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Faz o L

Estamos tendo a oportunidade de vivenciar como se destrói um país e sua democracia.

Para quem esperava um Lula moderado e conciliador hoje observa alguém rancoroso que veio para dar o golpe de misericórdia em seus adversários.

Abaixo vamos elencar algumas das armadilhas plantadas e outras em instalação, alguns deles já haviam sido abordados anteriormente no texto sobre por que o socialismo não funciona:

1 – ministério da verdade cujo objetivo nada mais é do que estabelecer que quem não é por nós, é contra nós e portanto inimigo.

2 – estatuto do desarmamento – Isto vai muito além de evitar utilização incorreta de armas em briga de trânsito. Todo ditador antes de assumir um país desarma a população para evitar reação. Nesta lista podemos citar Hitler, Hugo Chávez, Mao Tse Tung e Stalin.

3 – STF agindo como poder moderador acima de todos os outros, logo câmara e congresso não são mais necessários. Alexandre de Moras conseguiu ficar pior que o laxante Gilmar Mendes.

4 – Alocação de pessoas notoriamente incapacitadas para cargos chave para o sucesso do país. Sejam sinceros, você colocaria um motorista de ônibus para pilotar um caça super sônico da força área (Hadadd)? Ou que tal colocar um lobo como vigia do galinheiro (Mercadante no BNDES).

5 – Inchaço do setor público com criação de mais ministérios e aumentos de salários votados pelos próprios beneficiados. Ora, ninguém em sã consciência iria escolher reduzir seu próprio salário, por mais altruísta que fosse.

6 – Interferência em órgãos autônomos – Chega a dar pena do Roberto Campos Neto, eleito melhor banco central do mundo em 2022 que nos permitiu ser o único e primeiro país do mundo a controlar a inflação mesmo com o cenário caótico causado pela guerra e pandemia.

7 – Retirar isenção de ICMS sobre combustíveis – ao invés de cortar na própria carne como o governo anterior fez, simplesmente irá reestabelecer o nefasto ICMS sobre os combustíveis causando aumento dos mesmos. E lembrem, todos os produtos tem frete no cálculo de seu preço final. Portanto o frete é um ponto chave para não escalada dos preços.

8 – Tentativa de regular relações de trabalho em aplicativos. Certamente parece uma postura nobre tentar melhorar as condições dos pobres trabalhadores. Porém, não levam em consideração por exemplo que a UBER teve um prejuízo de 20 bilhões de USD em 2022 e não tem nenhuma margem para suportar custos trabalhistas adicionais o que fará que o serviço seja encerrado. Além de prejudicar a grande população que utiliza tal serviço gerará uma horda de desempregados famintos.

Agora vamos esclarecer o que acontece com cada atitude:

1 – Reduzir a taxa de juros na marra – irá gerar grande aumento na demanda por bens e serviços com alocação de capital na atividade produtiva real, porém, com consequente disparada da inflação como ocorreu no caso da Turquia quando presidente decidiu reduzir a taxa e a inflação foi a 100%.

2 – Congelar preços – Na tentativa de permitir que as pessoas possam consumir o que desejam, na realidade faz com que os itens não existam mais na prateleira ou sejam negociadas apenas no mercado negro onde é estabelecido o preço de mercado.

3 – Taxas grandes fortunas – Uma vez ameaçados, os milionários e bilionários simplesmente realizam desinvestimento no país e levam seu capital para outro lugar que não os perturbe deixando para trás uma horda de desempregados e miseráveis.

Em resumo Lula assumiu em uma eleição fraudada e irá utilizar o poder da caneta se necessário para fazer o que Satanás faz: MATAR, ROUBAR E DESTRUIR. De consolo nos resta saber que seus eleitores serão os primeiros a sofrer o impacto de sua destruição em massa.

Não satisfeito em destruir tudo, ainda quer jogar sal para que nada nunca mais nasça. O mais emblemático de tudo isso é que seus eleitores serão os primeiros a sofrer e não terão meios para contra atacar, tendo como destino final situação semelhante a Venezuela, onde o povo passa fome e depende da migalha que o estado joga para viver mais um dia.

Buscando manter as analogias encontradas nos textos Titanic Financeiro e Ensaio sobre a cegueira iremos expor acontecimentos econômicos recentes aliados ao conhecimento técnico financeiro.

Com a política do “fique em casa que a economia a gente vê depois”, simplesmente milhares de pessoas deram um largo passo rumo a pobreza extrema. Na tentativa de amenizar um pouco tal sofrimento, em alinhamento como ocorreu em diversos países do mundo, foi criado o auxílio emergencial. Com isto tentou-se evitar a FOME.

Com a distorção de oferta e demanda gerada, agora com a reabertura das economias temos um cenário de inflação descontrolada que por sua vez aumenta em muito o preço dos produtos e serviços necessários a manutenção da vida. Quando os preços ficam fora do limite de boa parte da população, novamente temos o cenário de FOME.

Para conter a inflação, nossa equipe econômica e banco central terão de elevar a taxa Selic (taxa básica da economia). Com isto as pessoas ficam mais propensas a poupar ao invés de consumir pois o consumo postergado será maior. Entretanto, isto também leva a um desincentivo de investimento na economia real com algum nível de risco onde geram-se os empregos. Com um cenário de desemprego elevado, a renda das famílias reduz-se, e ainda que os preços dos produtos e serviços cedam, não será suficiente para adquiri-los em níveis saudáveis para manutenção da vida. Novamente temos o cenário de FOME.

Não há nos manuais ou na história uma solução de prateleira para o cenário atual, esperamos que a conjuntura como um todo melhore e o povo tenha sabedoria na hora de votar em 2022.

 

Já trabalhamos com a solução de Refinanciamento há algum tempo e, apesar de conseguirmos ajudar muitas pessoas, não conseguimos alcançar os 100% de assertividade. Como no caso do Varejista exposto no texto O rancor financeiro, no caso do hotel de 8 andares onde a operação não pode prosseguir por pequenas pendências nos CNPJs envolvidos (como Luz, plano de saúde etc.) ou no complicado caso do funcionário público de alto salário, NÃO nos conformamos com as soluções existentes atuais.

Entendemos, entretanto, a visão dos players financeiros sobre o risco inerente à concessão de crédito. Diferentemente da candidata Benedita da Silva. Não pode-se emprestar capital a fundo perdido, pois, assim a operação terá uma curtíssima duração.

Refletimos então e colocamo-nos no lugar de ambos os lados da operação e chegamos na solução utilizando a já conhecida Sales Lease Back. Abaixo iremos tratar de comparar cada variável da operação e compara-la com o Refinanciamento tradicional.

1 – Propriedade e execução da garantia

Refinanciamento – O dono inicial segue sendo o proprietário do bem oferecido em garantia. Em caso de inadimplência haverá um processo para consolidação de propriedade por parte do lado financeiro que concedeu o crédito. Este processo, se bem executado, leva entra 8 a 12 meses. Em caso de bancos públicos podem levar até mais de 5 anos.

SLB – Oferecedor do crédito é o dono do imóvel e combina uma locação de longo prazo com o proprietário original. Em caso de inadimplência a execução do contrato está a 15 dias de distância com um processo de despejo. Pode-se elaborar um crédito de maior longo prazo uma vez que a idade do vendedor não afeta em nada o direito sobre o bem. Deve-se entretendo, incluir no contrato sucessores do vendedor para poderem exercer o direito se seu parente a recompra do bem desde que cumpridas as condições contratadas inicialmente.

2 – Prazo máximo

Refinanciamento – Hoje o maior prazo é de 240 meses e é necessário contratação de seguro de vida no caso de pessoa física para garantir a adimplência da dívida. Esta por sua vez é incluída na parcela mensal.

SLB – Prazo pode ser maleável de livre compactação entre as partes.

3 – Taxa / Retorno

Refinanciamento – Melhor taxa hoje no mercado, independente do apetite ao risco é de 0,56%, porém, assim como cabeça de bacalhau ninguém nunca a viu em prática.

SLB – Pode-se pensar num retorno mensal de 0,5% representando 303% do CDI atual.

4 – Tributação

Refinanciamento – Tributação de bancos (normalmente aderentes ao lucro real) representando 34% sobre os juros cobrados.

SLB – Se alocado dentro da estrutura de FII, pode ter os “alugueis mensais” isentos de imposto e o ganho de capital na devolução idem conforme item abaixo. Em estrutura de FII, ainda haveria um grande ganho de reavaliação patrimonial, dado o fato que a “compra” sempre é realizada por valor inferior ao valor efetivo no bem.

5 – Custos Operacionais

Refinanciamento – Pode-se estimar entre ativação de alienação, certidões e registro cerca de 2% do valor do crédito.

SLB – Se pensarmos no cenário padrão podemos pensar em 5%, uma vez que somado aos 2% supracitados ainda seria incluído o ITBI que varia entre 2 e 3% a depender do Estado do imóvel.

Outra opção mais criativa se daria por integralização do imóvel em uma SPE holding, onde o investidor iria adquirir as cotas do primeiro proprietário ao valor do capital não ensejando ganho de capital para este.

Resumo

O Sales Lease Back, apesar de não ser tão comum se mostra como uma estrutura mais segura e rentável para ambos os envolvidos. Ou seja simplesmente melhor.

Eu sei que você pensou no amor, sim esta é a força mais poderosa do mundo, porém, quando trata-se de negócios e finanças a força mais poderosa é o alinhamento de interesses.

Pessoalmente, não acredito em índole mas sim em conflito ou alinhamento de interesse. Somos grande fã da teoria dos jogos justamente por causa disto.

Vamos agora pensar em alguns exemplos reais:

1 – Traficar drogas na Thailandia

A pena para este caso é a morte. Por que ainda há pessoas que insistem em tentar entrar com drogas neste pais? Simplesmente por que o prêmio para o sucesso é suficientemente alto para valer a pena correr o risco.

2 – Vida de traficante

Pessoas sem instrução e horizonte na vida se deparam com a escolha: viver 5 anos como rei ou 50 como mendigo e optam pelo seu maior benefício a curto prazo.

3 – Dumping Cola Cola contra Dolly

Com uma crescente participação de mercado a modesta Guaraná Dolly começou a incomodar a gigante Coca Cola que por sua vez não exitou em usar sua força pressionando fornecedores de insumo a suspender negociações com a rival e a despencar seu preço de forma que sua oferta fosse irresistível

4 – Votação de aumento de salário

No governo brasileiro podemos observar que os decisores dos aumentam são os próprios beneficiados. Ora ninguém em sã consiencia irá votar para algo que lhe prejudique. Portanto, o correto era este poder não estar nas mãos deste

5 – Corrupção classe política

Abraham Lincoln, costumava dizer: “De ao homem poder e saberá quem ele é”. A partir do momento que damos a um prefeito ou governador o poder de fazer negócios com o poder público, a tentação de tirar proveito disto torna-se irresistível demais o que culmina no noticiário que vemos quase toda seman

6 – Taxação de grandes fortunas

Mais um texto que já abordamos no texto Nhonho quer taxar grandes fortunas. Reiteramos nosso asco sobre posturas deste tipo, pois, apesar de uma bandeira de justiça social ela na verdade causa fuga de capital com piora ainda maior econômica para a população.

7 – Queda da Taxa SELIC

Na última reunião o COPOM reduziu a taxa de juros para 2,25%. Porém, como este ajuste nunca ele é repassado pelos bancou, pouco influencia no dia a dia das pessoas. Influencia apenas na rentabilidade da renda fixa que leva aos investidores abandonarem o mercado financeiro em busca de oportunidades na economia real, o que de fato leva a criação de empregos e melhoria sócio econômica.

Não sei vocês, mas eu recentemente foi possível notar alguma bondade no coração dos bancos.

A Caixa Econômica mais fez parecer uma instituição beneficente pois foi incumbida de prover subsistência com 600 reais para mais de 45 milhões de pessoas, ou seja algo acima de R$ 27 bilhões. Vale ressaltar que foram “DADOS”, portanto, não é uma dívida a ser ressarcida. Além disto da Caixa também disponibilizou R$ 43 bilhões para o mercado imobiliário para impedir seu colapso. Não obstante também será responsável por distribuir o empréstimo emergencial para pequenas e médias empresas.

Não fosse o bastante ainda permitiu a pausa nas prestações de financiamento imobiliários e demais modalidades de crédito.

A dúvida que resta é: até quanto é possível esticar o elástico sem arrebenta-lo.

Também recebi um relato surpreendente de uma sugestão de parcelamento de fatura de cartão:

 

Ou seja, para os valores citados teríamos a contratação do seguinte empréstimo:

Saldo Parceals (n) Parcela (R$) Total Juro (am)
2.311 12 x 211,4 2.537 1,46%
24 x 116,6 2.798 1,59%

 

Conforme vimos no texto “Em caso de emergencia use o cartão“, nada mal para um crédito não consignado.

 

 

 

Diversos bancos como o Bradesco e  o Original sugeriram que os clientes pausassem seus financiamentos, seja capital de giro ou empréstimos pessoais. Estes inclusive usam tal fato para se promoverem em comerciais como se fossem parceiros das pessoas.

Temos o dever de expor os reais fatos por trás destas benesses. Vamos aos fatos:

1 – Bancos não são como as empresas normais, na análise de multiplos não existe por exemplo EBITDA e bancos não possuem dívidas e sim passivos que são na verdade obrigações que tem contra os depositantes PF e PJ.

2 – Existe um índice internacional que permite a mensuração da solvência de um banco: o índice de basiléia. Cada país pode estabelecer o seu e no Brasil este é 8%. Ou seja, para cada real depositado, o banco pode fazer negócios com até 12,5 reais. NENHUM banco é capaz de honrar todos os seus compromissos. Por isso eles quebram sempre com a corrida bancária retratado no texto “O olho de tandera“.

3 – Após 60 dias da inadimplência de um pagamento o banco é obrigado pela Norma 2682 do Bacen a iniciar a baixa contábil do valor em seu balanço. Parte é dada como perdida e parte começa a ser incluída na conta de PDD (provisão para devedores duvidos), também contribuindo para destruição de PL (patrimônio líquido).

4 – Com decréscimo do PL, o banco pode vir a ficar abaixo do índice de basileia indicado, necessitando de intervenção do BC.

5 – Com a notícia de intervenção a corrida bancária citada no item 2 faz a profecia se auto realizar.

6 – O FGC (Fundo garantidor de crédito) diferente do que muitas pessoas pensam, não é uma entidade pública mas sim privada. Na realidade ele só possui capacidade para arcar com cerca de 5% do mercado sob sua guarda. Ou seja, no caso de liquidação de qualquer banco médio ou grande o sistema entraria em colapso.

Será que veremos mais um cavaleiro sendo liberto? Quanto mais sujeira é possível colocar debaixo do tapete sem consequências?

Nosso tema de hoje passa pela notícia que nosso lanterna verde super ministro Paulo Guedes está cogitando imprimir dinheiro.

Quem nos acompanha sabe que criticamos tal ideia quando veio do ex presidente Lula.

Porém, tratando-se de alguém tão instruído como Paulo Guedes, este merece pelo menos o benefício da dúvida.

Nossa primeira pergunta é:

P1 – Um governo pode quebrar?

R1 – Sim e não, o governo, exceto pela união européia, sempre detém o poder de criar dinheiro simplesmente imprimindo-o.

P2 – Qual o custo disso?

R2 – Próximo a zero, o custo é papel, tinta e eletricidade.

Quando governos não querem inadimplir claramente suas dívidas, como já vimos no episódio do Curralito Argentino , basta usar a impressora para fingir ter honrado seus pagamentos.

A equação é

M X V = Valor agregado de bens e serviços

M – Quantidade de moeda

V – Velocidade da moeda, o que representa quantas vezes a mesma circulou na economia.

Dobrando-se a base monetária e mantendo o fluxo supracitado, teríamos geração de valor total de R$ 200 ao invés de 100.

Porém, supor que a simples impressão de dinheiro afetará hábitos de consumo das pessoas é extremamente leviano.

Primeiro por que há dois tipos de consumo, o postergado e o perdido.

O postergado trata de um indivíduo que ia comprar um carro e decidiu compra-lo após dois meses

O perdido era o sujeito que ia sair para jantar hoje, porém, não irá jantar duas vezes no mês que vem.

Já há noticias informando que o dinheiro impresso será utilizado para realização de obras de infraestruturas, isto seria ótimo do ponto de vista de geração de empregos e melhoria de nossa infraestrutura. Porém, como garantir que a atividade continuará após o termino das obras (o que geraria desemprego massivo ao mesmo tempo). Será que incorreremos no mesmo erro do Japão da década de 90, onde após o estouro de sua bolha escolheu pagar metade da população para abrir um buraco e metade para fecha-lo. Uma vez concluída as duas atividades, nada sobrou senão, uma enorme dívida (hoje acima de 200% do PIB).

Repetimos o que falamos no Titanic Econômico, apenas os EUA podem imprimir dinheiro com danos reduzidos.

Será que compensa o risco de incorrer na armadilha da liquidez?

Imprimir dinheiro em via de regra gera inflação, ou seja, caso o uso do mesmo não sendo bem sucedido teremos o cenário da nefasta estagflação (PIB negativo com inflação). Para este cenário não há sequer estratégia mapeada nos manuais de economia. Portanto,

Cuidado Bino é uma cilada!

 

 

Como tudo nesta vida, sempre temos prós e contras. Na escolha de alugar ou comprar ou formas de financiamento não seria diferente. Abaixo tentaremos dirimir as principais dúvidas referentes à imóveis.

  • Benfeitorias – Pró Casa Própria

Sendo o dono você pode colocar sua casa exatamente como gostaria, cada centavo gasto em obra estará aumentando seu valor de revenda (desde que não haja extravagâncias). No caso do aluguel você precisaria entrar em acordo com o proprietário e todo valor investido também teria de ser negociado, podendo ser dado como perdido quando saísse do imóvel.

  • Mobilidade – Pró Aluguel

Neste caso ser inquilino é uma vantagem, pois, com um simples aviso de 30 dias é possível deixar o imóvel sem nenhum desembolso adicional. No caso de ser dono do imóvel, você precisaria colocá-lo a venda ou aluguel, o que demandaria tempo e esforço. No caso do aluguel ainda há um problema a mais em fiscalizar as contas Propter Rem, como condomínio e IPTU que normalmente são de responsabilidade do locatário, mas cuja responsabilidade recai sobre o proprietário.

  • Aluguel = valor jogado fora?

É muito comum ouvir comentários dizendo que alugar é jogar mensalmente dinheiro fora. Do ponto de vista psicológico pode fazer sentido, porém, financeiramente não. O aluguel poderia se comparado ao valor do Juro cobrado pelo banco no financiamento imobiliário.

A parcela do financiamento é composta por Amortização e Juros.

4 – PRICE X SAC

Na tabela PRICE, temos um valor mensal igual entre todo o prazo do financiamento, na verdade este valor é reajustado por TR anualmente. Enquanto isso na SAC, há uma amortização constante onde o juro vai diminuindo a medida que o saldo devedor também.

Assim, para um exemplo de financiamento de R$ 100.000,00 com taxa de juros de 9% ao ano e prazo de 35 anos (máximo), teríamos:

SAC PRICE

 

Financiamento 100000
Total Pago 210.684
Juros Pagos 139.256
Parcela Inicial 959
Parcela Final 343
Financiamento 100000
Total Pago 227.357
Juros Pagos 188.091
Parcela Inicial 758
Parcela Final 758

 

Analisando os números percebemos que o pagamento total e de juros é maior na Tabela Price, o que equivocadamente nos faz concluir que ela é pior. Isto não é verdade uma vez que ambos os fluxos quando trazidos a valor presente pela mesma taxa terão o mesmo valor.

Além disto a Tabela Price possui primeira parcela inferior a SAC (758 X 959), isto permite que possa-se acessar o financiamento com uma comprovação de renda familiar menor.

5 – Análise de Crédito

Por tratar-se de dívida com garantia real (o próprio imóvel), o financiamento possui uma análise de crédito relativamente simples, onde basta comprovar a capacidade de pagamento ao redor de 3 vezes o valor das parcelas, podendo várias pessoas compor (sem necessidade de laço consanguíneo). Portanto, em nosso exemplo, uma renda familiar de R$ 3.000,00 seria necessária para aprovação da tabela SAC. Na PRICE bastaria cerca de R$ 2.300,00.

6 – Agora vamos demonstrar como calcular matematicamente a decisão de comprar e alugar utilizando a nova modalidade de financiamento da Caixa Econômica Federal (Juro fixo + IPCA com reajuste anual ). Não utilizaremos nenhum viés psicológico.

 

Relembrando nosso exemplo anterior:

Modalidades SAC Price
SFH 9% +TR 959 758
IPCA + 4,7% 700 593

Considerando agora que o aluguel é em média 0,5% do valor do imóvel ao mês teremos:

Custo de Oportunidade do Dinheiro
SELIC 5,50% 14,25%
Custo de Oportunidade 619 1.116
Aluguel 0,5% 500 500

O Saldo de caixa é simulado de acordo com a SELIC, considerando uma aplicação de 100% CDI.

Agora, vamos ao veredito:

SELIC 5,5% / Modalidade IPCA Parcela R$ Juro R$ Amortização R$ Rendimento 5,5% Rendimento 14,25%
SAC 700 482 218
PRICE 593 519 74
Aluguel  N/A 619 1.116

Aplicando o valor (simulando que conseguimos financiar 100% do imóvel, o que não é uma realidade) geraríamos R$ 619 reais, suficiente para pagar a parcela PRICE com sobra de 7 reais e faltariam 100 para pagar a SAC. Em ambos cenários gastar 7 ou 100 reais é melhor que 500 de aluguel.

Isto por que a correta análise se daria apenas comparando o valor gerado com a aplicação financeira contra o valor do juro embutido na parcela. Neste caso o resultado seria ainda mais favorável a compra financiada.

 

Em 2012, o Banco Central mudou a remuneração das poupanças brasileiras. Naquela época, a Selic estava em 8,5% ao ano. Mas com o novo corte da taxa de juros em 2012, a poupança antiga foi extinta do país. No lugar dela, entraram novas regras de remuneração. Ou seja, a poupança antiga tinha a rentabilidade baseada na Taxa de Referêncial (TR) em 0,5% ao mês. Já a nova poupança mudou as regras de rendimentos, ficando com uma taxa menor que 0,5% ao mês. Porém, os depósitos feitos antes da data da mudança continuaram a ser rentabilizados pela fórmula antiga.

O que é a poupança antiga? A poupança antiga são os depósitos feitos da caderneta de poupança feitos antes das novas regras de remuneração. As novas regras para poupança antiga passaram a valer após o dia 3 de maio de 2012. Assim, os depósitos feitos à partir do dia 4 de maio de 2012 passaram a ter uma nova forma de rentabilidade. Qual a diferença entre a poupança nova e a poupança velha? Dessa forma, a diferença entre a poupança nova e a poupança velha é a forma de rentabilidade. Ou seja, os depósitos em dinheiro da poupança nova são rentabilizados acompanhando a Taxa Selic. Sendo assim, quando a taxa de juros for menor ou igual a Taxa Selic em 8,5% ao ano, a poupança rentabilizará 70% da Selic + TR.

Selic menor ou igual a 8,5% ao ano: receberão 70% da Selic + TR Selic maior que 8,5%: receberão 0,5% ao mês + TR E para depósitos antes do dia 4 de maio de 2012: os rendimentos da poupança antiga serão mantidos em 0,5% ao mês mais + TR.

Hoje taxa SELIC atingiu seu menor patamar em toda a história deste pais. Ou seja, quem ainda possui sua poupança antiga desfruta hoje de um rendimento 60%.

Poupança Antiga (0,5% +TR) 6,2%
Poupança Nova  (70% Selic) 3,9%
Proporção 160,2%

Sendo assim, quem inadvertidamente ou propositalmente manteve a poupança antiga hoje, teria a melhor rentabilidade “livre de risco” do mercado. Agora, imaginemos um cenário onde atinjamos taxa de juro de país nórdico, entre 1 e 2% ao ano. A poupança antiga então se tornaria um investimento imbatível, inclusive rivalizando com investimentos com algum grau de risco.

Vamos além em nossa divagação, se esta situação ocorresse num país extremamente desenvolvido como nos EUA, provavelmente o indivídua poderia inclusive negociar seu direito a poupança antiga e por consequência sua a sua rentabilidade adicional recebendo um prêmio a vistas.

Abaixo iremos expor o valor presente de um “investimento” de R$ 100.000 com as variações das taxas de juros (aplicações em renda fixa). Para precificar o valor perpétuo da poupança utilizaremos o modelo de gordon (Fluxo/Taxa).

Selic Valor Perpetuo Prêmio Justo
6% 1.666.666,67 0
5% 2.000.000,00 333.333,33
4% 2.500.000,00 833.333,33
3% 3.333.333,33 1.666.666,67
2% 5.000.000,00 3.333.333,33

VPL – Aplicação financeira perpétuaTaxa – Taxa de juros atual da economia

Ou seja, com uma taxa de juro de 4%, o indivíduo possuidor da poupança antiga  poderia vender seu saldo R$ 100.000 por um valor de aproximadamente R$ 887.000.

Com isto concluímos que eventos aleatórios transformam burros e gênios visionários.

Para o brasileiro médio é normal acreditar na segurança e rendimento da poupança como sendo uma coisa boa. Porém, olhando da forma correto não é bem assim. Vamos rebater ponto a ponto:

1 – Rentabilidade

A poupança hoje rende de acordo com a taxa SELIC;

  • Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,5% ao mês + TR
  • Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 70% da Selic + TR

Antes de opinar precisamos explicar o que é a TR (Taxa Referencial):

No início dos anos 90, a Taxa Referencial foi criada pelo Plano Collor II (que depois viraria o Plano Real) para combater a inflação no país. Ela deveria ajudar a controlar os juros, servindo como referência para que as taxas de juros do mês seguinte não refletissem a taxa do mês anterior.

Com a inflação sob controle a TR hoje é zero ou próximo a zero, não fazendo muita diferença no cálculo do rendimento da poupança.

Portanto em ambos os cenários de SELIC a poupança perderá para a renda fixa tradicional (inclusive o tesouro direto).

2 – Segurança

Todos os investimentos de renda fixa hoje contam com FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Uma entidade privada que garante a estabilidade do sistema em caso de falência de instituição financeira. Portanto isto deixa a Poupança no mesmo nível de segurança que outras aplicações mais rentáveis. Basta que o indivíduo não tenha mais de R$ 250.000 aplicado em cada instituição financeira.

3 – Prazo

Diferente das aplicações tradicionais da renda fixa, a poupança só rende uma vez por mês. Ou seja, se a aplicação foi feita dia 20 do mês, ele só terá acréscimo no dia 20 do mês seguinte. Com resgate antes disso, o retorno será zero.

As demais aplicações possuem rendimento diário.

Com a facilidade de acesso atual a investimentos melhores não há motivo para continuar “perdendo” dinheiro na poupança, a não ser que você seja um filantropo e queira contribuir para que as pessoas adquiriam suas casas utilizando o SFH.

As movimentações econômicas nem sempre são claras ao público real.

Para uma breve e resumida explicação vejam os posts:

Ferramentas Macroeconomicas e Ferramentas Microeconomicas

O fato é que a taxa básica de juros, no Brasil a Selic, influencia em todas as áreas da economia. Lembremos da Crise Sub Prime que ocorreu em 2008 nos EUA. O Banco Central Americano (FED) imediatamente colocou a taxa básica de juros e 0% além de diversas outras medidas de resgate.

Uma taxa de juros muito alta faz com a atividade econômica real seja desencoivada, afinal não vale a pena acordar pela manhã, pegar transito,  contratar gente e assumir riscos trabalhistas, investir em maquinário para atender uma demanda que pode não vir. Enfim, é muito mais simples e fácil simplesmente aplicar nos títulos do tesouro e ficar recebendo juros sem nenhum risco a não ser o risco sistêmico. Na época do nefasto governo Dilma tínhamos uma taxa de 14,25%, o que era suficiente para fazer 1,2% ao mês. Ou seja qualquer um com R$ 100.000 poderia produzir um valor maior que o salário mínimo mensalmente.

No caso do pior cenário de risco sistêmico, nem mesmo o dinheiro embaixo do colchão valerá nada. Portanto, não devemos nos preocupar sob pena de enlouquecer sem apontar uma solução para este caso. Na verdade temos uma solução para isto também: Soluções Offshore.

O que acontece agora?

Historicamente quando a taxa de juros está baixa, a atividade econômica começa a se recuperar. Infelizmente após 16 anos de governo de esquerda tivemos quedas vertiginosas de atividade econômica, portanto, sua recuperação será lenta e não será vista nos primeiros meses do governo Bolsonaro. Ora, medidas corretas nem sempre são populares, afinal que gosta de ter benefícios e direito reduzidos. Porém, eles são importantes para um bem maior do futuro do pais. Seguimos confiantes na nova Liga da Justiça.

Naturalmente veremos uma retomada da economia e em consequência do mercado imobiliário. Elie Horn deu uma entrevista recentemente afirmando que estava confiante na retomada do mercado imobiliário, esperando inclusive um boom como o visto em 2010, porém, de forma mais saudável do que a ocasião. O smart money já começou a se mexer e você? Consulte-nos para saber das últimas oportunidades de FLIP e leilões de imóveis. Fazemos todo o trabalho e vende, você apenas recolherá os lucros.

contato@quartzoinvestments.com