O Titanic Econômico

Apesar da história do Titanic ser trágica, não necessariamente nosso cenário atual será igual. Utilizamos este título como uma metáfora para o fato de que manobrar a economia de um país é semelhante a manobrar um transatlântico.

Em um transatlântico, dado ao sua massa enorme, qualquer curva ou frenagem realizada só se materializa minutos ou horas depois. Na economia não é diferente, qualquer manobra econômica, tanto macro como microeconomica, acaba por alcançar seu resultado somente após vários meses. No caso dos resultados não serem satisfatórios, novamente leva-se meses até que a mudança seja percebida.

No cenário atual conseguimos verificar que não há socialismo. No início do lockdown houve grande corrida aos supermercados assim como quando informam que a cloroquina seria a droga correta para tratar a enfermidade. Tivemos, então, nova corrida, desta vez as farmácias.

Ora companheiro, tirar o remédio de pacientes de artrite reumatoide para garantir sua possível cura do corona vírus não é uma atitude socialista. Já havíamos previsto tais comportamentos de massa no texto: O Olho de Tandera.

Então a Besta veio comentar sobre a praga e pedir que ligassem a impressora de dinheiro sem nenhuma noção de base monetária ou consequências desta atitude.

“Ah mas o FED (banco central amaricano) imprimiu mais não sei quantos trilhões de dólares para salvar o sistema”

Os EUA tem uma vantagem competitiva que não pode ser igualada por nenhum país do mundo: ser a moeda base global. Sendo assim, ao imprimir dinheiro eles não geram inflação apenas para si mas para todo o resto do mundo o qual consume produtos cotados em dólar, o que reduz o impacto interno da mesma.

O auxilio emergencial sim, foi um tiro certeiro, pois além de permitirem a sobrevivência de várias famílias cobriram um dos lados da roda econômica (Renda de Trabalho).

A roda é: Renda pela trabalho => Consumo => Produção => Reiniciar

Ao atuar na renda o governo garantiu que as outras duas etapas também não parassem.

Ah mas se o Haddad fosse eleito o dólar iria a R$ 5,00 e hoje já está quase em R$ 6,00.

Se Haddad o dólar subiria por fuga de capitais (investidores vendem reais para repatriar seus recursos em dólar), algo específico do temor sob a economia brasileira. O dólar “caro” atual é causado pelo caos global onde investidores correm para o porto seguro (flhyth to quality), em especial o dólar.

Uma outra possível injeção de ânimo no mercado seria a “pausa” dos empréstimos consignados. Isto já foi adotado pela Caixa Ecomímica Federal com financiamentos imobiliários e empréstimos corporativos. É sabido que 70% dos aposentados possuem empréstimos e que normalmente são arrumo de família, ou seja, isto seria imediatamente convertido em consumo o que ajudaria a roda da economia girar.

O fato é, estamos todos no mesmo barco, mesmo que a música tema seja “My hearth will go on“.