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O Feudalismo compreende o sistema político, econômico e social que predominou na Europa Ocidental entre o início da Idade Média até a afirmação dos Estados modernos, tendo seu apogeu entre os séculos XI e XIII. Nele há a figura de um senhor feudal, sendo o detentor de grande porção de terras. Havia também os vassalos que seriam algo como administradores que ajudavam o senhor feudal na gestão de suas propriedades.

Trazendo esta situação para os dias de hoje os senhores seriam os empresários donos dos meios de produção e os vassalos seriam seus diretores ou CEO/CFOs.

Conforme na situação da idade média, todos os demais seriam servos. O conceito do senhor feudal prosperou em um mundo inóspito, onde não estar sob a proteção do mesmo implicava em arriscar sua própria vida. Todo o território fora do feudo era povoado por bárbaros, bandidos, salteadores e todo tipo de povo hostil e quase irracional.

A não abertura da economia em curto prazo gerará um cenário idêntico ao feudalismo onde sair de casa (feudo) se tornará extremamente arriscado pois todos estarão a mercê dos bárbaros e salteadores. Portanto, sem liberação do lockdown em breve, nunca mais sairemos do mesmo, porém, por motivos diferentes.

Conforme comentamos nos textos O olho de Tandera e o Titanic Econômico, o prolongamento do lockdown trará consequências muito mais severas que a doença em si. As mortes pela fome e miséria não serão contabilizadas!

Enquanto os que tem poder de decidir não sofrerem na pele os efeitos de suas decisões seguirão fazendo estas atrocidades com a população. Mas em algum momento eles também serão atingidos, pois se a economia não gira, o governo também não arrecada nada.

Senhor Wilson Witzel e senhor João Dória, caso vossos salários não caíssem certinho no final do mês e começasse a faltar comida para si e para os seus, manteriam vossas posições?

Todas as mortes oriundas da miséria econômica deveria ser caracterizada como homicido doloso sob os homens que tomaram tais decisões.

 

 

A metáfora do cobertor curto normalmente é aplicada quando temos uma situação onde não é possível atender os dois lados satisfatória mente. Ou seja, ou cobrimos a cabeça ou os pés.

Na economia isto não é diferente, cada atitude com determinado objetivo pode acabar abrindo um buraco em outra vertente. Vamos citar alguns exemplos:

1 – Corte da Taxa Selic

Ontem o COPOM reduziu nossa taxa básica de juros para 3% ao ano (menor patamar da história) com comentários sobre novos cortes na próxima reunião.

Pontos positivos: fomenta a atividade econômica real com geração de empregos

Pontos negativos: Estrangeiros deixam o país insatisfeitos com o retorno de seus investimentos, dólar sobe podendo gerar pressão inflacionária

2 – Impressão de dinheiro – Já abordamos este tópico nos textos “Foge Bino” e “A praga e a besta

Pontos positivos: Aumenta a base monetária forçando a circulação de dinheiro na economia.

Pontos negativos: Se não tiver destino assertivo pode gerar grande inflação sem nenhuma contrapartida de crescimento econômico.

3 – Flexibilização Trabalhista – Tema abordado no texto “CLT Bom ou ruim”

Pontos positivos: Melhora a competitividade dos produtos brasileiros no exterior o que permitiria maiores exportações, superavit e crescimento econômico

Pontos negativos: A baixa capacidade cognitiva de boa parte da população os faria vulneráveis a uma situação de quase escravidão.

3 – Reforma Tributária – No Brasil as empresas gastam mais de 2 mil horas por ano apenas para apurar quais e em qual percentual os impostos devem ser pagos.

Pontos positivos: Aumento da competitividade, segurança e estabilidade ao sistema

Pontos negativos: Não há

4 – Mudança para regime Parlamentarista –

Pontos positivos – No parlamentarismo não há a figura de um presidente mas sim um primeiro ministro que tem o dever de ser a voz do senado. Assim conseguiríamos um alinhamento de interesses, uma vez que Rodrigo Maia seria o responsável pelas atitudes nefastas que causa. Hoje, tudo de ruim que acontece no congresso é responsabilidade do presidente Bolsonado.

Como dizia o ditado: “Em caso de más notícias, mate o mensageiro!”

Pontos negativos – Desconhecidos

 

 

Não sei vocês, mas eu recentemente foi possível notar alguma bondade no coração dos bancos.

A Caixa Econômica mais fez parecer uma instituição beneficente pois foi incumbida de prover subsistência com 600 reais para mais de 45 milhões de pessoas, ou seja algo acima de R$ 27 bilhões. Vale ressaltar que foram “DADOS”, portanto, não é uma dívida a ser ressarcida. Além disto da Caixa também disponibilizou R$ 43 bilhões para o mercado imobiliário para impedir seu colapso. Não obstante também será responsável por distribuir o empréstimo emergencial para pequenas e médias empresas.

Não fosse o bastante ainda permitiu a pausa nas prestações de financiamento imobiliários e demais modalidades de crédito.

A dúvida que resta é: até quanto é possível esticar o elástico sem arrebenta-lo.

Também recebi um relato surpreendente de uma sugestão de parcelamento de fatura de cartão:

 

Ou seja, para os valores citados teríamos a contratação do seguinte empréstimo:

Saldo Parceals (n) Parcela (R$) Total Juro (am)
2.311 12 x 211,4 2.537 1,46%
24 x 116,6 2.798 1,59%

 

Conforme vimos no texto “Em caso de emergencia use o cartão“, nada mal para um crédito não consignado.

 

 

 

Diversos bancos como o Bradesco e  o Original sugeriram que os clientes pausassem seus financiamentos, seja capital de giro ou empréstimos pessoais. Estes inclusive usam tal fato para se promoverem em comerciais como se fossem parceiros das pessoas.

Temos o dever de expor os reais fatos por trás destas benesses. Vamos aos fatos:

1 – Bancos não são como as empresas normais, na análise de multiplos não existe por exemplo EBITDA e bancos não possuem dívidas e sim passivos que são na verdade obrigações que tem contra os depositantes PF e PJ.

2 – Existe um índice internacional que permite a mensuração da solvência de um banco: o índice de basiléia. Cada país pode estabelecer o seu e no Brasil este é 8%. Ou seja, para cada real depositado, o banco pode fazer negócios com até 12,5 reais. NENHUM banco é capaz de honrar todos os seus compromissos. Por isso eles quebram sempre com a corrida bancária retratado no texto “O olho de tandera“.

3 – Após 60 dias da inadimplência de um pagamento o banco é obrigado pela Norma 2682 do Bacen a iniciar a baixa contábil do valor em seu balanço. Parte é dada como perdida e parte começa a ser incluída na conta de PDD (provisão para devedores duvidos), também contribuindo para destruição de PL (patrimônio líquido).

4 – Com decréscimo do PL, o banco pode vir a ficar abaixo do índice de basileia indicado, necessitando de intervenção do BC.

5 – Com a notícia de intervenção a corrida bancária citada no item 2 faz a profecia se auto realizar.

6 – O FGC (Fundo garantidor de crédito) diferente do que muitas pessoas pensam, não é uma entidade pública mas sim privada. Na realidade ele só possui capacidade para arcar com cerca de 5% do mercado sob sua guarda. Ou seja, no caso de liquidação de qualquer banco médio ou grande o sistema entraria em colapso.

Será que veremos mais um cavaleiro sendo liberto? Quanto mais sujeira é possível colocar debaixo do tapete sem consequências?

O apocalipse é o último livro da bíblia Cristã. Nele há uma série de eventos da destruição da humanidade até que por fim Jesus retorna a Terra para viver com os seus.

Vamos agora sugerir alguns fatos com suas respectivas analogias com o cenário atual:

1 – Escolha da libertação de Barrabás (o salteador) ao invés de Jesus. Neste momento Poncio Pilatos lava suas mãos e o liberta conforma vontade do povo. Em 8 de novembro de 2019 Lula foi solto.

2 – Cavaleiro da Peste – Corona vírus se alastra e gera caos geopolítico com fechamento de fronteiras e xenofobia contra pessoas dos epicentro da epidemia

3 – Cavaleiro da Guerra – Recentemente já vimos tensões entre EUA e Irã, o assunto acabou abafado pelo avanço do corona virus. Porém, sabemos que pandemias normalmente geram tensões bélicas no racional de “Farinha pouca meu pirão primeiro”.

4 – Cavaleiro da Fome – Com paralisação completa de alguns países (hoje China e Itália principalmente China) começará a ocorrer escassez de itens e desabastecimento generalizado que em algum ponto pode chegar ao ponto da fome.

5 – Cavaleiro da morte – Em último momento, com o mundo sem alimentos, em guerra pelos últimos suprimentos com soldados convalecidos pela peste, teremos então o descanso da morte.

Em meio ao caos falta ainda o surgimento do Anti Cristo que aparecerá para salvar o mundo de sua própria destruição.

Todos estes eventos são especialmente tristes para o Brasil, que há 16 anos enfrenta crises atrás de crises e que agora, quando finalmente estávamos a caminho de iniciar uma recuperação, podemos ser freados por fatores externos extremos.

Conforme citamos no texto Matrix Financeira, acreditávamos que um dia uma nova crise iria chegar para lavar o mercado dos novos iludidos era certo, porém, não havia necessidade de ter tantos requintes de crueldade. Afinal de contas o índice WB não falha.