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Todos em algum momento de nossas vidas já nos deparamos com a frase:

“Rentabilidade passada, não é garantia de rentabilidade futura”

Isto é muito comum no prospecto de fundos de investimento de diversos tipos. Isto por que gestores precisam se resguardar sobre possíveis cobranças e/ou processos no caso de frustração de rentabilidade.

Vejamos o caso da Gestora Sparta que ganhou grande notoriedade em 2008 com seu fundo Sparta Ciclico FIM , que na na crise subprime obteve um retorno de 116% contra -46,12% do índice Bovespa. A gestora ainda se gabava de contratar apenas pessoas formadas no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Tal performance gerou grande notoriedade da gestora que conseguiu atrair grande número de investidores.

Os resultados posteriores, entretendo, não conseguiram mais tal façanha:

Ora, se para investir este raciocínio é válido, por que não para o mercado de crédito. Conforme comentado no texto “O rancor financeiro“, o sistema hoje não consegue analisar a conjuntura futura dos entes, mas apenas seu passado.

Isto seria semelhante a analisar a capacidade de crédito de um estagiário prestes a se formar já com a promessa de efetivação.

Não faz sentido algum analisar seu crédito com salário de R$ 1.000 mês, se no mês seguinte ele passará a receber R$ 5.000. Entretanto, infelizmente, este é nosso status quo.

O cenário atual no mercado financeiro mais parece o pote de ouro no final do arco íris com com recorde de CPFs em investimento em bolsa de valores. Em resumo um céu de brigadeiro!

Cenário semelhante foi observado no final de 2007 com recordes sucessivos dos principais índices acionários. Em casos assim devemos ouvir o que nos fala o índice WB

Conforme a Matrix Financeira, a crise atrasada há dois anos chegou com a pandemia do corona vírus. Porém, as nações lutaram para reduzir seus efeitos para a população com todas as suas forças. A crise simplesmente foi resolvida com o melhor remédio que a humanidade já inventou: O dinheiro!

Rios de dinheiro foram despejados, de  pacotes de estímulos a pequenas e médias empresas até o “dinheiro grátis” com os auxílios emergenciais entregues sem ônus ao povo.

Ou seja, com  maciço endividamento dos países aliado a uma distorcida base monetária, o papel moeda hoje valeria mais absolutamente nada, por isso, inclusive, observamos grande aumento no preço do ouro e do Bitcoin. Ambos os ativos em sua essência funcionando como reserva de valor.

Outro ativo que pode ser utilizado para resguardar o poder de compra são os imóveis.

Historicamente, taxa de juros baixa e retomada econômica naturalmente gerar procura e upside nos preços dos imóveis. Isto aliado a quase 5 anos de crise no setor desenham um cenário de grandes oportunidades nos próximos meses e anos.

O colapso do papel moeda está a caminho, porém, a data de sua chegada é incerta uma vez que depende da psicologia e comportamento de massas.

Porém, antevemos que seus efeito serão catastrófico. Mas acreditem, dessa vez será diferente!

No anime Naruto, um dos seus amigos de clã possuiria uma vantagem competitiva herança de sua família. Sasuke Uchiha possuia o olho Sharingan. Com ele Sasuke consegue antever o movimento do seu oponente e esquivar e/ou contra ataca-lo antes mesmo do início de seu movimento.

Sem querer abrir mão da humildade, mas fazendo uma brecha, conseguimos usar o poder do olho sharingan em algumas oportunidades. Enumero-as a seguir:

Matrix Financeira – Informamos nossos leitores que já haviam passado 12 anos sem uma crise que historicamente ocorrem a cada 10 anos e que a última (Neo – Subprime) já havia sido muito poderosa e a próxima poderia ser a derradeira que “derrota a Matrix”.

CLT – Chamamos atenção sobre o quão custoso era a CLT e o salário mínimo. Recentemente, a desoneração de folha está em pauta dentro da reforma tributária.

Poupança – Não trata exatamente de uma profecia mas chamamos atenção ao que fato de quem tem hoje a “poupança antiga” tem hoje uma aplicação de 300% CDI, isenta de imposto e praticamente sem risco. Ou seja, quem foi motivo de chacota por 10 anos hoje pode se orgulhar de seu feito “visionário”.

Congelamento bancário no Grexit – Gregos, apesar de terem uma rota de fuga relativamente simples, ficam aguardando o pior acontece para chorar e reclamar.

Cheque Mate de Trump – Esta profecia ainda não se realizou, porém, não duvidamos da coragem ou sagacidade de Donald Trump.

Por fim, acreditamos que de posse dos conhecimentos do:

Olho de Tandera – permite uma compreensão mais profunda de fatos

Diga onde você vai que eu vou varrendo – uma explicação técnica por trás da recente benevolência excessiva dos bancos comercais.

Fome pior que Covid – Previsto no texto O retorno ao feudalismo, e confirmado em notícia de 31/08/20.

Olho Sharingan – Com o conhecimento recebido pelo olho de Tandera, é possível antever movimentos e preparar estratégia para minimizar seus danos.

Antecipamos também o cenário atual da Argentina no texto What comes next. Vamos agora observar a formação de uma nova Venezuela!

Fiquem atentos para mais insights.

 

 

A crise de 2008 apresenta-se como a segunda maior crise da história do capitalismo, ficando atrás apenas da grande depressão de 1929.

Após os atentados de 11 de setembro de 2001 foram tomadas uma série de medidas para impulsionar a economia americana buscando afastar a aversão ao risco causado pelo ataque terrorista. Com isto, observamos grande valorização de ativos, em especial no mercado imobiliário.
Com os preços dos imóveis disparando e a alta liquidez internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar mais dinheiro para pessoas com histórico de crédito ruim para que comprassem casas as quais não conseguiriam pagar.
Antes, tais empréstimos passavam por criteriosa análise de crédito.

Além do maior risco das hipotecas sub prime, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato e prestações iniciais só com o pagamento dos juros. Isto ampliou ainda mais a quantidade de pessoas que puderam adquirir tais empréstimos.

Empréstimos com devedores de pior histórico de crédito embutem juros mais altos. Estes foram atrativos para investidores e gestores de fundos em busca de melhores retornos.

As aquisições de dívida por parte destes investidores permitiram que um novo montante de dinheiro fosse novamente emprestado, antes mesmo de o primeiro empréstimo ser quitado.

Também interessado em lucrar, um segundo gestor poderia comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos. Portanto, quando o tomador do empréstimo inicial não consegue pagar suas dívidas ele dá inicio a um ciclo de calotes. Com o maior medo por parte dos investidores de negociar tais títulos, gerou-se uma crise de liquidez e consequente retração na oferta de crédito da economia.
Em 2007 inicia-se então a crise sub prime, com os preços dos imóveis caindo e o FED iniciando o ciclo de quedas de juros que vinham subindo desde 2004.

Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.

Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada desde 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas – a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como “Fannie Mae”, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de “Freddie Mac” – que estavam quebradas.

Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.

A American International Group (AIG), maior seguradora americana, também sofreu o golpe com suas ações caindo 60% já na abertura do mercado.
Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, atrasadas como sempre, a Moody’s e a Standard & Poor’s rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.

Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.

Outras empresas também foram vítimas da crise Sub Prime. A General Motors (GM), gigante do setor automobilístico, pediu sua concordata em 2009 e foi resgatada pelo governo americano com um aporte de cerca de U$ 30 bilhões em troca de 60% de participação.

Para o Citigroup o pacote de ajuda foi de U$ 326 bilhões, dos quais U$ 20 bilhões alocados imediatamente.
Segundo os detalhes divulgados, o Tesouro Americano e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) disponibilizaram US$ 306 bilhões em garantias sobre os ativos “tóxicos” da entidade.
Os U$ 20 bilhões foram utilizados para a aquisição de ações preferenciais do grupo e warrants (direitos sobre ações) onde lhe é dada a opção de comprar novas ações no valor de U$ 2,7 bilhões.

Portanto, mais uma vez podemos perceber o quão frágil e imprevisível é o sistema financeiro e presenciar da forma mais visceral alguns instintos humanos, tais como o medo e a ganancia.

A crise de 2008 apresenta-se como a segunda maior crise da história do capitalismo, ficando atrás apenas da grande depressão de 1929.

Após os atentados de 11 de setembro de 2001 foram tomadas uma série de medidas para impulsionar a economia americana buscando afastar a aversão ao risco causado pelo ataque terrorista. Com isto, observamos grande valorização de ativos, em especial no mercado imobiliário.
Com os preços dos imóveis disparando e a alta liquidez internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar mais dinheiro para pessoas com histórico de crédito ruim para que comprassem casas as quais não conseguiriam pagar.

Antes, tais empréstimos passavam por criteriosa análise de crédito.
Além do maior risco das hipotecas sub prime, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato e prestações iniciais só com o pagamento dos juros. Isto ampliou ainda mais a quantidade de pessoas que puderam adquirir tais empréstimos.
Empréstimos com devedores de pior histórico de crédito embutem juros mais altos. Estes foram atrativos para investidores e gestores de fundos em busca de melhores retornos.

As aquisições de dívida por parte destes investidores permitiram que um novo montante de dinheiro fosse novamente emprestado, antes mesmo de o primeiro empréstimo ser quitado.
Também interessado em lucrar, um segundo gestor poderia comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos. Portanto, quando o tomador do empréstimo inicial não consegue pagar suas dívidas ele dá inicio a um ciclo de calotes. Com o maior medo por parte dos investidores de negociar tais títulos, gerou-se uma crise de liquidez e consequente retração na oferta de crédito da economia.

Em 2007 inicia-se então a crise sub prime, com os preços dos imóveis caindo e o FED iniciando o ciclo de quedas de juros que vinham subindo desde 2004.
Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.
Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada desde 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas – a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como “Fannie Mae”, e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de “Freddie Mac” – que estavam quebradas.

Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.
A American International Group (AIG), maior seguradora americana, também sofreu o golpe com suas ações caindo 60% já na abertura do mercado.

Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, atrasadas como sempre, a Moody’s e a Standard & Poor’s rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.

Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.
Outras empresas também foram vítimas da crise Sub Prime. A General Motors (GM), gigante do setor automobilístico, pediu sua concordata em 2009 e foi resgatada pelo governo americano com um aporte de cerca de U$ 30 bilhões em troca de 60% de participação.

Para o Citigroup o pacote de ajuda foi de U$ 326 bilhões, dos quais U$ 20 bilhões alocados imediatamente.
Segundo os detalhes divulgados, o Tesouro Americano e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) disponibilizaram US$ 306 bilhões em garantias sobre os ativos “tóxicos” da entidade.

Os U$ 20 bilhões foram utilizados para a aquisição de ações preferenciais do grupo e warrants (direitos sobre ações) onde lhe é dada a opção de comprar novas ações no valor de U$ 2,7 bilhões.
Portanto, mais uma vez podemos perceber o quão frágil e imprevisível é o sistema financeiro e presenciar da forma mais visceral alguns instintos humanos, tais como o medo e a ganancia.