É comum que fundos de investimento incluam a frase: “Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura” em seus prospectos. Isto é obviamente colocado pois o futuro é impossível prever com assertividade. Sendo assim fundos nunca podem prometer rentabilidade aos seus investidores. Inclusive sempre que alguém propuser um retorno garantido e acima do que o mercado oferece, em 99% das vezes trata-se de uma pirâmide. Até mesmo Ronaldinho Gaúcho já se viu envolvido em pirâmide financeira.

Mas nosso assunto hoje não é este. Queremos expor que ao mesmo tempo que para investir não se deve olhar passado, esta lógica não se aplica ao crédito. Nós por atuarmos em diversas modalidade de crédito lidamos com isso dirimente. É muito frustante o jeito que instituições financeiras olham os cases para concessão de crédito.

Vamos citar um case real:

Uma empresa familiar produtora do ramo têxtil  que fatura em torno de R$ 1,2 milhão por ano, onde boa parte disto são feito com pagamentos em dinheiro, portanto, sem possibilidade de comprovação bancária. Hoje a empresa está instalada em um galpão com valor aproximado de R$ 1,5 milhão que possui inclusive financiamento SFH da Caixa. Para começo de conversa o banco solicitou DRE e balanços patrimoniais dos últimos três anos e um parcial de 2020. Ora, apenas multinacionais são capazes de produzir tais documentos com assertividade pois possuem equipe especializada para este fim. O máximo que o cliente conseguiria informar era IRPJ e seu extrato bancário. O cliente em questão estava buscando R$ 500.000 para poder conseguir garantir um excelente contrato com uma das maiores varejistas de vestuário brasileira. Uma vez conseguido este crédito, seu pagamento poderia se dar em questão de 2 ou 3 meses. Além disto com um pouco mais de tempo seria possível organizar um refinanciamento, gerando aproximadamente R$ 750 mil com dívida de longo prazo e parcelas baixas.

Porém, bancos não conseguem olhar para o futuro vindouro mas apenas para o passado. Não concordamos com tal fato e sempre buscamos soluções para fugir deste problema. Fiquem atentos para novidades em nossos cases