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Conforme alertamos no texto O colapso do papel higiênico  o grande reset parece cada vez mais próximo de ocorrer.

No apagar das luzes de seu governo, o presidente americano Donald Trump conseguiu aprovar na câmara o aumento da ajuda aos americanos de 600 para 2000 USD. Isto custará ao já alavancado balanço do FED mais 1,4 trilhões de dólares, a ser somado ao mais recente pacote de 900 bilhões de dólares. Estes valores serão acrescidos ao balanço anterior de 7 trilhões de dólares, que fica cada vez mais perto dos 10 trilhões de dólares.

Isto foi feito simplesmente por atuação da força mais poderosa que existe:  o alinhamento de interesses. Assim, Trump irá sair como herói e não terá de arcar com as consequências do seus atos. Joe Biden provavelmente também não irá arcar com os custos , em função da sua idade avançada.

Voltamos agora as noções básicas de macroeconomia:

Com um PIB na casa dos 22 trilhões de dólares, para uma base monetária de 10 trilhões a velocidade da moeda deveria ser apenas 2,2 vezes. Ou seja, cada dólar existente só poderia trocar de mãos 2,2 vezes por ano. O que é impossível de acontecer.

Ao mesmo tempo, observamos uma grande euforia no mercado e uma grande quantidade de pessoas com pouca instrução na área felizes se gabando de seus retornos em bolsa de valores,enquanto o índice WB grita por atenção.

Mortes, pandemia, impressão de dinheiro desmedida. Não sabe o que está acontecendo?

O apocalipse bíblico e o mundo moderno

 

A água é o líquido essencial a vida. Cerca de 70% do corpo humano é composto por água. Entretanto, seu excesso também pode ser prejudicial. Como dizia o ditado: a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.

Todo o mundo observou aterrorizado o efeito do grande Tsunami ocorrido na Ásia, que simplesmente varreu e destruiu a Indonésia.

Algo semelhante está ocorrendo no mercado financeiro. A crise gerada pelo Corona Vírus foi mais grave do que a crise de 29 (maior crise da história do capitalismo). Porém, seus efeitos não serão tão prolongados ou danosos, pois os governos agora têm a permissão para imprimir.

Em 1929, existia o padrão ouro, onde os governos somente poderiam emitir suas moedas de acordo com a reserva de ouro que possuíssem. Como o ouro não é “produzível”, havia escassez e, portanto, tinha todas as características do dinheiro. Com seu fim em 1971, os governos podem imprimir seu dinheiro fiduciário livremente, precisando apenas respeitar o “limite da vergonha”, um critério bastante maleável.

Sendo assim, vimos uma impressão e distribuição de dinheiro como nunca. Esta foi capaz de estancar o sangramento causado pelo grave ferimento corona vírus. Porém, como os Keynesianos bem sabem, a expansão da base monetária tem suas consequências. Desde o Sub Prime de 2008, o balanço do FED (Banco Central Americano), já estava muito inchado, chegando ao patamar de 4 trilhões de dólares, quando o normal seria de 800 bilhões. Hoje, após as novas rodadas de estímulos, este número chega a 7 trilhões de dólares. Todos os demais países fizeram o mesmo, injetando dinheiro a esmo no mercado de forma a garantir a sobrevivência de sua população.

Concordamos com as atitudes do governo, porém… E quando a normalidade voltar, como fazer para drenar todo este dinheiro do mercado? E se a inflação começar a disparar até mesmo em países onde existe deflação, como o Japão?

Imaginemos uma situação onde todos começam a investir no mercado financeiro de commodities. Em instância, são apenas números em um computador, porém, tem que possuir alguma relação com a realidade. Com investidores demais, os preços de alimentos começam a disparar, pecuaristas e agricultores tentarão aumentar sua produção para poder aproveitar sua melhor margem de lucro. Porém, há um limite! Não é possível fazer nascer bezerros de mês em mês.

Então, a oferta em algum momento irá estagnar, fazendo com que os preços sigam subindo mais a mais, até que a cada novo dia tenhamos um preço acima do anterior. Fato que culmina em uma camada na população não conseguir mais adquirir os víveres e começar a morrer de fome. Ou pior, chegar a um momento onde os governos tenham um lampejo de sanidade e decidam tentar voltar ao nível normal e saudável de base monetária.

É sabido que a dor da perda é duas vezes mais intensa do que o prazer do ganho. Então, quando o dinheiro em abundância for retirado de circulação, poderemos observar uma tristeza generalizada e uma pitada de caos social por desespero em massa.

Apreciamos o livro da professores de Harvard Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff , chamado “Oito Séculos de Delírios Financeiros – Desta vez é diferente”. Na verdade, a parte do “Dessa vez é diferente” trata-se de uma sátira, uma vez que todo racional das crises é o mesmo: as pessoas ensandecidas acreditando que na vez delas seria diferente.

Acreditamos, porém, que diante de todos os argumentos acima expostos: DESTA VEZ SERÁ DIFERENTE! E para pior.

Começamos um dia com o seguinte vídeo circulando nas redes sociais:

Nele vemos um sujeito extremamente despreparado falando uma imbecilidade, porém, exatamente o que o povo quer ouvir.

Primeiros temos que definir os conceitos de base monetária:

M1 – Dinheiro físico e depósitos em conta corrente

M2 –  M1 + todo tipo de investimento

M3 – M2 + Aplicações em fundos de renda fixa e títulos públicos de boa liquidez

M4 – M3 + demais títulos de mercado (incluindo títulos privados)

Velocidade da moeda – Representa a quantidade de vezes que uma unidade monetária trocou de mãos. No exemplo vamos supor que a quantidade de dinheiro é 50:

  • O fazendeiro gasta R$50 pelo conserto de trator do mecânico.
  • O mecânico compra R$40 de café do fazendeiro.
  • O mecânico gasta R$10 em queijo do fazendeiro.

Ou seja tivemos R$ 100 em transações e assim podemos dizer que a velocidade do dinheiro no exemplo acima é 2.

Ora se aumentarmos a base monetária (imprimindo dinheiro como a besta sugeriu), isto faria com que o dinheiro circulasse melhor pela economia certo? Errado, isto causaria um aumento de todos preços, fazendo com que o dinheiro impresso valesse menos do que o dinheiro antes da impressão. Exemplo:

  • Valor atual do dinheiro = 1 / Quantidade em circulação 1000 / Potencial de giro = 1000
  • Dobrando-se a quantidade 2000 / Valor do dinheiro 0,3 / Potencial = 800

Ou seja conseguimos estar num patamar pior que o anterior.

Portanto, com mais dinheiro em circulação, a população seria mais pobre. Para entender isso de forma lúdica sugiro assistir este episódio de Duck Tales

Já elaboramos diversos textos defendendo a estratégia correta de combate a crise, a qual está sendo bem executado pelo presidente Bolsonaro e sua liga da justiça.

Abaixo listaremos as análises já realizadas a cada nova sandice publicada:

Ensaio sobre a cegueira – trata da psicologia e do raciocínio obscuro das massas.

Se Haddad for eleito o dólar vai a R$ 5,00 – Explicação técnica dos eventos e preços atuais que nada tem a ver com as decisões do governo local.

O olho de Tandera – Como o raciocínio das massas se auto destrói, e como no caos não há socialismo.

O apocalipse bíblico no mundo moderno – Analogia entre a bíblia e o cenário atual (torcendo para estarmos errados).

6 motivos por que o socialismo não funciona – Dispensa explicações