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.
A American International Group (AIG), maior seguradora americana, também sofreu o golpe com suas ações caindo 60% já na abertura do mercado.

Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, atrasadas como sempre, a Moody’s e a Standard & Poor’s rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.

Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.
Outras empresas também foram vítimas da crise Sub Prime. A General Motors (GM), gigante do setor automobilístico, pediu sua concordata em 2009 e foi resgatada pelo governo americano com um aporte de cerca de U$ 30 bilhões em troca de 60% de participação.

Para o Citigroup o pacote de ajuda foi de U$ 326 bilhões, dos quais U$ 20 bilhões alocados imediatamente.
Segundo os detalhes divulgados, o Tesouro Americano e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) disponibilizaram US$ 306 bilhões em garantias sobre os ativos “tóxicos” da entidade.

Os U$ 20 bilhões foram utilizados para a aquisição de ações preferenciais do grupo e warrants (direitos sobre ações) onde lhe é dada a opção de comprar novas ações no valor de U$ 2,7 bilhões.
Portanto, mais uma vez podemos perceber o quão frágil e imprevisível é o sistema financeiro e presenciar da forma mais visceral alguns instintos humanos, tais como o medo e a ganancia.

Conforme falamos antes: A contabilidade é linguagem do dinheiro. Qualquer um que deseje uma vida melhor precisa ao menos balbuciar algumas expressões contábeis. Assim como quem viaja para o exterior, precisa ao menos saber como pedir comida, perguntar preços e cumprimentar as pessoas.

Há 3 análises básicas da contabilidade: DRE, DFC e Balanço Patrimonial.

O DRE (Demonstrativo Resultado de Exercício) é um resumo das operações financeiras da empresa em um determinado período de tempo para deixar claro se a empresa teve lucro ou prejuízo. Por exemplo quando um varejista faz uma venda a prazo, este resultado aparecerá na DRE mas não no fluxo de caixa.
Abaixo expomos um exemplo de DRE resumida:

(+) Receita Bruta (Total de vendas em determinado período)
(-) Impostos sobre Receita (Pis / Cofins / ISS / ICMS)
(=) Receita Líquida (Receita menos impostos)
(-) CMV / CSP (Custo da Mercadoria Vendida / Custo do Serviço Prestado)
(=) Lucro Bruto
(-) SG&A (Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
(=) EBITDA (Lucro Antes de Juros Impostos Depreciação e Amortização)
(-) Depreciação e Amortização
(=) EBIT (Lucro antes de impostos e juros)
(+/-) Resultado Financeiro
(-) Imposto de Renda e CSLL
(=) Lucro Líquido

Vale ressaltar que alguns itens como a Depreciação e Amortização não representam uma saída efetiva de caixa mas uma readequação do valor dos ativos das empresas ao longo de sua vida útil. A Receita Federal arbitra a expectativa dos diversos itens.
Por exemplo: edificações são totalmente depreciadas em 25 anos, fornos industriais por sua vez tem depreciação em 10 anos.
Percebam que uma grande indústria detentora de grande quantidade de máquinas pode vir a apresentar um Lucro Líquido negativo sem estar de fato em situação financeira ruim.

Uma empresa nunca quebra por falta de lucro e sim por falta de caixa.

Nosso próximo tema vai além das finanças pessoais e avanço para um território macroeconômico global.

James Rickards é um advogado de formação e um dos melhores estudiosos das políticas macroeconômicas existentes.
Rickards foi membro da CIA e do LTCM (Long Term Capital Management) e autor de best sellers como Currency Wars.
Mesmo com bons instrumentos de análise, precisamos de outras ferramentas para conseguir o resultado correto em ocasiões especiais. A utilização da Trindade Impossível torna-se importante para esta análise. Ela é capaz de desvendar muitos mistérios sobre o futuro das taxas cambiais, das taxas de juros e dos fluxos globais de capital. A Trindade Impossível não é usada em todas as épocas e lugares, mas é a ferramenta perfeita para entender casos especiais na guerra cambial atual.

O que seria a Trindade Impossivel?

A Trindade Impossível é uma regra simples com implicações importantíssimas. Ela foi descoberta pelo vencedor do Nobel, Robert Mundell, no início da década de 1960.

A regra é que um país não pode ter uma política monetária independente, conta de capital aberta e uma taxa de câmbio fixa ao mesmo tempo. É isso. Você pode ter qualquer combinação de duas dessas três condições mas nunca as três ao mesmo tempo.
Há países como a China e a Suíça que possuíam taxa de cambio fixa ou que pudessem oscilar apenas na banda permitida pelo governo. Quando a situação se torna insustentável o governo tem de abrir mão do controle do cambio provocando fortes oscilações conforme ocorreu nos paises supracitados.

A conta de capital aberta diz respeito a facilidade que os investidores e indivíduos conseguem mover seu capital para dentro ou fora do pais.

Política monetária, assunto explanado no texto “Instrumentos de política monetária” publicada em 20/11 sob o título de “Ferramentas Macroeconômicas” trata sobre o tipo de ações adotadas pelo governo: Expansionistas ou Restritivas. Isto significa que um país não poderia adotar medidas contrárias as praticadas pelos demais países do mundo.

George Soros (Budapeste, 12 de agosto de 1930) é um empresário e homem de negócios húngaro-americano e judeu. Ficou famoso pelas suas atividades como especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, bem como pela sua atividade filantrópica, que apoiou entre outros, a Universidade Central Europeia

Em 2012 a Revista Forbes classificou Soros como a 22° pessoa mais rica do mundo, com 20 bilhões de dólares
Em 1992, Soros novamente ousou em apostar contra o mercado. O governo inglês havia prometido manter a libra esterlina em patamares supervalorizado diante de altas taxas de desemprego e programas de unificação da moeda europeia. Soros então julgou que a moeda estava vulnerável e que o governo não conseguiria manter sua promessa.
O governo inglês foi teimoso em sustentar os patamares da libra , apesar da grande pressão para aumento da taxa de juros.
Contra a promessa do governo, Soros investiu U$ 10 bilhões, obtidos com empréstimos de curto prazo. Este trade rendeu ao mesmo U$ 1,1 bilhão em lucro.

Há 22 anos, George Soros, entrou então para história como o grande especulador, “O Homem que Quebrou o Banco de Inglaterra”. O banco da Inglaterra teve uma perda de três milhões de libras, no que ficou conhecida como “Quarta-Feira Negra” pela sua aposta contra a libra. Mais de três mil milhões de libras foi quanto o Banco de Inglaterra perdeu no dia que viria a ser conhecido como a ‘Quarta-feira Negra’.

Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês.

Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.
Tal obra representa uma filosofia de guerra para gerir conflitos e vencer batalhas. É aceita como obra-prima em estratégia e frequentemente citada e referida por teóricos e generais, desde que foi publicada, traduzida e distribuída por todo o mundo.
Assim como na guerra, podemos aplicar alguns de seus conhecimentos em nossas vidas e finanças pessoais.

Abaixo algumas frases de Sun Tzu:

“A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço.”
No mercado financeiro não é diferente, a dor do aprendizado e o aprendizado obtido com os erros passados são fundamentais para um futuro de sucesso.

“Concentre-se no pontos FORTES, reconheça as FRAQUEZAS, agarre as OPORTUNIDADES e proteja-se contra as AMEAÇAS.”
Não adianta tentar fazer algo que não se entende, isto só levará a perdas e sofrimento. Pare e aprenda antes de tentar.
“O verdadeiro objetivo da guerra é a paz.”
Para todos os seres humanos, o dinheiro não deve ser o principal objetivo de sua vida. Ele deve ser perseguido para garantir uma vida feliz e confortável a si mesmo e aos que você ama.

Sun Tzu também nos ensina por meio do exemplo:​

O harém do caos​​

Certa vez Sun Tzu foi convocado por um sultão a organizar seu harém. Este era composto de 300 mulheres que conversavam, gritavam e andavam o dia todo pra lá e pra cá.
Antes de começar Sun Tzu fez três pedidos ao sultão:
1- Preciso ter total e inequívoca autoridade
2- Uma vez me concedida tal autoridade, o senhor não poderá mais retirá-la
3- Quero que estes dois guardas façam tudo que eu mandar.

O sultão então concordou com seus termos.
Em seguida Sun Tzu o pediu para escolher suas duas preferidas e dividiu o harém em duas metades. Para as preferidas ele ensinou três posições: Sentido, Descansar e Cobrir. Feito isto pediu para a primeira ensinar ao seu grupo de mulheres.
As mulheres não levaram muito a sério as solicitações da preferida e não cumpriram corretamente as posições. Sun Tzu então ordenou: guarda, corte-lhe a cabeça. O sultão levantou rapidamente para tentar impedir o assassinato da mulher que mais gostava, mas foi repreendido por Sun Tzu: Minha autoridade, lembra?
Cumprida sua ordem, Sun Tzu ensinou novamente as três posições para a segunda preferida. Ela por sua vez se empenhou em sua função de transmitir as posições para suas companheiras que, provavelmente, pelo medo as seguiram com perfeição.
Sun Tzu então se dirigiu ao sultão e disse: Alteza seu harém está organizado.

Com esta história podemos perceber o quanto a disciplina é importante para obtenção dos objetivos e que por vezes sacrifícios tem de ser feitos para atingir a vitória.

Conquista da Cidade Murada

Em outra história um general com exército extremamente forte queria atacar e conquistar uma cidade que possuía muralhas aparentemente intransponíveis.

Apesar da dificuldade, era visível que o exército invasor seria bem sucedido, nem que vencessem por cortar os suprimentos da cidade.
Ao cercá-los, o general do exército ordenou que um mensageiro fosse até a cidade e solicitasse comida e vinho. O líder da cidade murada, entretanto urinou em um pote e o enviou de volta.

O general então se enfureceu e ordenou um ataque imediado. Tal ataque foi desordenado e acabou culminando em uma enorme derrota.
Com isto podemos aprender que não devemos agir por impulso e tentar controlar nossas emoções. Agir desta forma pode levar a desastres financeiros irreparáveis.

Peter Lynch, hoje aposentado, foi gestor do Fidelity Magellan Fund, o maior fundo de ações do mundo. Lynch é um dos mais importantes investidores buy and hold dos Estados Unidos, e sua técnica além de ser simples, é muito eficaz!
Lynch criou um conhecido mantra para investimento em ações: “Invista em o que você conhece”. Este princípio é importante para investidores em ações que não tem tempo, ou não desejam, fazer estudos complexos sobre o mercado de ações. Uma vez que as pessoas geralmente conhecem bem determinadas empresas, ou produtos, ou mercados, Lynch desenvolve o conceito de que investir nessas empresas é o mais adequado.
Nos anos 80, o jovem Peter Lynch começou a ficar famoso, poucos anos depois de assumir a gestão da carteira do Fundo Fidelity Magellan, em maio de 1977. Desde o início de sua gestão, o fundo passou a dar retorno anual, acima do mercado, de 13,4%.
Depois que a performance de Lynch com investimentos atraiu a atenção do público, ele escreveu diversos livros falando sobre sua filosofia de investimentos. Todas são ótimas leituras para investidores que querem ganhar mais conhecimento sobre investimentos.
Os principais princípios de Lynch são:
1. Invista sempre em negócios que você consegue entender;
2. Faça sempre sua lição de casa a respeito dos seus investimentos;
3. Invista sempre no longo prazo.
Peter Lynch teve uma carreira mais breve que o normal, pois segundo relatos abandonou o trabalho quando chegou na festa de 7 anos de sua filha e a mesma não o reconheceu.

Sábio quem aprende com os próprios erros, mais sábio ainda quem aprende com o erro dos outros. Quando falamos de investimentos em ações temos alguns ícones a citar: Warren Buffet, Peter Lynch, Phill Fisher, Marc Faber etc
Warren Buffet
Warren E. Buffett nasceu em Omaha, Nebraska, Estados Unidos. O segundo de três filhos e único filho homem de Leila com Howard Buffett. Seu pai foi um corretor da bolsa e membro do Congresso dos Estados Unidos. Warren Buffett tem duas irmãs, Doris e Bertie. Seu avô era dono de uma loja de produtos alimentícios em Omaha.

Desde criança Warren demonstrou interesse por fazer e guardar dinheiro. Ele ia de porta em porta para vender balas, Coca-Cola ou revistas semanais e também trabalhou na loja de doces de seu avô paterno. Ainda no ensino médio, ele era dono de várias ideias bem sucedidas para ganhar dinheiro, tais como: vender bolas de golfe remanufaturadas e customizar carros entre outras. Sua primeira declaração fiscal foi feita em 1944, alegando que sua bicicleta e relógio eram essenciais em seu trabalho. Teve então uma dedução de $35. Em 1945 ele e um amigo da escola gastaram $25 para comprar uma maquina de pinball, colocando-a em uma barbearia local. Após algum tempo, eles eram donos de dezenas de máquinas em diferentes lojas.
Os interesses em investir na bolsa de valores vinham desde a infância. Em uma viagem a Nova Iorque aos dez anos ele fez questão de visitar o New York Stock Exchange. E nesse mesmo período ele comprou ações para ele e sua irmã. Na época do ensino médio ele já acumulara uma considerável quantia em dinheiro guardada, investiu em uma empresa de seu pai e comprou uma fazenda, trabalhando em renda. No período em que terminou o colégio, Buffett já acumulava mais de US$90.000.
Além de Graham, Phil Fisher foi outro investidor que influenciou as abordagens de Buffett. Para Fisher, comprar uma empresa barata não era tudo. Fisher acreditava que os investidores deviam comprar papéis de grandes empresas. Empresas líderes no setor, com alguma vantagem competitiva durável.

Nas palavras do próprio Buffett: “Eu sou 15% Fisher e 85% Benjamin Graham”.
Buffett foi empregado de 1951-54 da Buffett-Falk e Co. como vendedor. De 1954-56 no Graham-Newman Corp. como Analísta, de 1956-1969 no Buffett Partnership, Ltd. como Sócio e de 1970 até o presente é o Diretor da Berkshire Hathaway Inc.
Em 1952 Buffett casou-se com Susan Thompson e no ano seguinte tiveram sua primeira filha: Susan Alice Buffett. Em 1954 ele aceitou trabalho como parceiro de Benjamin Graham. Seu salário inicial foi de 12 000 dólares por ano (aproximadamente U$ 97 000 ajustado no dólar atual). Graham ensinou como um homem deve trabalhar. Nesse mesmo ano teve seu segundo filho: Howard Graham Buffett.
Em 1956 Benjamin Graham retirou sua parceria e nesse momento, a poupança pessoal de Buffett estava com mais de US$174 mil então ele iniciou a Buffett Partnership Ltd., uma empresa de investimentos situada em Omaha.

Buffet não cobrava taxa de administração mas uma remuneração de 25% sobre ganhos que superassem o índice Dow Jones. Além disto dava garantia de ressarcimento em caso de perdas. Em 1957, Buffett contava com três sócios operando com ele. Nesse período ele comprou uma casa de cinco quartos em Omaha, pelo preço de US$31.500, casa onde ele ainda reside. Em 1958 nasce seu terceiro filho: Peter Andrew Buffett. Nesse mesmo ano Buffett já operava cinco sócios. Em 1959 sua companhia contava com seis sócios e Buffett introduziu Charlie Munger, seu sócio até os dias de hoje. Em 1960 Buffett operava com sete sócios. Ele pediu para um dos sócios, um médico, encontrar outros dez médicos para investir US$10 mil cada. Nesta ocasião onze novos aderiram a sua companhia.
Em 1962 Buffett tornou-se milionário, por causa de seus sócios, que em Janeiro de 1962 acumularam US$ 7.178.500, do qual US$1.025.000 eram de Buffett. Nesse período, Buffett transformou todos seus sócios em um só, e então tomou o controle da empresa têxtil Berkshire Hathaway. Nomeou um novo presidente para a empresa, Ken Chace e nesse mesmo ano, acaba a parceria com seus sócios.

Em uma carta, Buffett anunciou seu primeiro investimento em uma empresa privada – Hochschild, Kohn e Co., uma loja de departamento em Baltimore em 1967.
Em 1969, após seu ano de maior sucesso, Buffett liquida a parceria e transfere seus bens para seus sócios. Entre os bens, foram pagos ações da Berkshire Hathaway. Em 1970, como presidente da Berkshire Hathaway, Buffett começou a escrever sua famosa carta anual aos acionistas.

Em 2007, em uma carta aos acionistas, Buffett anunciou que estava procurando por um jovem sucessor para tomar conta de seus negócios. Buffett provisóriamente elegeu Lou Simpson. Entretanto, Simpson é apenas seis anos mais novo que Buffett.
Em 2008, tornou-se o homem mais rico do mundo, passando na frente de Bill Gates, com uma fortuna estimada em US$ 60 bilhões. No ano seguinte Buffett foi o segundo homem mais rico, sendo que Bill Gates voltou a primeira posição.
O desempenho de seus negócios espelha seu enorme talento para multiplicar dinheiro – dele e dos outros. Em 1965, quando assumiu o controle da Berkshire Hathaway, então uma firma de origem no setor têxtil mas que também vendia seguros, as ações da companhia eram negociadas a menos de 10 dólares cada uma.

Hoje, uma única ação custa quase cem mil dólares, uma assombrosa valorização de 1.000.000% em quarenta anos. Quem tivesse aplicado cem dólares na firma de Buffett, em 1965, teria hoje um milhão de dólares. Os mesmos 100 dólares aplicados na média do Dow Jones equivaleriam a praticamente 1 500 dólares.

Eficiência ou ótimo de Pareto é um conceito de economia desenvolvido pelo italiano Vilfredo Pareto.


Uma situação econômica é ótima no sentido de Pareto se não for possível melhorar a situação, ou, mais genericamente, a utilidade de um agente, sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico.
Existem três condições que necessitam ser preenchidas para que uma economia possa ser considerada Pareto Eficiente:

Eficiência nas trocas – o que é produzido na economia é distribuído de forma eficiente pelos agentes económicos, possibilitando que não sejam necessárias mais trocas entre indivíduos, isto é a taxa marginal de substituição é mesma para todos os indivíduos;

Eficiência na produção – quando é possível produzir mais de um bem sem reduzir a produção de outros, isto é, quando a economia se encontra sobre a sua curva de possibilidade de produção;

Eficiência no mix de produtos – quando os bens produzidos na economia refletem as preferências dos agentes econômicos. A taxa marginal de substituição deve ser igual à taxa marginal de transformação. Um sistema de preços de concorrência perfeita permite satisfazer a esta condição.

Numa estrutura ou modelo econômico podem coexistir diversos ótimos de Pareto. Um ótimo de Pareto não tem necessariamente um aspecto socialmente benéfico ou aceitável. Por exemplo, a concentração de renda ou recursos num único agente pode ser ótima no sentido de Pareto.

Dilma Rouseff X Arthur Laffer

 

A curva de Laffer é uma representação teórica da relação entre o valor arrecadado com um imposto a diferentes Alíquotas. É usada para ilustrar o conceito de “elasticidade da receita taxável”. Para se construir a curva, considera-se o valor obtido com as alíquotas de 0% e 100%. É óbvio que uma alíquota de 0% não traz receita tributária, mas a hipótese da curva de Laffer afirma que uma alíquota de 100% também não gerará receita, uma vez que não haverá incentivo para o sujeito passivo da obrigação tributária receber ou conseguir qualquer valor. Se ambas as taxas – 0% e 100% – não geram receitas tributárias, conclui-se que deve existir uma alíquota na qual se atinja o valor máximo. A curva de Laffer é tipicamente representada por um gráfico estilizado em parábola que começa em 0%, eleva-se a um valor máximo em determinada alíquota intermediária, para depois cair novamente a 0 com uma alíquota de 100%.

Um resultado potencial da curva de Laffer é que aumentar as alíquotas além de certo ponto torna-se improdutivo, à medida que a receita também passa a diminuir.
Uma hipotética curva de Laffer para cada economia pode apenas ser estimada (frequentemente apresentando resultados controversos). O New Palgrave Dictionary of Economics relata que as estimativas de taxas de imposto relativas à maximização de receita têm variado bastante, com uma variação máxima de cerca de 70% – ao passo que o economista norte-americano Paul Pecorino apresentou um modelo matemático em 1995 prevendo que o pico da curva de Laffer ocorreria quando a tributação alcança cerca de 65%.

Um esboço de Y. Hsing sobre a economia dos Estados Unidos entre 1959 e 1991 colocou a taxa média de imposto sobre o rendimento entre 32,67% e 35,21%.
Christina Romer, Professora de Economia da Universidade da Califórnia em Berkeley e ex-presidente do Conselho de Assessores Econômicos da administração Obama estimou em 33% de impostos o ponto de curva da Curva de Laffer.
Como o gráfico da curva de Laffer ocorre em parábola, ambos os cenários são factíveis.

Dilma Rouseff “brilhantemente” contrariou todas as teorias econômicas testadas e no auge da crise brasileira de 2015 decidiu por aumentar e criar novos impostos como a proposta de recriar o nefasta CPMF. Enquanto o lado político dominar o lado econômico não haverá progresso. Devemos retirar nossa visão utópica de medidas populistas para agradar a todos, que em algum momento sempre cobram sua conta prejudicando principalmente aqueles que em primeiro momento se beneficiaram deles.

Como diria Margareth Tacher:

“Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber”