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O Mercosul foi criado com ideia similar à da União Europeia. Pela proximidade geográfica nada mais coerente do que tentar fortalecer e incentivar o comércio entre os países próximos.

Na última década entretanto, observamos o colapso de alguns países do continente.

A Venezuela de hoje já passou da fase de ser questão humanitária. O olho de Tandera nos diz que assim que tivermos nova escalada do preço do petróleo esta sofrerá uma intervenção, muito provavelmente liderada pelos EUA e após isso tentarão se reconstruir como nação.

A Argentina também já escolheu seu destino de caos e desespero após as últimas atitudes de seu governo.

Agora, recentemente vemos a Bolívia agindo exatamente como a Venezuela quando Hugo Chavez alterou a constituição para permitir sua reeleição eterna. Evo Morales foi deposto, porém, em nova eleição seu candidato lidera todas as pesquisas. Ora, qual a coerência que existe entre tirar um tipo de governo e reelege-lo em seguida. Certamente, assim como no episódio de Chavez a Bolívia está se despedindo da democracia e dos direitos humanos.

O presidente Bolsonaro fez certíssimo em reduzir contato com os países latino americanos e estreitar laços com a União Europeia e com os EUA. Esperamos muito estar errados, mas a américa do sul está virando a latrina do mundo e o Brasil não quer ser o papel higiênico de todos.

No livro Os Magnatas, escrito por Charles R. Morris, há um relato de como 4 homens com sua audácia e inteligência levaram os Estados Unidos a supremacia que vemos hoje.

São eles: John Rockfeller  (Petróleo), John Pierpoint Morgan (banqueiro), Andrew Carnegie (Transporte), Jay Gould (financista)

Jay Gould (1836- 1892), foi um banqueiro empresário e corretor estadunidense.

Gould foi educado em escolas locais em Roxbury. Iniciou seu trabalho na área administrativa, atuando no estado de Nova Iorque. Posteriormente, trabalhou em um curtume, e por volta de 1859 começou a especular sobre pequenas ferrovias pelo país. Seu envolvimento com a indústria ferroviária continuou durante a Guerra Civil dos Estados Unidos. A partir da década de 1860, Gould passou a assumir a direção de diversas companhias, como a Rensselaer and Saratoga Railway e a Erie Railroad.

Filho de um agricultor pobre, Gould ficou conhecido como Mefistófeles de Wall Street. Era um personagem tacituno e desprovido de charme, mas tinha um gênio inigualável para as finanças. Ajudou a expandir e estuturar o negócio ferroviário nos Estados Unidos, assumindo o controle acionário e a direção executiva de dezenas de linhas. Protagonizou os maiores escândalos da Bolsa de Valores de Nova York.

Em uma de suas especulações Jay percebeu que havia mais contratos futuros de ouro do que seu estoque mundial, incluindo talheres, jóias ou peças decorativas. Decidiu então agir entrando vendido com ajuda de outros especuladores. Sendo assim os preços começaram a ser forçados para baixo, o que faria com que os contratos de derivativos, passassem a apresentar prejuízos. Quando os detentores desde contrato ficaram sem margem para mantê-los tiveram de recompra-los com grande prejuízo para sair da operação o que forçou os preços para cima, momento este em que Jay vendeu suas posições. Este episodio ficou conhecido como Gould Corner.

Especulação espetacular como esta só foi vista no episódio de George Soros contra o governo da Inglaterra

Em linha com o racional do texto Olho de Tandera, invocaremos a espada justiceira para nos dar a visão além do alcance, tentando antever movimentos geopolíticos. Utilizaremos, também, uma espécie de matriz de possibilidades, alinhadas com a Teoria dos Jogos.

Independente de ter sido proposital ou não, a China com seu vírus (Covid 19) colocou todo o ocidente de joelhos, sem disparar nenhum tiro. A pandemia simplesmente paralisou a economia de quase todos os países do mundo, no que possivelmente ultrapassou a Crise de 29, como maior crise da história do capitalismo.

Em 1929, a atuação dos governos era muito limitada, devido ao padrão ouro. Desta forma, os danos foram maximizados e prolongados. Com a extinção do mesmo em 1971, no acordo de Brenton Woods, os governos podem simplesmente imprimir dinheiro para socorrer as pessoas e empresas em dificuldade. As consequências disto são desconhecidas, porém, o presente será preservado.

O presidente Trump vem acusando veemente e corriqueiramente os chineses de serem os culpados pela crise mundial, querendo inclusive responsabilizá-los em tribunal internacional.

Hoje a China é o principal credor americano, com mais de 1 trilhão de dólares em títulos do governo americano (treasuries). Parece real a possibilidade de  Trump conseguir a condenação chinesa, com enorme punição pecuniária (em dinheiro). Obviamente, a China não irá pagar de bom grado o boleto de sua multa, porém, ai que entra a magistral estratégia do presidente americano. Lembremos que a China possui pelo menos hum trilhão de títulos americanos. Os Estados Unidos poderiam, então, simplesmente cancelar tais títulos, como sendo a quitação dos mesmos. Isto “desalavancaria” seu balanço, ao mesmo tempo que aplicaria um enorme prejuízo ao país do partido comunista.

Será que os tambores da guerra serão utilizados em seguida?

 

 

Pode parecer irrelevante, porém, a forma de falar demonstra muito de nossa mentalidade.

Por exemplo, enquanto no Brasil é normal a frase:

Eu ganho R$ 5.000 por mês. Ou seja, meu salário é R$ 5.000 por mês.

Nos EUA os americanos dizem:

I make USD 5.000 per month. Ou seja, eu FAÇO USD 5.000 por mês.

Olhando apenas como entendimento ambos são corretos, porém, a diferença do jogo de palavras demonstra o abismo cultural que existe entre os dois países.

Enquanto nos Estados Unidos o trabalhador diz que FAZ (produz) 5 mil dólares por mês enquanto no Brasil, eles ganham cinco mil reais por mês. Enquanto FAZ traz um caráter de protagonismo, o GANHO remete a passividade.

Nos EUA, os ricos são admirados, os demais desejavam ser como eles. Enquanto isso no Brasil, os ricos são odiados, e todos acham que alcançaram seu patamar roubando ou explorando o trabalho alheio.

Ora, como pode um país ser prospero criticando seus provedores de empregos e com o sonho de ser funcionário público (salários acima da média e jornada de trabalho mais amena).

Podemos ver esta disparidade observando o nível de vida do Americano médio (com empregos menos qualificados) que podem ter carro e casa própria pode inclusive viajar em suas férias.

Convenhamos, cabe uma reflexão.

Em um evento, o conhecido economista Ricardo Amorim previu que no caso de eleição de Fernando Haddad, dólar poderia ir até R$ 5,00.

Conforme expusemos no texto “What comes next” onde tratamos sobre o novo governo argentino, no 6 motivos por que o socialismo não funciona e no que trata sobre A nova liga da justiça percebemos que politica e economia andam lado a lado.

A economia é uma profecia auto realizável:

Se as pessoas sentem-se seguras e confiantes, elas investem, aumentam capacidade produtiva e contratam empregados, no oposto quando estão receosas demitem, fecham empresas e tentar consumir o mínimo possível.

É no mínimo insano e irracional comparar o dólar atual como sendo um evento causado por um mau governo. O mundo hoje possui tensões geopolíticas entre Irã e EUA e Arábia e Russia, além de uma doença que se espalha em velocidade exponencial.

O primeiro afetou os preços do dólar e o segundo o preço do petróleo. Ambos os ativos tem o poder de afetar todos os demais preços da economia.

Se não bastasse os eventos supracitados ainda temos em andamento uma pandemia viral em proporções que não se via desde a devastação causada pela peste negra do século XIV. A consequências para os homens enquanto organismos vivos não são tão severas quanto as causadas pela peste, mas dado a globalização as consequências econômicas podem ser até piores.

Quase todos os setores irão sofrer com o pânico generalizado. Nossa legislação trabalhista agrava ainda mais a crise uma vez que o empresário se vê em um dilema: demitir todos os funcionários e encerrar as atividades aceitando uma enorme perda, porém, sem sangramentos mensais posteriores ou seguir sangrando mensalmente (salários, aluguel etc), com receita zero ou próximo de zero sem ter certeza de quando a situação será normalizada.

Nosso heroico governo tentou oferecer um pacote de estímulos, porém, sabemos que é uma medida paliativa que a depender dos movimentos de manada podem ou não ter algum efeito.

Apesar dos tempos tenebrosos que se aproximam vemos alguns tolos felizes que poderão ficar em casa sem trabalhar e recebendo. Assim como crianças de 6 anos não conseguem entender que talvez não tenham para onde voltar.

Caos.

Roubo.

Sirenes policiais.

Essa era a realidade da cidade de Nova Iorque no final dos anos 80.

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Há quase 40 anos, a cidade hoje icônica vivia uma epidemia criminal.

Quase 10% da população estava envolvida nessas infrações.

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desespero tomava conta das ruas…

E dos próprios policiais que não conseguiam conter o alastramento desse vírus.

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Porém, durante a década de 90, a cidade presenciou uma queda brutal nos índices de criminalidade.

De 10% para menos de 4%, ficando abaixo da média dos Estados Unidos no ano 2000.

Agora…

Como Nova Iorque saiu do caos para se tornar recentemente a 4ª cidade mais segura dos Estados Unidos (e a 21ª do mundo)?

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Essa é a teoria da janela quebrada que eu irei explicar para você agora.

A Teoria Da Janela Quebrada

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Dois estudiosos chamados James Q. Wilson e George Kelling, ambos criminologistas, chegaram à raiz do problema com uma teoria:

A teoria da janela quebrada.

Ao contrário do senso comum, a solução para o crime não era uma questão de “ser mais duro” com a gravidade do delito.

  • Homicídio.
  • Assalto à mão armada.
  • Sequestro.
  • Roubo de propriedade.
  • Agressão.

Esses tipos de crime mais graves não eram o foco de William Bratton.

Ele foi a pessoa encarregada em reduzir o crime na cidade de Nova Iorque no meio desse caos em 1990.

Bratton era favorável a teoria da janela quebrada dos criminologistas Wilson e Kelling.

Segundo eles, o crime é um resultado inevitável da desordem.

Se uma janela é quebrada e abandonada sem conserto…

As pessoas andando pelo local irão concluir que ninguém se importa.

E que ninguém está no comando.

Logo, mais janelas serão quebradas e a anarquia irá se espalhar pelos prédios da cidade.

Isso transmite um sinal à cidade de que tudo pode acontecer por ali.

Sendo um convite para crimes mais sérios.

Em uma cidade, problemas menores como desordem pública e o calote ao transporte público são o equivalente às janelas quebradas.

Um convite para crimes mais sérios.

Uma pequena ação que, como um vírus, se espalha como uma epidemia.

Após um policiamento mais severo e atento aos problemas menores, Bratton conseguiu cumprir seu objetivo.

A taxa de crime em Nova Iorque caiu drasticamente nos anos 90.

Portanto, o crime, segundo esse estudo explicado no livro The Tipping Point de Malcom Gladwell, é um problema de contexto.

Do local, das atitudes coletivas…

No ato de olhar uma janela quebrada e receber um convite para atitudes criminosas.

Escolha essa que está muito longe de ser uma razão intrínseca, da própria pessoa.

Ou até mesmo um distúrbio singular que nasce ela.

Trata-se do lugar, do contexto e das pessoas ao redor delas.

 

Direi apenas algumas poucas palavras.
A vida fez de mim um homem bem familiarizado com as decepções.
Aos 23 anos, tentei um cargo na política e perdi. Aos 24, abri uma loja que não deu certo.
Aos 32, tentei um negócio de advocacia com amigos, mas logo rompemos a sociedade. Ainda
naquele ano, tive um grave colapso nervoso e passei um bom tempo no hospital. Com 45
anos, disputei uma cadeira no Senado e não ganhei. Aos 47, concorri à nomeação pelo
Partido Republicano para a Eleição Geral e fui derrotado. Aos 49, tentei o Senado e fracassei
novamente. Mas, aos 51 anos, finalmente, fui eleito presidente dos Estados Unidos da
América.
Por isso, não venha me falar de dificuldades, tropeços ou fracassos. Não me interessa saber
se você falhou. O que me interessa é se você soube aceitar o tropeço.
Todos os infortúnios que vivi me tornaram um homem mais forte, me ensinaram lições
importantes. Aprendi a tolerar os medíocres; afinal, Deus deve amá-los, porque fez vários
deles. Aprendi que os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis. Aprendi
que, quando se descobre que uma opinião está errada, é preciso descartá-la. Aprendi que a
melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades. Aprendi que nunca se deve mudar
de cavalo no meio do rio.
Se você está vivendo um momento temporário de fracasso, posso afirmar, com a certeza da
minha maturidade, ou dolorida experiência, que você jamais falhará se estiver determinado a
não fazê-lo.
Por mais que você encontre dificuldades pelo caminho, não desista. Pois saiba que o campo
da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.
Sinceramente,

ABRAHAM LINCOLN
16 presidente norte-americano