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Infelizmente, o confronto chega no momento em que China e EUA enfrentam grandes
desafios internos.

Os EUA passam pelo equivalente a uma guerra civil. A coligação informal dos Democratas, de diversos Republicanos, da mídia, da organização não violenta conhecida como “Resistência” e da organização violenta Antifa (abreviação de “antifascista”) está determinada a deslegitimar a presidência de Donald Trump e a tirá-lo da Casa Branca.

A tática para tirar Trump do governo inclui processos de impeachment que se iniciarão em janeiro de 2019 caso os Democratas recuperem o controle da Câmara dos Representantes.

Trump não pode contar com um Senado Republicano para salvá-lo do eventual pedido de impeachment porque muitos Republicanos, a começar por John McCain, gostariam de ver o vice-presidente Mike Pence ocupando o lugar de Trump.
Além do impeachment, os oponentes do presidente tentarão usar a 25a Emenda, segundo a qual Mike Pence pode se tornar “presidente em exercício” se, junto a um grupo nomeado pelo Congresso, declarar que Trump “não pode desempenhar os poderes e deveres de seu cargo”.

Muito do burburinho da mídia pode ser visto como preparação para o uso da 25a

Emenda. Exemplo disso foram os comentários do senador Bob Corker, em 8 de outubro, segundo o qual o presidente precisa de uma “creche para adultos”.

Se os opositores não puderem removê-lo legalmente da presidência, pretendem abalar o governo com vazamentos, pedidos de demissão e disputas para que Trump renuncie por pura frustração ou sofra com a ingovernabilidade, o que é uma vitória para o status quo.

Infelizmente, alguns Democratas chegaram a falar sobre assassinato.

Os EUA passam pelo período de maior divisão e de pior funcionamento do sistema desde a véspera da Guerra Civil em 1860.

Os problemas não param por aí. O país está indo à falência. O coeficiente dívida/patrimônio já está em 105%, muito além dos 90% da “zona de perigo” identficada por economistas. Isso sem falar no valor presente líquido dos benekcios (valor dos impostos futuros), que só agravam o problema.

Esse coeficiente vai piorar porque os Republicanos estão abandonando a disciplina fiscal e adotando medidas que estouram o orçamento, como auxílio às vítmas de furacões e cortes de impostos. Todos concordam que assistência em catástrofes é necessária, e a maioria de nós gosta de redução de impostos, mas ninguém presta atenção ao déficit.
Os EUA estão entrando para o clube dos super devedores, do qual já fazem parte a Grécia e a Itália. Uma crise de confiança no dólar se aproxima.

Por vezes somos ludibriados por expressivos ganhos percentuais de nossas aplicações, porém, temos que utilizar outro raciocínio para verificar a real rentabilidade obtida.

O que você acharia de uma taxa de juros de 22%? Ótima não? O dobro do que conseguimos quando compramos títulos públicos no site do Tesouro Direto. Esta é exatamente a taxa de juros da Venezuela! Porém sua inflação em 2016 é de 720%, com previsão de 2200% para 2017. Isto faz com que não apenas sua rentabilidade seja insignificante, como se o poder de compra de seu montante principal fosse completamente dizimado.

Hoje em dia, na Venezuela, produtos simples tais como um par de tênis ou uma calça jeans, custam, respectivamente, U$ 1.200 e U$ 793 dólares. Outros produtos básicos, como alguns alimentos ou medicamentos, simplesmente deixaram de existir no país. Portanto, devemos entender a diferença entre um juro/rendimento real e um nominal.

O juro nominal diz respeito à taxa global oferecida. Desta taxa nominal ainda precisaríamos descontar o valor da inflação para saber qual foi o aumento do seu poder de compra (rendimento real).

Utilizaremos um título pré fixado (título no qual se acorda uma taxa fixa no momento da aquisição, independente da variação da Selic) com vencimento em 2019 para exemplo. Hoje, sua taxa negociada, ou seja, o rendimento a ser auferido é de 11,42% ao ano. Se o Banco Central Brasileiro conseguir de fato controlar a inflação no período de 2016 a 2019 teremos uma inflação de 4,5% ao ano. Desta forma seria correto dizer que a rentabilidade real do investidor seria de 6,92% de juros reais (11,42% menos 4,5% da inflação).

Percebam que a poupança hoje rende cerca de 6,5% nominais, portanto um rendimento real de aproximadamente 2%. Não há mais nenhuma razão, seja por rentabilidade ou risco, de aplicar em poupança. Além disto, cabe ressaltar o fato de que o rendimento da poupança apenas é aplicado na data de aniversário, ou seja, exatos 30 dias após o início da aplicação, portanto, um resgate do montante antes desta data irá apresentar rentabilidade zero.

Links Utéis:

http://hcinvestimentos.com/2011/03/28/risco-pais/

http://economia.uol.com.br/…/leite-em-po-na-venezuela-custa…

http://economia.uol.com.br/…/ensaio-dolar-inflacao-venezuel…

http://brasil.elpais.com/…/…/economia/1460485173_766551.html

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Fat Finger / Flash Crash

A bolsa de valores exerce certo deslumbramento sobre os investidores, fazendo-os sonhar com uma tacada de mestre que os fará ricos. No entanto, a história real possui mais derrotas que vitórias. Há um ditado que diz: “A bolsa sobe de escada e desce de elevador” De fato os movimentos de alta são mais lentos que as quedas.
Temos no mercado a figura de dois animais para representar o mercado de alta (bull) e o mercado de baixa (bear). O touro chifra debaixo para cima enquanto a patada do urso é de cima para baixo.

Nesta eterna batalha entre bulls e bears o investidor deve se camuflar de ambos dependendo do momento. Há no mercado diversas histórias interessantes de sucessos e quebras que merecem ser contadas para servir de inspiração e cautela para os novos investidores.

Para ser bem sucedido o investidor deve ser capaz de tomar suas próprias decisões, filtrando as informações obtidas pela mídia, analistas e principalmente por agências de rating. Por vezes os analistas não agem conforme suas próprias recomendações. Para isto temos outro ditado de mercado: “Put your Money where your mouth is”. (Coloque seu dinheiro onde você indica)

Entre grandes momentos do mercado podemos citar:
1- Quebra da Enron de 2001
2- Quebra do banco Barings de 1995
3- Quebra do Long Term Capital Management de 1998
4- Crise Sub Prime de 2008
5- Fat Finger de 2010

O Fat Finger, também conhecido por Flash Crash, ocorreu em 6 de Maio de 2010, por um erro de um operador de Wall Street

(provavelmente do Citigroup) que, acidentalmente, vendeu bilhões de dólares em futuros¹ do índice S&P 500, enquanto sua intenção era fazer uma venda de milhões de dólares, gerando grande queda no valor do ativo.

Isto, por sua vez, propagou uma venda generalizada de todas as demais ações da bolsa, inclusive Procter&Gamble, uma das ações com maior peso no índice. Com a queda generalizada, os stop loss² dos investidores foram ativados, levando a quedas ainda mais íngremes. As ações da consultoria Accenture, por exemplo, chegaram a poucos centavos vindo de uma cotação anterior de U$ 100,00.

Em certo momento o índice Dow Jones Industrial chegou a cair mil pontos, tornando-se a maior queda diária da história. O tamanho da queda entre a máxima do dia e sua mínima foi de, aproximadamente, 9,3% em questão de minutos. A P&G chegou a cair 14%. Apesar de todo caos instaurado o índice se recuperou ao longo do dia com os investidores recobrando a racionalidade, fechando com queda de 3,2%.

Devido a constatação do erro, tomou-se a decisão de cancelar todas as ordens executadas com variação maior do que 10%.

Vídeo mostrando o pânico em Wall Street: https://www.youtube.com/watch?v=LtLnWmaF99E

Jornalistas relatando o pânico instalado: https://www.youtube.com/watch?v=86g4_w4j3jU

Ações da Accenture a centavos: http://blogs.wsj.com/…/accenture-for-a-penny-marketbeats-i…/

¹ Futuro – Opção que permite a compra ou venda de determinado índice ou ativo numa data futura pré estabelecida.

² Stop Loss – Quando investidores programam uma ordem de venda automática no momento que determinado preço é atingido.

Normalmente, estas ordens são colocadas pelo preço “em aberto” que significa que será executada a qualquer preço.