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O Mercosul foi criado com ideia similar à da União Europeia. Pela proximidade geográfica nada mais coerente do que tentar fortalecer e incentivar o comércio entre os países próximos.

Na última década entretanto, observamos o colapso de alguns países do continente.

A Venezuela de hoje já passou da fase de ser questão humanitária. O olho de Tandera nos diz que assim que tivermos nova escalada do preço do petróleo esta sofrerá uma intervenção, muito provavelmente liderada pelos EUA e após isso tentarão se reconstruir como nação.

A Argentina também já escolheu seu destino de caos e desespero após as últimas atitudes de seu governo.

Agora, recentemente vemos a Bolívia agindo exatamente como a Venezuela quando Hugo Chavez alterou a constituição para permitir sua reeleição eterna. Evo Morales foi deposto, porém, em nova eleição seu candidato lidera todas as pesquisas. Ora, qual a coerência que existe entre tirar um tipo de governo e reelege-lo em seguida. Certamente, assim como no episódio de Chavez a Bolívia está se despedindo da democracia e dos direitos humanos.

O presidente Bolsonaro fez certíssimo em reduzir contato com os países latino americanos e estreitar laços com a União Europeia e com os EUA. Esperamos muito estar errados, mas a américa do sul está virando a latrina do mundo e o Brasil não quer ser o papel higiênico de todos.

Todos temos acompanhado os recentes e os não tão recentes acontecimentos da Venezuela.

Voltemos ao tempo de Chavez, mas não o adorado personagem interpretado por Roberto Bolaños que encantou gerações.

Hugo Chavez foi eleito a primeira vez em 1999 e conseguiu sucessivas reeleições até 2013. Após isto fez referendos de resultado duvidoso para permitir seu terceiro mandato consecutivo.

A partir de sua terceira reeleição a Venezuela virou uma ditadura travestida de democracia. Após 14 anos no poder Chavez faleceu em 2013 em decorrência de um câncer na região pélvica.

Assumiu então o líder sindical dos motoristas de ônibus Nicolás Maduro que deu prosseguimento ao nefasto governo.

A Venezuela de hoje foi muito bem retratada na série de TV “The Walking Dead”, exceto pela parte da invasão zumbi. O cenário é de caos social, escassez de itens básicos e luta diária pela sobrevivência.

Os venezuelanos foram obrigados a comer carne de animais e lixo, usar remédios veterinários e atualmente sofrem ameaça de falta de água. Sabe-se que a água é o líquido mais importante e imprescindível a vida. O corpo humano é composto de 65% de água. Por sua vez 71% da superfície do planeta Terra também é composto de água.

Se esta profecia se concretizar veremos o apocalipse acontecer diante de nossos olhos.

Venezuelanos em bandos tentam debandar, porém seu nefasto líder fechou as fronteiras. A hora de uma intervenção militar externa já está em muito atrasada. É algo maior que política ou disputa ideológica, é questão de sobrevivência de seres humanos.

Teorias bíblicas dizem que o império do anticristo está por vir, podemos considerar a Venezuela como um trailer deste filme.

 

Tentamos sempre reduzir riscos e maximizar retornos, porém é impossível prever e proteger tudo.
Warren Buffet costumava não concordar com a afirmação: Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Buffett dizia para colocar os ovos em apenas 1 cesta e protege-la com sua vida.

Peter Lynch também era contra esta afirmação dizendo que o processo de diversificação era na verdade um processo de “priorização”.
Agora vejamos algumas situações ocorridas. Vejam se era possível prever alguma delas.

1 – Caso Lupatech – a Petrobrás sempre foi uma mãe para seus fornecedores, por vezes efetuava o pagamento antes do produto ser entregue ou serviço realizado. Mas então o calo apertou, o petróleo caiu, o país entrou em crise e a Petrobrás precisou cortar alguns pagamentos.

A Lupatech era uma fornecedora de ferramentas e peças a serem utilizadas na extração de petróleo. Preparando-se para suprir a alta demanda gerada pela exploração do pré sal a companhia realizou grandes investimentos. Para tal contraiu dívidas e emitiu mais ações.

Mas então a crise iniciou-se e o pré sal foi colocado de lado. Toda aquela estrutura montada ficou ociosa, porém os juros e custos de sua operação continuaram a corroer a companhia. Ela ainda tentou aguardar por mais um tempo buscando novas dívidas e emitindo mais ações, confiando na retomada do mercado.

Isto nunca ocorreu e a companhia acabou entrando em recuperação judicial.

2- Caso Samarco – Imagine-se você sendo um credor de uma grande companhia mineradora. E melhor que isto, seus acionistas sendo as duas maiores mineradoras do mundo, Vale e BHP. Você dorme tranquilo sabendo que receberá seu dinheiro corrigido com bons juros. Mas então, a barragem se rompe. A companhia começa a não apenas deixar de ter fluxo de caixa uma vez que a operação foi paralisada e ainda começa a receber multas e ter de pagar indenizações pelos danos causados. Seus acionistas se responsabilizam apenas por uma parte destes problemas. A empresa então deixa de pagar os juros de seus bônus aos seus investidores.

3- Companhias aéreas – Tirando o caso de queda de avião, podemos citar uma situação ainda mais emblemática. Imagine-se acionista de uma companhia aérea europeia, ela está consolidada em seu setor e novamente você pode ter boas noites de sono. Mas então, um vulcão, a muito desativado resolve acordar e solta cinzas que tomam todo o céu. Os aeroportos fecham e milhares de voos são cancelados. Sua empresa simplesmente deixou de existir durante este período, porém, novamente seu custos e juros continuaram existindo.

4- Confisco brasileiro – Sexta-feira, 16 de março de 1990, feriado bancário. Um dia após tomar posse como o primeiro presidente eleito no país de forma direta após quase 30 anos, Fernando Collor de Mello anunciou um pacote radical de medidas econômicas, incluindo o confisco dos depósitos bancários e das até então intocáveis cadernetas de poupança dos brasileiros no dia seguinte de sua posse. A população reagiu com perplexidade, especialmente às medidas de bloqueio do dinheiro.

Ao fim do feriado bancário de três dias, longas filas se formaram nas agências, e os bancos não tinham dinheiro suficiente para cobrir saques dos clientes. O comércio também ficou paralisado. Nesta época não havia a cultura de investimentos então boa parte dos recursos dos brasileiros estava de fato na poupança. Agora você que dormiu rico, acordou pobre. Novamente seus funcionários, contas entre outras despesas não esperaram a situação acalmar e continuaram a vir. Foi uma época traumática e de muitos suicídios.

Para quem não acha que isto não ocorrerá mais pensemos no que o governo indiano ou o venezuelano fez com seus cidadãos. Os indianos tiveram suas notas mais altas (500 e 1000 rúpias) inutilizadas e seu ouro passou a ser confiscado com violência (o exército entra na casa das pessoas para confiscar). O governo Venezuelano então, não para de surpreender, agora fechou as fronteiras com o Brasil. Brasileiros ficaram presos no caos social, sem alimentos, medicamentos e segurança.

https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/09/samarco-deixa-de-pagar-juros-de-bonus-investidores-diz-banco.html

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/04/boa-parte-do-espaco-aereo-europeu-segue-fechado-nesta-sexta-feira.html

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/cinzas-vulcanicas-ainda-mantem-fechados-4-aeroportos-na-espanha.html