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I was in our third-floor office kitchen talking to a colleague when my phone dinged. It was my bitcoin wallet, Airbitz. And I had just received some bitcoin.

My first thought: “That was quick.”

An hour earlier, I tried out a new way to buy bitcoin. I used a bitcoin ATM.

Of course, I had heard of bitcoin ATMs… but there was never one close enough for me to use.

Until last week…

That’s when a nearby shop, Southside Vapor, installed a bitcoin ATM from Bitcoin Depot.

Now, buying bitcoin is only a two-minute walk away from my office.

The entire process took less than 10 minutes.

To buy the bitcoin, I entered my phone number and then a confirmation code to verify my identity.

I also entered my email address to receive the receipt, and my wallet address to receive the bitcoin.

That’s it.

Overall it was painless. And I had the bitcoin within an hour. (The only caveat is that the fees are high.)

The experience impressed me. And I thought this could be a good money-making opportunity for business owners. So, I talked to the shop’s owner, Tyler.

When I asked what he liked most about the bitcoin ATM, Tyler responded, “It brings in traffic and it’s a great talking point.”

Today, I’ll fill you in on our conversation.

First, let’s look at the rapidly growing cryptocurrency ATM market.

A Growing Trend

Bitcoin ATMs are spreading quickly. There’s likely one near you now.

At the end of 2013, there were just five bitcoin ATMs in the world. By 2015, that number had grown to 500. Now, that number is over 1,700.

Every day, five new bitcoin ATMs hit the market. So that number is likely to double or more over the next year.

In other words, the number of bitcoin ATMs is growing over 100% annually right now.

Although over half of bitcoin ATMs are in the U.S., it’s a worldwide phenomenon. There are bitcoin ATMs in 61 countries.

And the machines don’t just send bitcoin. Over 25% of ATMs support other cryptocurrencies, with Litecoin, Ether, and Dash being the most popular.

The average bitcoin ATM does $30,000 per month in transactions. With an average fee of 9%… that’s $2,700 per month in revenue.

Monthly costs can range from $500 to $1,500 per machine. That includes rent, cash collection, advertising, and customer support. And there’s also the upfront costs of the machine and any legal costs.

But you don’t need to buy an ATM to take advantage of this trend. Tyler didn’t buy his bitcoin ATM… he went the host route.

In other words, the operator provides the machine and Tyler provides the space. As you’ll see, it carries less hassle and risk.

Tyler’s Verdict

Tyler’s adventure into bitcoin ATMs started after he talked to a buddy from New York City.

Like Tyler, his friend owned a vape shop (30 in fact). And he happened to be an early bitcoiner.

So, when bitcoin ATMs started to grow, he hosted one in one of his shops. Now he has bitcoin ATMs in all 30 stores.

Tyler followed suit. He chose Bitcoin Depot, the second-largest supplier of bitcoin ATMs.

As I mentioned, Tyler didn’t have to buy the ATM. He’s simply provided the space.

Best of all, he doesn’t have to worry about exchange risk, changing out the machine, or legal costs. Bitcoin Depot handles all that.

They even handle the online advertising. Whenever someone searches Google for a bitcoin ATM in Delray Beach, Florida, Tyler’s will come up.

Tyler even has a 2-mile non-compete agreement. Meaning, Bitcoin Depot won’t put any other bitcoin ATMs within 2 miles of Tyler’s shop.

By now, I’m sure you’re wondering how Tyler gets paid.

That depends on the activity. Tyler either gets a flat fee or a payment based on the transaction volume, whichever is higher. Said Tyler, “It’s helping pay the rent.”

Before I left I asked Tyler one final question. Would you recommend hosting a bitcoin ATM to other shop owners?

“Absolutely, yes,” he said.

If you own a business and can host a bitcoin ATM, this is an idea worth checking out.

A maioria dos investidores que tem alguma familiaridade com criptomoedas como o bitcoin ouviu falar dos ganhos astronômicos nos preços de mercado. O preço de um único bitcoin subiu de 1 mil dólares para mais de 4 mil dólares em pouco mais de um ano. Investidores que compraram bitcoins ainda antes, a 200 dólares, por exemplo, obtiveram ganhos de 2 mil por cento em questão de poucos anos. Esses preços são reais, ao menos segundo as principais corretoras de bitcoin. Algumas pessoas realizaram os lucros de seus bitcoins, convertendo-os em ganhos reais. Mas essas pessoas provavelmente são a exceção, não a regra. Na esperança de ganhos maiores, muitos investidores ainda mantêm bitcoins em corretoras não-regulamentadas. Este artigo mostra que essas corretoras estão cheias de fraudes e de hackers, além de não estarem sujeitas a qualquer tipo de prestação de contas. Há inúmeras histórias de investidores que tiveram que esperar semanas para liquidar investimentos em bitcoin enquanto os preços passavam por grandes oscilações. Os menos afortunados nunca conseguem liquidar os investimentos, porque as próprias corretoras roubam seus bitcoins ou simplesmente quebram. Aos riscos das corretoras, somam-se uma infinidade de outros riscos, como a associação ao tráfico de drogas, à sonegação de impostos e a coisas ainda piores. A Receita Federal americana, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC – Securities and Exchange Comission) e o Departamento de Justiça americano já estão trabalhando pesado para ter acesso aos registros das corretoras e conseguir chegar aos criminosos. Órgãos similares de outros países estão fazendo o mesmo. O que eles têm descoberto causa ainda mais danos à estabilidade do mercado e à segurança dos bitcoins. “Caveat Emptor” (o risco é do comprador) é um bom conselho em qualquer mercado, mas o melhor conselho com relação às corretoras de bitcoin é “que o comprador mantenha distância”, ao menos até que tenhamos entidades mais idôneas e uma melhor regulamentação.

De onde vem o Bitcoin?

Bitcoins são criados de acordo com um algoritmo matemático proposto por Satoshi Nakomoto (pseudônimo do que pode ser uma pessoa ou um grupo de indivíduos) em um artigo publicado em 2009.

De acordo com a definição de Nakomoto, matemáticos e engenheiros usando computadores são convidados a solucionar um problema matemático que envolve conservação de registros e uma prova de trabalho (proof-of-work). Em troca da 34 5 realização dessas funções, os operadores do computador, conhecidos como “mineradores” recebem uma recompensa na forma de Bitcoins. Nakomoto completou a primeira prova de trabalho em 2009 e recebeu uma recompensa de 50 Bitcoins.

A conservação dos registros e a prova de trabalho da mineração do Bitcoin são feitos usando software de fonte aberta, o que significa que qualquer um que saiba mexer no software e tenha um computador potente o suficiente pode participar do processo.

Os resultados da conservação dos registros e da prova de trabalho são mantidos em um livro razão, que é armazenado em uma rede descentralizada e distribuída. Novas transações com Bitcoin são adicionadas ao livro razão em “blocos” e o livro razão é chamado de “blockchain.”

A natureza “distribuída” do livro razão significa que o blockchain fica em milhares de servidores individuais. Se um nó ou servidor for destruído, o blockchain ainda existirá de forma fácil e verificável nos outros servidores da rede.

Transações e identificação do blockchain são criptografadas usando um sistema de chave pública-privada padrão de 256-bits. A chave pública é identificável no blockchain, mas os donos individuais não podem ser identificados, e as transferências não podem ser autorizadas sem a chave privada, que fica em posse de cada proprietário individual.

O algoritmo de Nakomoto faz com que cada bloco de Bitcoin seja mais difícil de minerar do que o anterior. Isso acontece porque o blockchain em si é maior e o número de inputs de tentativa e erro necessários para completar a prova de trabalho cresce exponencialmente. Mais de 200 quintilhões de inputs são necessários atualmente para criar um novo bloco.

Mineração de Bitcoin exige tanto poder computacional que só grandes servidores especializados são capazes de realizar a tarefa. Essas operações são quase todas feitas na China, o que levanta dúvidas sobre segurança nacional em relação ao Bitcoin. A mineração exige tanta energia que recebeu criticas de ambientalistas. Veja aqui um vídeo de uma das maiores minas de Bitcoin do mundo.

A natureza privada, criptografada e descentralizada do blockchain significa que nenhuma pessoa ou instituição está “encarregada” do blockchain. Diferentemente de outras formas de dinheiro que são emitidas e controladas por governos, o Bitcoin não é controlado por ninguém a não ser pelo algoritmo matemático. 34 6

Esse sistema de criptomoedas tem um apelo enorme a um grupo diverso composto por libertários, anarquistas, tecnófilos, criminosos, sonegadores de impostos e terroristas.

Quando o preço em dólar de uma unidade de qualquer ativo pula de US$ 1.938 para US$ 4.425 em um mês sem motivo aparente, é justo questionar se não estamos testemunhando a criação de uma bolha. Foi exatamente o que aconteceu com o Bitcoin entre 16 de julho e 17 de agosto de 2017.

A alta impressionante de 128% em um mês, que, anualizada, resulta em mais de 1.540%, soma-se ao fato de que o Bitcoin custava US$ 580 há apenas um ano; um ganho de 630% nos últimos dozes meses. Dois anos atrás, o Bitcoin custava US$ 225, então o ganho de dois anos foi de 1.870%.

Considerando o período de um mês, um ano ou dois anos, anualizado ou real, esses ganhos são de tirar o fôlego.

A resposta à questão da bolha é quase certamente “sim”, mas ela diz pouco sobre o que causa a bolha ou quanto tempo ela vai durar.

Não adianta avaliar o Bitcoin com base em “valor intrínseco”. O Bitcoin não tem valor intrínseco, assim como o dólar e o ouro. Valor intrínseco é uma teoria econômica obsoleta que foi abandonada pelos economistas em 1871. A frase “valor intrínseco” é propagandeada frequentemente, mas não serve para calcular o valor do Bitcoin.

Em vez disso, os economistas usam valor subjetivo como forma de considerar os preços. A teoria do valor subjetivo diz que o preço de algo é aquele que o comprador está disposto a pagar a um vendedor com base na utilidade dos bens e serviços para o comprador.

Ajuda, mas “utilidade” pode ser um conceito escorregadio. Às vezes, utilidade é completamente prática (“eu preciso de um carro para chegar ao trabalho e ganhar meu salário, então o carro tem uma utilidade que eu posso valorizar”). Mas, às vezes, utilidade é idiossincrática (“eu gosto de jogar, então vou gastar meu dinheiro em Las Vegas, apesar de as chances de perder serem grandes”).

Bitcoins certamente têm utilidade para algumas pessoas. É fácil e barato realizar pagamentos. Oferece anonimato para aqueles que o valorizam (incluindo criminosos e 34 7 terroristas). É útil como forma de escapar do controle de capitais para aqueles presos em sistemas como os de Cuba, Coreia do Norte ou China. E também pode salvar a vida de refugiados que estão vulneráveis a ataques e confiscos quando fogem de um país para o outro.

Mas quase não há dúvidas de que as movimentações de preço do Bitcoin vêm da utilidade da mentalidade de “ficar rico rápido” ou de receber “algo de graça”. Ganância e a emoção de jogar têm utilidade para alguns, e Bitcoins certamente podem satisfazer essas necessidades e desejos.

Já ressaltamos que o aumento do preço do Bitcoin em dólar também pode ser visto como um colapso do dólar se considerarmos que o Bitcoin é uma reserva de valor estável e uma unidade monetária estável. Isso acontece porque tanto o Bitcoin quanto o dólar são formas de dinheiro e sua taxa cruzada é apenas um swap de moedas, não um investimento.

Se o Bitcoin for mantido constante, então o dólar caiu 75% frente à criptomoeda em 2017. Que outra evidência existe para um colapso generalizado do dólar? Nenhuma!

Tanto o ouro quanto o euro tiveram ralis este ano, mas apenas na faixa dos 10% aos 20%, nada comparado aos ganhos anualizados de 1.540% do Bitcoin (se há um colapso generalizado da confiança no dólar, como mostrado pelo preço do ouro, o Bitcoin certamente se beneficiaria, mas, por enquanto, o Bitcoin é o outlier).

Na ausência de evidências provenientes de outros mercados que indiquem um colapso do dólar, o aparente colapso do dólar em Bitcoin parece destacado de definições prosaicas de utilidade e, assim, só pode ser explicado pela ganância. A notícia não é boa para o Bitcoin porque uma das lições constantes dos mercados especulativos é que a ganância pode se transformar em medo da noite para o dia.

Há muitos exemplos de dinâmicas de bolha em que movimentos de preço hiperbólicos em dólar, sem relação com outras informações sobre um declínio do dólar, tiveram reversão rápida em um colapso catastrófico. A movimentação no índice NASDAQ 100 entre 1996 e 2000 após o IPO do Netscape, mostrada no primeiro gráfico, abaixo é um exemplo útil e de certa forma recente.

Já a queda de 75% da NASDAQ, depois de janeiro de 2000, é um bom indicador do que acontecerá com o preço do Bitcoin em dólar assim que um catalizador mude de ganância para medo. Diversos desses catalizadores são discutidos a seguir. Bitcoin a US$ 200 ou menos (como no início da fase mais hiperbólica) me parece provável nos próximos dois anos.

Outro aspecto importante do valuation do Bitcoin é o fato de ele nunca ter passado por um ciclo econômico completo. Como discutido anteriormente, o Bitcoin foi criado em 2009. Foi o ano em que o atual ciclo econômico teve início.

É verdade que essa recuperação econômica foi uma das piores já registradas. O crescimento americano médio foi de cerca de 2% ao ano, comparado aos pelo menos 3% das recuperações prévias. Mas, mesmo assim, é uma das recuperações mais longas da história. Ninguém sabe quando a próxima recessão ocorrerá, mas, depois de uma expansão de 96 meses, ninguém deve se surpreender se ela chegar logo.

Recessões não são a mesma coisa que pânicos financeiros. Às vezes, recessões e pânicos ocorrem juntos, como em 2008. Às vezes, recessões ocorrem sem pânicos (1990), e, às vezes, pânicos ocorrem sem recessões (1998). De qualquer forma, o Bitcoin nunca passou nem por uma recessão, nem por um pânico.

O comportamento dos investidores em adversidades financeiras pode assumir formas diferentes. Às vezes, liquidação de títulos, às vezes, de ações, às vezes, de commodities. O que pânicos e recessões têm em comum é que todos desejam liquidez.

Quando a próxima recessão ou pânico acontecer, provavelmente logo, a demanda global por liquidez forçará as pessoas a vender Bitcoins para pagar suas dívidas e cobrir suas chamadas de margem? Uma alta no desemprego forçará as pessoas a vender Bitcoins para pagar as contas do mês?

Em caso positivo, toda essa venda forçada, somada à demanda por liquidez, fará com que o preço do Bitcoin entre em colapso se isso ainda não tiver acontecido por causa da dinâmica de bolha descrita anteriormente?

Já vimos como ações, títulos, ouro, imóveis e outros ativos se comportaram em recessões e pânicos no passado. Mas não temos ideia de como o Bitcoin se comportará, porque a criptomoeda nunca passou por um clima de adversidade econômica.

Estimo que o Bitcoin sofrerá com um choque de liquidez quando investidores venderem todos os tipos de ativos, incluindo Bitcoin, em busca de formas mais líquidas de dinheiro que governos e credores estejam preparados para aceitar. Um colapso de pelo menos 75% no preço do Bitcoin em dólar parece provável.

 

Um Bitcoin é uma unidade de conta registrada em forma digital. Nesse sentido, dizer “um Bitcoin” não é diferente de dizer “um dólar”, “um euro”, “um centímetro” ou “um quilo”. É uma maneira de contar as coisas.

Um Bitcoin também pode ser uma reserva de valor. Se eu sou o proprietário de 100 Bitcoins registrados em um livro razão digital (o termo “proprietário” pode ser problemático, já que minha identidade no livro razão é criptografada e a chave da criptografia privada só é conhecida por mim; meus direitos de posse nesta área são incertos e ainda estão evoluindo), e se meus Bitcoins podem ser vendidos por US$ 4.000 cada em um mercado líquido em uma Bolsa confiável (outro aspecto problemático discutido a seguir), então eu teoricamente tenho armazenados US$ 400.000 de valor em um suporte seguro, conveniente e anônimo.

Um Bitcoin também pode ser um meio de troca. Alguns negociantes aceitam Bitcoins em pagamentos por bens e serviços de modo geral. Bitcoins podem ser transferidos em unidades fracionadas, no caso de transações menores. Por exemplo, se 1 Bitcoin = US$ 4.000, então 0,001 Bitcoin = US$ 4,00, o que é mais ou menos equivalente a um café do Starbucks.

Se o Bitcoin é uma unidade de conta, uma reserva de valor e um meio de troca, então ele passa no teste tradicional de três partes de definição de dinheiro.

Bitcoin é, portanto, uma forma de dinheiro, assim como dólar, euro, iene e libra. Pode ou não ser uma forma de dinheiro da qual você gosta, mas é dinheiro.

É importante se lembrar disso porque o Bitcoin não é investimento. O investimento é o resultado de usar dinheiro e convertê-lo em algo que oferece riscos e recompensas, como ações, títulos ou imóveis. O investidor, então, lucra ou perde com seu investimento, o que toma a forma de juros, dividendos ou aluguéis. É possível sofrer uma perda total se o investimento não der certo.

Com dinheiro, não há yield e não há investimento, apenas uma taxa cruzada. Quando compradores de Bitcoin dizem que ele “subiu” de US$ 1.000 para US$ 4.000, não é um retorno sobre um investimento, é apenas uma mudança na taxa cruzada. Seria igualmente correto dizer que o Bitcoin não se alterou e que o dólar “caiu” de 0,001 Bitcoins para 0,00025 Bitcoins; uma desvalorização de 75% do dólar quando medido em Bitcoins.

Quando você entende essa análise da taxa cruzada, percebe que o suposto “preço” do Bitcoin é apenas uma preferência de liquidez de algumas pessoas por uma forma de dinheiro em detrimento de outra. Essa preferência não está relacionada aos fundamentos, como estaria na análise de ações ou títulos a partir do management, perspectivas de crescimento e crédito. A base dessa preferência é a confiança.

O problema com a confiança na base da determinação do valor subjetivo do dinheiro é que ela é efêmera. Muda de um dia para o outro por causa de comportamento de massa, que é fácil de teorizar, mas impossível de prever na prática. Bitcoin é dinheiro, mas dinheiro é um jogo de confiança. Lembre-se disso.

Por Jim Rickards

Há muito interesse em Bitcoins no momento. É impossível abrir um site, ouvir um podcast ou assistir a um vídeo de finanças sem ficar sabendo sobre a ascensão meteórica do preço do Bitcoin. Talvez você conheça um “milionário de Bitcoin” que tenha comprado 500 Bitcoins há alguns anos por US$ 50.000 e que agora possua uma fortuna de mais de US$ 2.000.000. É verdade, essas pessoas existem. É claro, o Bitcoin é apenas uma das muitas criptomoedas. Há centenas delas com nomes como Ethereum, Dash, Dogecoin, Blackcoin, CryptoCarbon e Syscoin. Para facilitar, nesta edição, vou me referir a todas as criptomoedas como “Bitcoin”, mas o leitor deve entender que a análise também pode ser aplicada às outras criptos. Como vocês sabem, estou sempre em programas financeiros na TV e concedo muitas entrevistas online. Não gosto muito de falar sobre Bitcoin; é um dos temas de que menos gosto na verdade. Mas simplesmente não consigo evitá-lo!

Mais cedo ou mais tarde, em quase todas as entrevistas, o âncora diz: “Jim, preciso perguntar, o que você acha do Bitcoin?” 1 de setembro, 2017 34 2 Minha opinião é muito clara. Eu não tenho Bitcoins e não os recomendo para os investidores. Esses motivos têm a ver com dinâmicas de bolhas, potencial de fraude, robustez do ciclo econômico e interferência governamental, temas que explicarei em detalhes. Dito isto, gostaria de deixar claro que não sou um tecnófobo e muito menos um “ “antiBitcoin”. Entendo Bitcoins muito bem em nível técnico. Eu li os documentos técnicos de 2009 sobre eles e muitas atualizações desde então. Até cheguei a trabalhar com uma equipe de especialistas e comandantes militares no Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (USSCOM, na sigla original), com sede na base da força aérea MacDill, em Tampa, Flórida, para encontrar maneiras de intervir no uso que o Estado Islâmico fazia de criptomoedas para financiar suas atividades terroristas e seu califado. Quando se trata de Bitcoins, eu adoto uma abordagem laissez-faire. Se você quiser Bitcoins em seu portfólio como parte de um conjunto diversificado de ativos, a escolha é sua. Minha única advertência é caveat emptor (expressão latina que significa, literalmente, “cuidado, comprador”). Então, minha dica de logo de cara é: entenda como a criptomoeda funciona e quais são seus riscos. Nesta edição especial do Strategic Intelligence, falaremos sobre o bom, o mau e o feio do mundo dos Bitcoins e incluiremos links úteis para que você possa pesquisar mais por conta própria. Também analisaremos o futuro do Bitcoin e da plataforma de tecnologia blockchain, na qual o Bitcoin é fundamentado. Esse futuro talvez não seja o nirvana anarco-libertário que os inventores da criptomoeda Bitcoin imaginam.

Tudo indica que governos, órgãos reguladores, autoridades fiscais e a elite global estão se preparando para acabar com as criptomoedas. O futuro do Bitcoin pode ser uma distopia na qual o Big Brother controla o blockchain e decide quando e como você pode comprar ou vender qualquer coisa. Também falaremos sobre isso. Vamos começar nosso tour d’horizon no mundo das criptomoedas.