O que é uma pílula de veneno?
No vocábulário comum a resposta é obvia: uma pílula que gera o suicídio imediato. Este tipo de pílula foi muito utilizado durante as guerras para evitar que soldados capturados fossem torturados e acabassem por contar segredos aos inimigos.
Para o mercado financeiro temos diferenças e semelhanças com a pílula dos soldados. Ela também é conhecida como Direito dos Acionistas como forma de defesa contra uma potencial aquisição hostil. Esta é uma técnica que faz com que a aquisição da empresa seja menos atraente para investidores predatórios.
A história da Poison Pill
O termo foi originado na época das guerras e espionagem. Quando espiões eram capturados eles imediatamente consumiam uma pílula para evitar que fossem torturados e acabassem entregando segredos militares. Da mesma forma empresas podem utilizar esta tatica para evitar aquisições hostis.
No mundo corporativo o termo foi usado primeiro nos Estados Unidos. Foi utilizada pela primeira vez com a firma Wachtell, Lipton, Rosen, and Kantz. Martin Lipton inventou a tatica para se defender durante as batalhas de aquisições de 1980. A General American Oil, seu cliente, estava na mira da T. Boone Pickens. Lipton então aconselhou ao conselho diretor da General que inundasse o mercado com novas ações diluindo assim seu patrimônio, fazendo assim com que a aquisição fosse mais difícil e custosa (Por que Pickens precisaria comprar muito mais ações para conseguir o controle). A Poison Pill foi legislada em 1985 pela suprema corte de Delaware.
Exemplos de Poison Pill
Em 2012 o Netflix adotou a Poison Pill para afastar Carl Ichan de fazer uma aquisição hostil. Quando soube que Ichan comprou 10% das ações da companhia, a Netflix imediatamente entrou na defensiva. Qualquer tentativa de compra de participação relevante na companhia sem aprovação do conselho de administração resultaria inundaria o mercado com emissão de novas ações, o que tornaria a aquisição muito mais custosa.